Qual é o papel da Neurociência na agressividade infantil?

A Neurociência, ao estudar a interação entre os sistemas que influenciam, dentre outras coisas, o comportamento, pode auxiliar a criança a dominar sua agressividade, além de ajudá-la na socialização e no estabelecimento de relacionamentos.

Neste artigo, te contaremos porque a agressividade infantil ocorre, quais são os comportamentos mais frequentes e como a Neurociência pode ajudar. Vamos lá?

Por que a agressividade infantil ocorre?

A agressão é um comportamento encontrado em todo o reino animal e que vem moldando a vida humana desde os primeiros encontros no jardim de infância até os conflitos globais armados. Como todo comportamento, a agressão tem origem no cérebro.

No caso da agressão infantil, ela pode ser encarada como uma manifestação de uma emoção no comando, relacionada à uma situação que traz uma certa insegurança frente aos desafios.

Além disso, a agressividade infantil deve ser analisada considerando dois pontos: se o hábito normal para a idade da criança ou se há a incidência de algum transtorno.

A agressividade é um hábito normal em crianças de 1 a 3 anos, uma vez que estas ainda não aprenderam a controlar seus sentimentos e reações, especialmente a frustração e a raiva.

Contudo, a incidência de algum transtorno pode estar relacionada a um momento delicado para a criança, como a separação dos pais, a perda de um ente querido ou o nascimento de um irmão.

Isso porque estas situações podem gerar ansiedade nas crianças que, como resposta, adotam um comportamento agressivo.

Quais são os comportamentos mais frequentes?

As principais formas que a agressividade infantil pode se manifestar são:

  • Tapas;
  • Mordidas;
  • Chutes;
  • Gritos;
  • Xingamentos;
  • Unhadas;
  • Bater portas;
  • Maltratar animais;
  • Destruir objetos com raiva.

Controlar a agressividade infantil o quanto antes é extremamente importante. Se medidas corretas não forem tomadas, cada vez mais se tornará mais difícil controlar a agressividade, seja em casa, na escola ou em qualquer outro ambiente.

Além disso, a agressividade prejudica fortemente a socialização e o desenvolvimento de relacionamentos, o que pode gerar uma diminuição na autoestima e prejuízos na área acadêmica.

Mas, qual o papel da Neurociência na agressividade infantil?

O papel da Neurociência na agressividade infantil

Conforme dito, como todo comportamento, a agressão tem origem no cérebro. Por isso, para aprender a lidar com a agressão infantil, o primeiro passo é entender a raiz do problema.

A depender da idade da criança, esse comportamento pode ter várias causas e manifestações, além de poder ser utilizada como uma linguagem de extravasamento de sentimentos não percebidos.

Outro ponto importante é ter paciência, afinal, estamos lidando com crianças, ou seja, pessoas que ainda estão em desenvolvimento cognitivo, corporal e que, portanto, não possuem domínio de seus sentimentos e emoções.

Ter paciência não significa não fazer nada, mas sim ter controle emocional para não tomar medidas impulsivas que podem piorar a situação.

Além disso, também é importante oferecer um ambiente tranquilo e acolhedor para a criança, podendo encorajá-la a desenvolver sensibilidade com outras pessoas, além de ensiná-la a obter o que deseja sem precisar recorrer à agressão.

Outras dicas importantes

Ainda, algumas outras dicas importantes que podem ser utilizadas juntamente com a Neurociência na agressividade infantil são:

  • Estimule atividades físicas, pois crianças são cheias de energia e isso as ajudará a gastar um pouco;
  • Explicar as consequências do comportamento de maneira calma e tranquila à criança;
  • Evite deixar seu filho ou aluno machucar o irmão ou colega.
  • Se, apesar dos seus esforços, o problema insistir, procure ajuda profissional.

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Referências:

OLIVEIRA, L.S. SANTOS, J.C.C. O cérebro e as emoções: a neurociência das relações humanas. Brasília: Viva, 2021. 

RELVAS, M.P. Neurociência e transtornos de aprendizagem: as múltiplas eficiências para uma educação inclusiva.5 ed .Rio de Janeiro: WAK, 2011. 

___________. Neurociência na prática pedagógica. Rio de Janeiro: WAK, 2012.

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