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Inevitavelmente, muitos professores podem ficar apreensivos diante da possibilidade de lecionar para algum aluno diagnosticado com o Transtorno Opositivo Desafiador (TOD). Um dos principais motivos para esse sentimento é a falta de experiência em ter de lidar com essa situação.

Não é para menos, pois a maioria dos educadores não foi ensinada a trabalhar em contextos tão conflitantes como aquele que o TOD geralmente impõe. Assim sendo, a preocupação que prevalece é de que maneira os professores podem intervir e propor as melhores condições a esses alunos.

Como lidar com a criança/adolescente com TOD de maneira eficiente?

Antes de tudo, é muito importante que os profissionais saibam como utilizar suas estratégias para conduzir a turma e as tarefas adotadas. Dessa forma, é preciso saber como potencializar tudo isso e tornar a experiência dos pequenos e dos adolescentes mais proveitosa possível.

De acordo com Haddad (2022), as melhores maneiras de se aproximar do aluno durante as aulas, no contexto do TOD, são as seguintes:

– Manter a calma quando for chamar a atenção do aluno;

– Nunca debater com o aluno, principalmente em público;

– Não isolar, ao contrário, inclua totalmente a criança;

– Conquiste a simpatia e a confiança do aluno;

– Estabeleça parceria com seu aluno pois isso pode inibir algumas ações que ela gostaria de fazer;

– A melhor forma de lidar com isso é segurar as mãos do aluno, se agachar perto e falar com muita calma e afeto para que a criança perca a coragem de prosseguir com o ato pensado anteriormente;

– Por isso é aconselhável nunca debater, para evitar situações que só trarão muito desgaste aos dois, principalmente a você.

Além disso, é bom ressaltar que os educadores precisam enxergar o aluno com TOD como alguém dotado de grande potencial, o que pode gerar resultados pedagógicos satisfatórios. Outro detalhe é que o bom rendimento também é influenciado pelas adaptações feitas no ambiente escolar.

De que maneira o professor pode se inteirar sobre o transtorno?

Para lidar com os casos de TOD é preciso muito jogo de cintura. As dificuldades são enfrentadas diariamente pelos familiares. Assim, ter de lidar com um aluno incluído no transtorno deve ser bem desafiador também, principalmente porque há outras crianças que precisam de sua atenção.

Desse modo, Haddad (2022) reitera algumas dicas interessantes que estão ligadas à relação entre o educador e o pequeno com TOD. São elas:

– O primeiro passo para o professor é buscar informações a respeito do transtorno, assim terá maior compreensão diante das dificuldades enfrentadas pela criança;

– Motivar sempre o aluno, pois o resultado estará diretamente ligado à diferença entre a quantidade de reforço positivo em relação a uma pressão em excesso;

– Peça ajuda ao aluno, para motivá-lo. Por exemplo: peça para apagar a lousa, ajudar na distribuição de materiais para a classe, entre outros.

– Peça gentilmente para o aluno ficar mais próximo de você, sentado à frente, de preferência longe de janelas ou porta;

– Não fazer críticas na presença de outras crianças, evitando uma indisposição do aluno com você professor;

– Reforçar as regras e anotar na lousa o plano de aula, as tarefas e datas de provas;

– Considerar a possibilidade de mudança na forma de avaliação, com provas orais ou maior tempo para a execução ou menor número de questões, em relação ao restante da classe;

– Estimular a participação dos alunos e a interação social em atividades de grupo;

– Demonstre percepção dos resultados e progressos alcançados pelo aluno;

– Ajude os pais com uma maior comunicação, monitorando os progressos ou dificuldades, além da participação no controle em anotar as atividades e datas de provas;

– Evitar fazer reclamações do aluno quando entregá-lo aos pais na saída. Qualquer reclamação deve ser feita via agenda ou em particular (agendar reunião ou ligação);

– As tarefas acadêmicas devem ser compatíveis com as habilidades da criança, ir reforçando passo a passo até igualar com as demais crianças da classe;

– Trabalhar questões relacionadas ao planejamento e organização do estudo na escola e em casa (rotina diária);

– Intercalar as aulas expositivas ou períodos de estudo com breves momentos de atividade física, ajudando a minimizar a fadiga e a monotonia;

– Evitar corrigir as lições com canetas vermelhas ou lápis;

– Criar momentos de descontração para minimizar o stress e ajudar na socialização com colegas de classe;

– Procurar compreender que a criança não tem controle dos seus comportamentos, ela se sente tão assustada quanto todos envolvidos e precisa de ajuda;

– É importante comunicar aos pais via agenda os comportamentos inadequados, mas é fundamental comunicar os comportamentos positivos do aluno, evitando somente reclamações.

Como se tornar expert no assunto?

A melhor maneira de obter domínio no tema é por meio dos estudos. Afinal, os conteúdos explorados durante as aulas proporcionam uma excelente aquisição de conhecimento. Todos eles baseados em evidências científicas.

Para isso, o curso de Pós-graduação em TOD – Transtorno Opositivo Desafiador – do Diagnóstico à Intervenção, do Grupo Rhema Educação, é uma especialização diferenciada. Os alunos têm muito a aproveitar por meio de aulas online e ao vivo, materiais atualizados e professores experientes.

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Referência

HADDAD, Josi Sant’Anna. Aprenda como intervir com crianças com TOD e deficiência intelectual. Grupo Rhema Educação, 2022.

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