Primeiramente, todo educador que se interesse pelo assunto precisa saber algumas questões fundamentais acerca da equilibração na psicomotricidade. Quando pensamos neste termo, falamos também sobre a interação de dois componentes do comportamento humano.

Assim sendo, para que a psicomotricidade fique bem definida, nada melhor que a explicação em partes acerca do que ela é composta. Dessa forma, a motricidade deve ser apresentada como um sistema dinâmico que subentende a organização de um equipamento neurobiológico sujeito ao desenvolvimento e à maturação. Por outro lado, o psiquismo é o funcionamento de uma atividade mental composta de dimensões cognitivas e socioafetivas.

Em outras palavras, a psicomotricidade é algo que precisa ser trabalhado desde os primeiros anos da educação infantil. No entanto, mesmo que uma criança seja estimulada desde muito novinha, ela pode vir a apresentar alguma falha no aspecto psicomotor. Isso gera uma necessidade educativa especial no desenvolvimento do pequeno.

O que está por trás dessas necessidades educativas especiais?

A princípio, tais necessidades estão relacionadas a fatores biológicos, ambientais (situações como contexto familiar, vivências) e falhas no desenvolvimento neuropsicomotor. Estes pontos costumam ser as causas mais comuns percebidas pelos especialistas.

Portanto, o trabalho psicomotor favorece a evolução de funções que são pré-requisitos para uma aprendizagem satisfatória. A importância está relacionada tanto à aprendizagem acadêmica quanto cotidiana. Além disso, as estratégias utilizadas no contexto da sala de aula são fundamentais para possibilitar a independência da criança frente aos desafios da vida acadêmica e social.

Afinal, o que é equilibração?

A equilibração, juntamente com a tonicidade, faz parte das bases psicomotoras. Por isso, ela é essencial para qualquer pessoa no desenvolvimento da psicomotricidade. Dessa forma, ela atua de maneira que possibilite à criança desempenhar o seu equilíbrio.

Aliás, não é somente isso. Ela é importante para que o aluno fique de pé, ande colocando um pé à frente do outro; mantenha o seu corpo sentado com postura correta; controle a cervical, etc. Ou seja, é claramente perceptível que se trabalhe a psicomotricidade respeitando essas bases; e a equilibração se mostra como um elemento primordial em todo esse processo.

Outras atribuições da equilibração são as seguintes: estabilidade postural (estático ou dinâmico); controle postural; automatismo da movimentação voluntária; aquisição de locomoção; além de permissão para se deslocar e explorar o ambiente.

– Como intervir?

A sala de aula é um espaço bem rico para usar a criatividade na intervenção em atividades que incentivem a equilibração. Entretanto, o ambiente doméstico pode ser um lugar onde tais estímulos também acontecem. Assim, vocês podem induzir a criançada a brincar com algumas brincadeiras que fazem parte da vida de muitas gerações: estátua, coelhinho, carrinho de mão, pega-pega, etc.

Quais são as demais bases psicomotoras?

 Vocês viram acima os principais pontos da equilibração. Porém, a tonicidade divide o mesmo grau de importância por pertencer à primeira unidade funcional. A divisão funciona da seguinte forma:

1ª unidade funcional: tonicidade e equilibração;

2ª unidade funcional: noção de corpo, lateralização, estruturação espaço-temporal;

3ª unidade funcional: praxia global.

Quais são os principais pontos das unidades funcionais de bases psicomotoras?

Tonicidade

Antes de tudo, ela deve ser entendida como a capacidade de preparar a musculatura para os movimentos. Além disso, ela sustenta atividades motoras e posturais; assegura a aquisição da verticalidade. Inclusive, a tonicidade é responsável por fornecer consciência corporal, manutenção da postura e regulação de força muscular.

Como intervir?

As famosas massinhas são excelentes objetos que ajudam a estimular a tonicidade da criança. Com isso, existe uma série de brincadeiras ideais para trabalhar essa habilidade. Outra dica legal é deixar o pequeno rasgar papel de diferentes gramaturas para que ele lide com diferentes tipos de material.

Noção de corpo/esquema corporal

Aqui, ocorre aquilo que conhecemos como a primeira via de contato da criança com o mundo que a cerca. Afinal, há o recebimento das sensações, o que gera a percepção. A partir disso, nosso cérebro devolve uma resposta sobre tais sensações. Vale ressaltar que essa habilidade é pré-requisito para a aquisição de conceitos cognitivos.

Esquema corporal

Ligado a um contexto mais concreto, o esquema corporal está intimamente relacionado a uma construção mental que o aluno realiza gradualmente conforme as experiências que vivencia. Aliás, a partir deste ponto o pequeno passa a notar a representação do próprio corpo, o que permite reconhecer e nomear suas partes, as funções que desempenham e as interações.

Imagem corporal

Agora é o contexto mais subjetivo. Nesse sentido, há o surgimento de aspectos emocionais, além de necessidades biológicas relacionais. Importante ressaltar que esta habilidade é indispensável para a formação da personalidade da criança.

– Como intervir?

Brincadeiras cantadas, brincadeiras no espelho, desenho do próprio corpo em papel kraft, siga o mestre, etc.

Lateralização

Neste ponto, a criança manifesta a dominância de um lado do corpo em relação ao outro. A lateralização pode ficar bem definida entre os 5 e 7 anos. Ela precisa ser estimulada, mas nunca forçada, pois cada pessoa tem uma pré-disposição para desenvolver um lado com mais facilidade.

– Como intervir?

Arremesso de pompom, corrida, corda e bastão, lances, arremessos, amarelinha, atividades bimanuais, etc.

Estruturação espacial

Esta noção se refere à consciência da posição do corpo; e auxilia o pequeno a se orientar, além de possibilitar que ele se desloque de modo eficiente pelo ambiente.

– Como intervir?

Cabo de guerra, centopeia, corrida de saco, arremessos e caminhadas, jogos de tabuleiro, etc.

Estruturação temporal

Ela permite que o aluno se localize no tempo no tempo passado e tenha a projeção de planos para o futuro. Além disso, esta habilidade está relacionada à linguagem. Aliás, a estruturação temporal é fundamental para a leitura, escrita e organização cotidiana.

– Como intervir?

Jogos de sequência lógica, música, dança, etc.

Praxia global

Aqui, a ação é mentalmente planejada para atingir um objetivo. Inclusive, ela é executada de forma coordenada. Esta habilidade é pré-requisito para que a criança consiga se deslocar pelo ambiente.

– Como intervir?

Brincadeiras de transportar objetos de um lado para o outro, por exemplo.

Existe uma maneira de aprofundar o conhecimento no tema?

Conhecer com profundidade as áreas desenvolvidas na neuropsicomotricidade é fundamental para quem deseja trabalhar com base evidências científicas, como a neurociência, a psicomotricidade e outras abordagens. Assim sendo, escolher um caminho que te faça entender mais do assunto é um passo muito importante.

Para isso, o curso de Pós-graduação em Neuropsicomotricidade, do Grupo Rhema Educação, é uma especialização diferenciada. Os alunos têm muito a aproveitar por meio de aulas online e ao vivo, materiais atualizados e professores experientes.

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