Você já parou para pensar sobre qual a função do cérebro na aprendizagem da criança? E o porquê de existirem crianças com problemas de aprendizagem?

A Neurociência, que estuda a relação entre o cérebro e comportamento, é capaz de responder estas e outras questões, além de ajudar educadores a entenderem como o cérebro aprende e como tornar o processo de aprendizagem mais efetivo.

Neste artigo, vamos entender um pouco mais sobre a função do cérebro na aprendizagem infantil, como ocorre o processo de aprendizagem e o porquê muitas crianças possuem dificuldade em aprender. Vamos lá?

A função do cérebro na aprendizagem infantil

O processo de aprendizagem funciona mediante inúmeras conexões neurais, usando diferentes áreas anatômicas que executam tarefas independentes, mas com objetivos comuns.

Além disso, durante toda a vida, o cérebro se modifica em contato com o meio. Um exemplo disso é a formação de memória, que se torna mais efetiva quando ela é associada a um conhecimento prévio.

Um outro ponto importante é a influência das emoções no processo de retenção da informação, uma vez que é preciso estar motivado para aprender, além da atenção ser essencial no processo de aprendizagem.

Por que muitas crianças apresentam dificuldade em aprender?

De acordo com especialistas, diversos fatores podem interferir no processo de aprendizagem, como:

  • O estímulo;
  • A motivação;
  • O ambiente no qual o aluno está inserido.

Contudo, muitas vezes possuímos competência mas não habilidade. Porém, ao estimular o cérebro, as redes neurais são ampliadas, o que auxilia na apropriação do conhecimento.

Assim, se pensarmos na função do cérebro na aprendizagem da criança, podemos compreender que um ensino dinâmico e prazeroso pode provocar alterações na quantidade e qualidade destas funções sinápticas, o que afeta o funcionamento cerebral de maneira positiva e permanente e gera resultados satisfatórios.

Como ocorre o processo de aprendizagem?

Estudos na área da neurociência voltados ao manejo do aluno dentro da sala de aula explicam que o processo de aprendizagem ocorre quando dois ou mais sistemas funcionam de maneira inter-relacionada. 

Logo, ao aliar música e jogos escolares, por exemplo, educadores conseguem trabalhar mais de um sistema ao mesmo tempo: o auditivo, o visual e até mesmo o tático. 

Assim, ao relacionar dois ou mais sistemas, professores podem ajudar no fortalecimento neural dos estudantes em sala de aula.

Distúrbio x dificuldade escolar

A falha na aprendizagem da criança significa que algo não está em sintonia. E esta falha em não aprender pode acontecer de duas formas: pelo distúrbio ou pela dificuldade escolar.

Ambos se caracterizam pelo baixo desempenho escolar em atividades como leitura, escrita e raciocínio lógico, tanto em conjunto como separadamente.

No entanto, o distúrbio tem origem orgânica e neurológica e pode resultar de disfunções em áreas responsáveis pela seleção, processamento, armazenamento de informações e codificação do estímulo.

Além disso, os principais distúrbios são:

  • Dislexia: dificuldade na leitura e escrita;
  • Disgrafia: dificuldade na escrita;
  • Discalculia: dificuldade com conceitos e símbolos matemáticos.

Como os educadores podem intervir?

Conforme vimos, com o apoio das neurociências, educadores podem entender melhor sobre a função do cérebro na aprendizagem da criança, o que torna possível diagnosticar e entender quais são as causas e as possíveis medidas de solução.

Muitas vezes, o docente consegue enxergar que há algo errado, mas não sabe qual é o problema. Por isso, a busca por conhecimento é extremamente importante, permitindo que o educador amplie suas atividades educacionais. 

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Referências:

Gardner H. Mentes que mudam. A arte e a ciência de mudar as nossas ideias e as dos outros. Porto Alegre:Artmed; 2005.

Jensen E. O cérebro, a bioquímica e as aprendizagens. Um guia para pais e educadores. Porto: Edições ASA; 2002.

Wolfe P. A importância do cérebro. Porto: Porto Editora;2006. p.6.

OECD. Compreendendo o cérebro. São Paulo: SENAC ;2003. p. 1147-59.

Erlauder L. Práticas pedagógicas compatíveis com o cérebro. Porto: Edições ASA; 2005. p.155.

Spitzer M. Aprendizagem. Neurociências e a escola da Vida. Climepsi Editores;2007. p.278.

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