Para início de conversa, você sabia que a ABA (Análise do Comportamento Aplicada) é uma abordagem que pode fazer total diferença na vida de uma criança com autismo? Principalmente, se o contexto for a sala de aula. Os resultados são promissores e tendem a propiciar evoluções consideráveis.

Diante disso, falar sobre como o processo de aprendizagem pode ser impulsionado por essa ciência é fundamental para abrir novas perspectivas de intervenção. Portanto, quando há uma abordagem interdisciplinar entre professores e terapeutas, o efeito desse trabalho cria possibilidades de autonomia na vida do pequeno.

Porém, podemos adiantar que a ação em conjunto – de todos os profissionais envolvidos – representa uma prática essencial. Isso significa que a criança deve estar no foco de todos os procedimentos. Assim sendo, veja abaixo como acontece a aprendizagem na ABA, tendo como direcionamento pessoas que vivem com autismo.

Quais são os primeiros passos no ambiente escolar?

Antes de mais nada, o processo de planejamento deve contemplar todos os setores da instituição, desde a coordenação pedagógica, passando pelos educadores, auxiliares e demais colaboradores da escola. Afinal, a realização da ABA depende da compreensão de todas as partes.

Em outras palavras, a elaboração de um plano de ensino individual possibilita a unificação de estratégias responsáveis por promover as etapas da abordagem na ABA. Desse modo, o planejamento vai ser utilizado em todos os ambientes em que a criança com autismo está inserida.

As habilidades adquiridas no contexto escolar devem ser vistas pelos profissionais como uma contingência comportamental. A partir disso, os educadores e os terapeutas podem observar os elementos que vão pautar o planejamento.

Por exemplo, a capacidade que o aluno passa a obter em competências matemáticas facilita na realização de uma importante atitude por parte dos professores: programar o ensino por meio das abordagens da ABA. Isso significa que o aluno com autismo vai ter a oportunidade de estar em um processo com uso de técnicas efetivas para o seu desenvolvimento psicopedagógico.

O que fazer para reforçar comportamentos durante a aprendizagem na ABA?

A princípio, os reforçadores são estímulos dados à criança, como resultado de um comportamento ou ação que pode ser repetido. No contexto escolar, o pequeno com autismo ganha incentivos após realizar ações (que geram autonomia). Para isso, os professores devem orientar esse incentivo aos parâmetros da intervenção ABA.

Dessa forma, os reforçadores precisam ser voltados para o aluno, uma vez que a sua individualidade é o principal foco a ser respeitado. Dentro da sala de aula, esses estímulos podem estar contidos em uma caixa ou em um baú. Existem outros reforçadores, como objetos comestíveis, sensoriais, sociais e até atividades que despertam interesse na criança.

No entanto, vamos focar nos brinquedos, pois eles são ideais para o ambiente escolar. Aliás, os demais alunos também podem contribuir com a realização de tarefas e brincadeiras. Contudo, os professores devem comunicar a elas o motivo de haver um jeito diferente de ensinar o colega com autismo. Uma das estratégias utilizadas é o kit de reforçadores.

O que é o kit de reforçadores?

Na intervenção ABA, os profissionais podem utilizar o chamado kit de reforçadores, que consiste em materiais (de interesse da criança) usados para responder aos comportamentos manifestados diante de alguma demanda em sala de aula. Por exemplo, o pequeno realiza determinada atividade (solicitada pela professora); como consequência, ele pode brincar com um brinquedo que compõe a caixa do kit de reforçadores.

Isso traz efetividade, pois os professores podem utilizar essa estratégia para incentivar comportamentos positivos na trajetória de aprendizagem da criança. Assim, é importante separar tanto os itens que estão disponíveis para todos como aqueles que compõem o kit, tendo em vista o aspecto atrativo que ele pode adquirir no trabalho de estímulo pedagógico.

Por que a ABA contribui com a aprendizagem?

Uma das premissas da aprendizagem na ABA é o trabalho focado no aprendizado sem erros. Isso significa que os educadores não enfatizam a aprendizagem baseada no esquema ‘tentativa-e-erro’. De acordo com especialistas, esse método pode causar descontentamento no pequeno; e até mesmo atraso no desenvolvimento psicopedagógico.

Nesse sentido, a ABA é responsável por apresentar o direcionamento de comportamentos e tarefas de forma dividida, contribuindo para o progresso do aluno. Aliás, o uso de feedbacks também contribui bastante, uma vez que essa atitude aumenta a motivação da criança em aprender e a reproduzir modelos de conduta mais assertivos.

No entanto, a realização de feedbacks imediatos não significa premiar a criança, mas gerar estímulo por meio de engajamento. Outro detalhe importante é estabelecer um prazo para a retirada desses reforços, pois é a única forma de não haver dependência de estímulos para a realização de alguma ação.

Qual o caminho para dominar essa abordagem?

Como mostramos acima, a ABA é uma ciência bem ampla e que exige conhecimento de quem a pratica. Desse modo, os profissionais que estão dispostos a desempenharem seu trabalho baseados nessa linha precisam mergulhar em teorias e práticas indispensáveis.

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