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Em primeiro lugar, é necessário pensar nas formas encontradas por especialistas na condução de tratamentos que visem ao desenvolvimento de habilidades sociais observadas no Transtorno do Espectro Autista (TEA). Essa condição neurobiológica exige acompanhamento profissional, cujo resultado pode ser percebido em progressos na vida familiar, pedagógica e social.

Importante relembrar que o TEA traz uma série de características que impactam nos aspectos fundamentais da vida de uma criança. Com isso, o pequeno pode manifestar os seguintes sinais:

– Comunicação verbal com ecolalias;

– Pouca interação social;

– Reações adversas a estímulos sociais;

– Dificuldade para lidar com mudanças de rotinas;

– Atraso para aprender a falar;

– Comportamentos repetitivos motores;

– Problema para lidar com determinados alimentos (texturas, gostos e cheiros);

– Estimulação sensorial prejudicada;

– Entre outros.

A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma ciência em que a solução também está voltada para controle e/ou erradicação de tais sintomas. Inclusive, essa terapia contribui de maneira ampla no dia a dia de alunos com autismo, por meio de uma abordagem que valoriza aspectos comportamentais e desconsidera aquelas condutas que não são muito interessantes para os pequenos com TEA.

Como a terapia auxilia no treino de habilidades sociais?

A ABA representa uma importante opção para o TEA. Dessa forma, ela pode induzir as habilidades sociais a partir dos chamados reforçadores positivos – sem se esquecer dos negativos.

Por meio dos reforçadores positivos, os profissionais precisam observar e identificar os comportamentos adequados. Em seguida, a criança é estimulada a realizar essas práticas constantemente até que ela aprenda e as exerçam de forma espontânea. Como resultado, ela vai ser recompensada.

Importante notar que essa recompensa pode se apresentar como um elogio, um doce, um brinquedo ou aquilo que o pequeno demonstra gostar. No entanto, os procedimentos da ABA devem passar por avaliações temporárias a fim de que o terapeuta analise os progressos ocorridos.

Há que se ressaltar que cada criança precisa de um conjunto de estratégias, mesmo no uso dos reforçadores positivos para estimular aspectos comportamentais apropriados. Assim, os pequenos com TEA encontram oportunidades de se desenvolverem.

A ABA pode ser usada em sala de aula?

A ABA é uma terapia de grande importância no contexto escolar. Isso significa que muitas técnicas, adotadas pelos educadores, encontram na abordagem o caminho necessário para que as habilidades sociais e educacionais dos alunos sejam trabalhadas.

Para tanto, a criança deve ser vista como única, sobretudo no que diz respeito aos processos de intervenção no TEA. Desse modo, o pequeno pode contar com o apoio de uma equipe – formada por fonoaudiólogos, T.O., psicopedagogos etc.- mas é essencial que os procedimentos da ABA estejam incluídos no Plano de Ensino Individualizado (PEI).

Assim sendo, os professores e os terapeutas podem valorizar determinados comportamentos em sala de aula a fim de impulsioná-los. Em outras palavras, vamos imaginar que o pequeno já esteja realizando operações matemáticas. A partir de tal constatação, os profissionais têm a chance de programar e organizar as formas de ensino e aprendizagem, com base nos princípios da ABA.

Nesse sentido, o trabalho deve ser realizado de maneira frequente. Aliás, a família também precisa estar por dentro deste rol, sobretudo porque os objetivos necessitam estar unificados, ou seja, todas as partes envolvidas têm que compartilhar das mesmas estratégias adotadas.

Como usar os procedimentos da ABA dentro de casa?

O treino de habilidades sociais pela ABA também pode ser feito em casa. Entretanto, a presença ou acompanhamento de um profissional é fundamental para orientar a criança. No ambiente doméstico, os pais têm ao seu alcance o acesso a materiais com grandes chances de proporcionarem ao pequeno muita diversão e aprendizado.

Vai ser preciso um pouco de paciência por parte dos pais para dar seguimento a esses procedimentos. Antes de mais nada, faça uma lista para elencar o que a criança precisa aprender no contexto doméstico.

Para citar apenas alguns exemplos, os pais podem propor atividades ou pequenas missões que ajudem no desenvolvimento de capacidades. Além disso, essas tarefas são bem simples e não demandam muito trabalho para a sua execução.

Primeiramente, a criança pode ser estimulada a conhecer determinados objetos de seu lar (caneca, cadeira, computador, prato) ou, até mesmo, os materiais que utiliza para fazer os deveres (lápis, papel, borracha). No entanto, para que o pequeno aprenda, ele vai precisar contar com lembretes constantes realizados pelos pais. Exemplos: o que é aquilo? Como isso se chama? Para que serve esse botão?

Enfim, é necessário uma preparação e um ambiente que proporcionem a interação da criança para que ela assimile o que aprende. Portanto, a prática dessas atividades pode ficar melhor com o auxílio de um profissional por perto, mesmo se for em casa.

Por que se preparar?

Ao longo deste artigo, você viu como é importante estar inteirado das estratégias utilizadas com crianças incluídas no TEA. A junção de teoria e prática proporciona uma imersão no conhecimento acerca das melhores alternativas de intervenção reconhecidas pela ciência.

O curso de Pós-Graduação em Análise do Comportamento Aplicada (ABA) na Educação de Pessoas com TEA, do Grupo Rhema Educação, é uma opção fundamental para quem busca por qualidade no ensino. Tudo isso com o auxílio de aulas dinâmicas (online e ao vivo), professores experientes e materiais atualizados.

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