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O que é Epilepsia? E como isso pode afetar na aprendizagem?

Olá professor, tudo bem?

A epilepsia é uma desordem cerebral na qual os neurônios algumas vezes sinalizam um mal funcionamento. Na epilepsia o padrão normal da atividade neural fica perturbado, causando estranhas sensações emoções e comportamentos.

Algumas vezes a pessoa com epilepsia tem convulsões, espasmos musculares, perda de consciência e até mesmo da memória.

E isso traz grandes prejuízos para aprendizagem escolar, principalmente as convulsões diurnas. Pois, reduzem a atenção e interferem no armazenamento e abstração de informações de curto prazo.

Entender o que é, saber como se manifesta e como socorrer uma criança no meio de uma crise são papéis fundamentais da escola.

EPILEPSIA NA ESCOLA: QUAIS OS SINTOMAS E COMO PODE AFETAR NA APRENDIZAGEM!

Para um professor, uma crise epiléptica de um aluno pode ser um episódio estranho e até mesmo assustador quando não se sabe como reagir.

Assim, é de extrema importância que os professores saibam o que fazer antes, durante e após a crise.

Além de ser do conhecimento do professor, os sintomas da epilepsia e da convulsão e a diferença entre eles.

A epilepsia é uma condição neurológica que afeta o cérebro e torna as crianças até idosos mais suscetíveis a convulsões recorrentes e não provocadas.

Ou seja, são desconexões do sistema nervoso no cérebro, um dos distúrbios mais comuns do cérebro, podendo ser de diferentes tipos em crianças.

Já a convulsão pode ser ocasionada esporadicamente, não deixando de ser um assunto sério a ser investigado e recorrer a um médico para maiores análises.

Porém a convulsão pode ser ocasionada por febre alta, baixo nível de açúcar no sangue, álcool ou abstinência de drogas, dentre outros e nestas condições podendo ser apresentada em qualquer pessoa de qualquer idade.

COMO A EPILEPSIA AFETA A APRENDIZAGEM?

Convulsões frequentes e descontroladas prejudicam a aprendizagem devido à quantidade de tempo que a criança fica inconsciente.

Já as convulsões noturnas podem interromper a consolidação da memória.

A epilepsia afeta o sono e a aprendizagem das crianças, uma relação que pode ser mais complexa do que se pensava.

De acordo com o Charity Young Epilepsy, no Reino Unido, uma em cinco pessoas com epilepsia têm dificuldades de aprendizagem e intelectuais. Pesquisadores do Reino Unido também constataram que as crianças com epilepsia apresentavam uma pior memória, comparativamente com as crianças saudáveis.

Um fenômeno que os investigadores acreditam estar associado com a consolidação da memória durante o sono, até mesmo as crianças com epilepsia moderada apresentam perdas mensuráveis na capacidade de aprendizagem, devido aos picos de atividade elétrica do cérebro, chamadas descargas epilépticas.

Estas descargas são semelhantes aos distúrbios elétricos que ocorrem durante um ataque epilético, mas não são suficientemente fortes para desencadear uma convulsão.

E são comuns entre os indivíduos com epilepsia mas também tem sido observado nas crianças com déficit de atenção com hiperatividade.

A epilepsia pode ter um impacto devastador nas crianças e nas famílias, sendo o controle das convulsões muito importante, mas a investigação e o olhar atento de saber se a ligação entre a má qualidade do sono, a hiperatividade e descargas epileptiformes não estão ligadas a dificuldade de aprendizagem e vários outros prejuízos na vida social e escolar.

Esta deficiência pode variar desde uma concentração fraca e menor esquecimento até à grande turvação e desorientação da consciência.

Pode haver a necessidade de adoção de um tratamento mais agressivo para estas crianças, com o objetivo não apenas de impedir as convulsões, mas também de atenuar os padrões noturnos cerebrais da atividade cerebral.

QUAIS SÃO OS TIPOS DE CRISE EPILÉTICA?

Há diversos tipos de epilepsia infantil, entretanto, as crises epiléticas podem ser divididas em dois grandes grupos: a primeira pode ser chamada de parcial, e conforme o próprio nome já diz, remete aos sinais incorretos que afetam somente um hemisfério do cérebro; caso seja generalizada, o cérebro inteiro será afetado.

Sintomas da Epilepsia Parcial:
• Empurrão de músculos de um lado ou parte do corpo
• Olhos e cabeça se movendo para uma direção
• Mastigação repetitiva e deglutição

Sintomas da Epilepsia Generalizada:
• Perda de consciência
• Empurrão dos músculos ou todo o corpo
• Maior rigidez em todo o corpo
• Olhar fixo com piscar

O PROFESSOR PODE AJUDAR

Em primeiro lugar, quando há na turma um aluno com epilepsia, os professores devem manter-se em contato com a família. Na maioria dos casos, os pais já estão habituados a lidar com as crises do filho e podem indicar a melhor forma de agir caso aconteça uma crise.

Existem crises parciais onde o aluno vai manter-se consciente e neste caso o papel do professor consiste em acalma-lo e evitar que ele se machuque.

Nos casos de crises tônico-clónicas o aluno em crise deve ser protegido. Isso implica afastar cadeiras e mesas onde está o aluno e apoiar a sua cabeça, para que não bata no chão com os movimentos da crise.

O aluno deve ser deitado de lado durante a crise e, para seu conforto, devem ser aliviadas as roupas que estejam apertadas e limpar a saliva. As crises podem durar alguns segundos ou até minutos, que, no meio da aflição, parecem muito tempo. O professor sem tirar os olhos do aluno em crise, deve também passar esta calma para o restante da turma e também se necessário pedir ajuda.

Dica: Converse com a sala e explique sobre a situação de uma maneira exemplificada e coerente, para que diminua o constrangimento do aluno com epilepsia.

É importante saber: O diagnóstico de epilepsia já pode ser considerado se a criança ou adolescente teve mais de uma convulsão. Ele deve ser encaminhado para um pediatra.

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