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Primeiramente, é preciso dizer que existem condições que costumam confundir muitas pessoas por conta da proximidade entre alguns sintomas; até mesmo a nomenclatura causa certo embaraço. Assim sendo, você saberia pontuar a diferença entre o Transtorno Opositor Desafiador (TOD) e o Transtorno de Conduta (TC)?

Caso a resposta seja não, saiba que ambos são bem próximos, o que gera toda essa dúvida. Portanto, confira a seguir os pontos que diferem um do outro – além de detalhes que estão em torno dessas alterações.

Em que categoria estão o Transtorno Opositor Desafiador (TOD) e o TC?

Para entender como o TOD e o TC estão classificados, é preciso compreender antecipadamente os chamados transtornos disruptivos. Dessa forma, podemos explicar melhor em que grupo as duas condições estão.

Portanto, o TOD e o TC pertencem à categoria dos transtornos disruptivos, que são definidos em padrões comportamentais característicos cuja ligação se dá pela transgressão de normas, atitudes desafiadoras e antissociais. Inclusive, há a predominância de ações que podem causar descontentamento nas pessoas que convivem com a criança nessa condição, como frustração, ansiedade, raiva e impaciência.

De acordo com Barletta (2011), os transtornos disruptivos não são de fácil diagnóstico. Em outras palavras, a dificuldade para identificá-los está associada ao fato de haver uma “série de classes de comportamentos, incluindo os desafiadores”. 

A pesquisadora ainda ressalta que “nem todo comportamento apresentado por eles [pacientes] são aqueles desejados socialmente, como os comportamentos de educação e civilidade” (BARLETTA, 2011). Desse modo, o Transtorno Opositor Desafiador (TOD) e o TC estão incluídos nesse grupo, o que pode gerar preocupação em pais e professores quando têm acesso ao diagnóstico da criança.

Qual a diferença entre eles?

O ponto que diferencia um do outro é sutil, mas o suficiente para delimitar a abrangência dos transtornos na vida da pessoa. Assim sendo, a literatura da área ressalta que a diferença entre eles é o fato de o TOD ser originado de uma insubmissão das crianças e adolescentes às regras impostas pelos adultos\ambientes.

Já o TC tende a ganhar contornos mais severos, em função dos pequenos e jovens manifestarem atitudes agressivas (como presenciados no TOD), mas caracterizados também pelo senso de manipulação e controle da situação por meio de mentiras que os favoreçam. Tudo isso como forma de ludibriar as pessoas e até agredi-las para conseguir o que desejam.

Além disso, especialistas sugerem que o TC tende a gerar mais receio por parte dos adultos em função dos desdobramentos que ele causa, tais como: crueldade com pessoas e animais; vandalismo; furtos e outras violações que exigem atenção redobrada. De forma resumida, o TC pode ser mais nocivo que o TOD.

No entanto, é fundamental ressaltar que ambos os casos são transtornos reconhecidos pelo DSMV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), ou seja, não significam que as crianças ajam deliberadamente com o simples intuito de fazer mal a alguém. Nesse sentido, as condições podem ser submetidas a intervenções que visem à diminuição e ao controle dos sintomas (ver mais adiante).

Quais são as principais características do Transtorno Opositor Desafiador (TOD) e TC?

Depois de ver a diferença entre os transtornos, você pode conferir os sintomas mais presentes em cada uma dessas condições. Assim, os pontos característicos do Transtorno Opositor Desafiador (TOD) são os seguintes, segundo Barletta (2011):

– Perder a calma;

– Discutir com adultos;

– Desafiar ou negar-se a obedecer;

– Emitir comportamentos para incomodar as pessoas;

– Culpar terceiros por seus comportamentos;

– Irritabilidade.

Além disso, a pesquisadora salienta que esses sintomas podem ser manifestados em lugares públicos, como na escola e demais espaços do convívio da criança e do adolescente.

Por sua vez, o TC pode se manifestar por meio dos sinais a seguir:

– Falta de empatia pelos próximos;

– Baixa tolerância à frustração;

– Irritabilidade;

– Intimidação às outras pessoas;

– Baixo desempenho em atividades escolares (motivado pelo desrespeito às regras impostas);

– Agressão física e verbal durante discussões;

Vale lembrar que a identificação desses padrões comportamentais deve ser feita por profissionais capacitados e que tenham o domínio das abordagens utilizadas. Desse modo, pais e professores podem encontrar respaldo nos terapeutas para possibilitar as melhores intervenções às crianças e aos adolescentes.

Além disso, ambas as condições podem ser acompanhadas de comorbidades como o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), o Transtorno de Ansiedade, a Depressão e outros quadros. Assim, os casos devem ser observados de perto.

Que tratamentos são indicados?

O tratamento depende do caso apresentado no consultório. Com isso, a análise do paciente vai nortear quais técnicas serão utilizadas para providenciar a melhor abordagem a ser realizada. De qualquer forma, o acompanhamento terapêutico e o uso de medicamentos são necessários para minimizar os efeitos dos sintomas do TOD e do TC na vida das crianças e adolescentes.

Como conhecer mais sobre o assunto?

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Referência

BARLETTA, J.B. Avaliação e intervenção psicoterapêutica nos transtornos disruptivos: algumas reflexões. Rev. bras.ter. cogn. [online]. 2011, vol.7, n.2, p. 25-31.

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