atividades psicomotoras

Quando o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é diagnosticado em uma criança, a preocupação de pais e professores se volta para o desenvolvimento do pequeno. Por conta disso, os motivos podem ser gerados por uma série de fatores: como será a alfabetização? Como ele vai interagir com os demais? Haverá alguma necessidade de ajuda para falar? Será que a comunicação vai ficar comprometida?

No entanto, um detalhe também deve estar na lista de prioridade dos adultos: a psicomotricidade. Afinal, ela exerce um papel elementar na aquisição de habilidades e competências, que se inicia logo na educação infantil.

Como essas atividades contribuem?

A adoção de atividades psicomotoras para alunos com TEA é uma forma de promover processos de intervenção que estimulem aspectos motores, afetivos e intelectuais. Para tanto, é necessária uma preparação considerável por parte dos educadores, caso o objetivo seja aliar os conhecimentos da pedagogia e da própria psicomotricidade.

Com base nisso, veja como propor tarefas que trabalhem esses pontos. Assim, é possível estabelecer metas que ajudem a avaliar o desempenho do pequeno durante o percurso, sobretudo na alfabetização e nas fases anterior e posterior a ela. Confira abaixo.

Que atividades psicomotoras podem ser estimuladas em sala de aula?

Em primeiro lugar, devemos salientar que o aluno com TEA precisa de um direcionamento, no que se refere a suas habilidades psicomotoras. Com isso, um espaço que conte com acompanhamento pedagógico e estímulo desses importantes aspectos pode contribuir bastante para o progresso esperado. As dicas são as seguintes:

– Pegadas

Aqui, o professor fica responsável por desenhar ou colar pegadas pelo chão da sala de aula com a ajuda de alunos. Em seguida, as crianças poderão colorir as pegadas. Logo depois, o educando anda sobre elas, alternando o pé direito e o pé esquerdo. Durante a brincadeira, o educador poderá sugerir outros movimentos. Como alternativa, é possível utilizar solas de tênis, por exemplo.

Objetivo: além de trabalhar o equilíbrio, essa atividade é responsável também por trabalhar a identificação lateral, o reconhecimento do esquerdo e direito (pés) e a coordenação motora global;

– Banda escolar

Para essa atividade, vai ser preciso o uso de vários instrumentos musicais. Nesse caso, a cada toque de determinado objeto, os pequenos podem escolher alguma brincadeira que desperte interesse. Por exemplo: quando você tocar o tambor, os alunos brincam com bola; quando você tocar o chocalho, os pequenos resolvem dançar etc.

Objetivo: atua na discriminação e percepção auditiva, além da identificação das ações, localização dos sons, orientação espacial, capacidade de atenção, memorização e interação social;

– Amizade do alfabeto

A brincadeira consiste em reunir toda a turma em um círculo. Então, as crianças precisam começar a atividade com a seguinte frase: “eu gosto do meu amigo com a letra A porque ele é atencioso”; o próximo deve escolher um colega com a letra B e justificar a decisão com uma palavra começada com B (como no exemplo acima) e assim sucessivamente.

Objetivo: estimular a afetividade, a socialização, a imaginação, a comunicação, a expressão e a linguagem; e a coordenação espacial.

Espião

Essa tarefa pede que as crianças se dividam em duplas. Com isso, cada integrante da dupla deve observar bem a pessoa e vice-versa. Os dois precisam se virar de costas e, em seguida, ambos devem mudar algo no visual para que cada parceiro descubra o que foi alterado. Além disso, as mudanças podem ser feitas em algum objeto da sala para deixar a atividade ainda mais dinâmica.

Objetivo: ajudar no desenvolvimento da atenção, observação e detalhamento, estimular a afetividade, socialização, criatividade e expressão corporal.

Existe maneiras de escolher a melhor atividade?

Você viu acima apenas alguns exemplos de tarefas psicomotoras que são importantes para o desenvolvimento de alunos com TEA. No entanto, conhecer como é a psicomotricidade no contexto do autismo também ajuda a escolher a melhor atividade a ser trabalhada com a criança e a turma em que ela está inserida.

Assim sendo, a psicomotricidade no TEA é algo que precisa de muita observação e trabalho em conjunto. A atuação do educador depende também do auxílio de profissionais diversos, seja da área de terapia ocupacional, psicopedagogia, psicologia, fonoaudiologia, entre outras.

Por que a lateralidade também deve ser trabalhada?

No âmbito da psicomotricidade, outra habilidade que deve estar em evidência é a lateralidade, principalmente por estar diretamente ligada ao desempenho acadêmico do aluno. Em outras palavras, a dominância lateral da criança com autismo precisa ser estimulada, mas nunca forçada.

Isso significa que o educador deve observar qual lado do corpo exerce mais poder sobre o outro (esquerdo sobre o direito ou vice-versa). No contexto da sala de aula, por exemplo, o pequeno demonstra onde a sua dominância se desenvolve por meio das atividades.

Portanto, os professores devem proporcionar maneiras de valorizar a lateralidade do pequeno para que ele aja com espontaneidade. Essa preferência é potencializada em locais onde a psicomotricidade é treinada com frequência.

Como aprofundar nas atividades psicomotoras para o TEA?

Conhecer mais sobre as teorias e práticas acerca da psicomotricidade exige bastante embasamento científico. Para isso, a especialização é uma opção interessante, pois os professores podem reunir suas experiências da trajetória profissional a novos conteúdos.

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Existe uma maneira de aprofundar o conhecimento no tema?

Conhecer com profundidade as áreas desenvolvidas na neuropsicomotricidade é fundamental para quem deseja trabalhar com base evidências científicas, como a neurociência, a psicomotricidade e outras abordagens. Assim sendo, escolher um caminho que te faça entender mais do assunto é um passo muito importante.

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Referência

Desenvolvimento psicomotor e o TEA: dicas e brincadeiras. Grupo Rhema Educação, e-book

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