Em primeiro lugar, uma constatação: a alfabetização está ligada a muito mais aspectos do que as pessoas imaginam, como por exemplo o esquema corporal. Por falar nisso, o estímulo para proporcionar habilidades relacionadas a este importante processo pode começar bem antes de a criança pisar em uma sala de aula, mas o contexto pedagógico é primordial para aprofundar tudo isso.

Que diferencial a escola oferece?

O ambiente escolar é um local totalmente especial, pois os educadores têm todo conhecimento acerca das técnicas que podem ajudar na aquisição da capacidade de ler, escrever, reconhecer letras, símbolos, entre outros. Assim, a presença das crianças no espaço pedagógico se mostra como uma excelente alternativa para promover o seu desenvolvimento cognitivo.

Com efeito, os professores estão aptos para utilizarem as estratégias necessárias com a finalidade de induzir os pequenos a etapas mais complexas e satisfatórias no mundo da educação. Nesse sentido, é importante saber sobre algumas relações que estão direta e indiretamente alinhadas à alfabetização.

Qual a ligação do esquema corporal no processo de alfabetização?

A princípio, existe a possibilidade de muitos educadores ainda não conseguirem estabelecer a relação de proximidade entre eles. No entanto, aqui é o lugar ideal para sanar essa dúvida de uma vez por todas. Inclusive, sem o estímulo do esquema corporal, a aprendizagem tende a ficar comprometida.

Dessa forma, podemos dizer que a ligação entre o esquema corporal e a alfabetização está no fato de o pequeno precisar interagir, tocar, morder, apertar, cheirar, ver, etc. Em outras palavras, o aluno nessa fase deve brincar para aperfeiçoar as habilidades necessárias.

O esquema corporal se refere à noção e ao conhecimento do corpo, sendo que ele é considerado tanto a base quanto uma referência estável. Além disso, outra definição interessante é que o esquema corporal é a noção que uma pessoa tem de si próprio.

Quais são as dicas a partir do esquema corporal?

Todo esse domínio pode se iniciar por meio de atividades estimuladas dentro de sala. Com isso, a criança brinca e passa a ter o conhecimento de mundo a partir de seu próprio corpo. As dicas para treinar essa capacidade são as seguintes:

– Atividades lúdicas, práticas e teóricas de conhecimento das partes do corpo e suas funções (para que serve a mão? Vamos usar massinhas para trabalhar a musculatura da região; induzir a coordenação motora fina e ampla – isso vai auxiliar na hora da escrita, por exemplo);

– Brincar com bonecas ou bonecos (facilita a criatividade entre as crianças, principalmente quando a professora lê algum livro para elas. Com isso, ela vai conseguir associar determinadas linguagens utilizadas no momento da brincadeira);

– Montagem de marionetes ou quebra-cabeças da parte do corpo;

– Brincar solicitando que apontem ou levantem determinada parte do corpo;

– Desenho/traçado da silhueta do próprio corpo e de seus colegas;

– Montar um corpo humano utilizando recorte de revistas (importante ressaltar que essa atividade não precisa ficar milimetricamente certa. O segredo é que a criança entenda o que foi proposto. Deixe a imaginação por conta do aluno);

– Observações na frente do espelho;

– Apresentar figuras humanas em que faltem partes do corpo para que possam ser completadas (interessante que haja a mediação dos professores para auxiliarem os pequenos).

O que mais influencia a alfabetização?

Além do esquema corporal, outras noções estão associadas à capacidade de desenvolver a alfabetização. Em geral, todas elas são importantes e precisam ser trabalhadas com o objetivo de proporcionar à criança a evolução de vários aspectos relacionados ao seu crescimento e à aquisição de habilidades e competências. Portanto, vejam abaixo quais são as demais noções, tão importantes para a alfabetização:

Lateralidade: noção de direita, esquerda, em cima, embaixo. Primordial para evitar que a escrita espelhada e outras trocas se prolonguem.

Orientação espacial: habilidade de relacionar a posição de um objeto e também de si próprio espaço. Necessária para ordenar as letras dentro de uma palavra.

– Orientação temporal: localização/orientação no tempo (ano, mês, semana, hora/ ontem, hoje, amanhã). Ela vai se detalhando conforme a idade ou maturidade da criança.

– Discriminação visual: habilidade de perceber tamanhos, semelhanças, diferenças, formas, memória visual e percepção de figura-fundo;

Discriminação auditiva: diferenciação dos sons, o que contribui para uma memória auditiva;

Análise-síntese: habilidade que funciona como pré-requisito que permite decodificar e decompor uma palavra em partes (análise) e recompor realizando a união das partes (síntese).

– Linguagem oral: essencial para a alfabetização.

Coordenação viso-motora: coordenação entre os movimentos dos olhos e do corpo;

– Ritmo: habilidade rítmica que se refere à noção de duração e sucessão (sons e pausas);

– Memória cinestésica: capacidade que consiste na memória dos movimentos motores necessários para a realização gráfica.

Quer aprofundar seus conhecimentos?

Tudo isso é apenas uma parte diante da quantidade de conteúdos disponibilizados no curso de Pós-Graduação em Educação Infantil, Alfabetização e Letramento, do Grupo Rhema Educação. Com professores experientes e aulas completamente dinâmicas, vocês terão acesso a materiais atualizados e embasados em fundamentos científicos, além de diferenciais que impactam positivamente em seu percurso acadêmico e profissional. Ficou interessado? Fale com um consultor.

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Digite seu nome