Como trabalhar ABA na educação?

A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma prática utilizada para ajustar ou até mesmo diminuir alguns comportamentos indesejados. Mas, como deve ser o uso da ABA na educação?

A ABA é uma ótima opção para ser trabalhada com crianças com TEA, já que com ela é possível diminuir as barreiras de aprendizado desse aluno. 

Neste artigo, te contaremos mais sobre a ABA e sobre como você pode aplicá-la em sala de aula. Continue lendo!

O que é a ciência ABA?

A ABA (Applied Behavior Analysis, ou Análise do Comportamento Aplicada em português) é uma ciência que se baseia, principalmente, na observação, e tem como finalidade ajudar no desenvolvimento de um comportamento que seja socialmente adequado e que possibilite a habilidade funcional ao indivíduo.

Este método científico é indicado para profissionais da área da Educação e famílias de pessoas com TEA e se fundamenta:

• Na abordagem comportamental;
• No ambiente;
• E nas outras variáveis que podem alterar o comportamento.

Ao aderir este método, é possível destacar, estimular e reforçar uma conduta positiva, fazendo com que comportamentos indesejados ocorram com menos frequência.

Como aplicar o ABA na educação?

Um dos grandes desafios para educadores e familiares de crianças com TEA é incluí-los no ambiente escolar e fazer com que eles consigam aprender e acompanhar os conteúdos.

Assim, para que esse processo de inclusão do aluno com TEA seja um sucesso, você pode utilizar a ABA em sala de aula por meio das seguintes ações:

1. Realize atividades inclusivas

É importante realizar, ou pelo menos tentar realizar, as mesmas atividades que as demais crianças em sala de aula, porém atividades adaptadas.

2. Tente manter o interesse da criança

A fim de manter a atenção da criança, você, educador, pode tentar incluir assuntos ou temáticas que a criança possua maior interesse.

3. Adapte os materiais

Deixe claro qual é o objetivo da atividade para a criança e tente simplificar as folhas, retirar estímulos secundários e deixar somente o item principal.

4. Sente perto do aluno

Ao se sentar perto do aluno com TEA, será mais fácil observar como ele realiza as tarefas, assim como suas dificuldades e habilidades.

5. Insira o aluno no cotidiano escolar

Você pode pedir ao aluno com TEA para ser o seu auxiliar. Peça a ele para entregar os materiais e dizer os nomes dos colegas olhando para eles.

6. Crie um reforço positivo

A cada pequena produção e avanço, é importante gerar um reforço positivo elogiando-o, além de fornecer materiais que o aluno goste, aproveitando o máximo de atividades com massa de modelar, por exemplo.

7. Torne as regras claras

Para tornar as regras claras, você pode utilizar de apoio visual, como imagens e figuras.

8. Exercite a memorização

Forneça auxílio à memorização da criança por meio da visualização e repetição retomando uma mesma tarefa ainda no mesmo dia. 

9. Utilize reforçadores

Para tornar o aprendizado mais interessante para a criança, você pode utilizar de reforçadores que o aluno goste, como: carinhas felizes ou adesivos.

10. Estabelecer uma rotina é fundamental

O aluno precisará de antecipação do que irá acontecer, pois assim ele conseguirá se organizar melhor e será mais fácil evitar crises em sala de aula.

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Referências:

DUARTE, Cintia Perez. SILVA, Luciana Coltri. VELLOSO, Renata de Lima. (orgs). Estratégias da Análise do Comportamento Aplicada para pessoas com Transtornos do Espectro do Autismo. São Paulo: Memnon, 2018.

GAIATO, M. S.O.S. Autismo. Guia completo para entender o Transtorno do Espectro do Autismo. 3 ed. São Paulo: nVersos, 2018.

PAPIM, Angelo Antonio P. Autismo e aprendizagem. Os desafios da educação especial. Porto Alegre, RS, FI, 2020.