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O Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD) representa muita preocupação para os pais das crianças que receberam o diagnóstico e que convivem com a condição. Primeiramente, os aspectos comportamentais são diretamente afetados; e através deles, os pequenos tendem a manifestar algumas características bem marcantes.

Entretanto, outro detalhe deve ser levado em conta: as comorbidades do TOD. Como elas impactam a vida do aluno? Como a família lida com isso? Que pontos são notados com o desenvolvimento da criança? Os distúrbios associados ao TOD são responsáveis por nortear muitos quesitos do comportamento de quem vive com o transtorno.

Quais os principais sintomas?

A princípio, precisamos relembrar o que é o TOD e como ele pode ser caracterizado. O TOD é considerado um transtorno disruptivo, cujo ponto principal é o padrão global de desobediência (com hostilidade aos demais). Além disso, a criança nessa situação costuma desafiar até mesmo os adultos.

Dentre os sinais mais evidentes no TOD, é possível notar que os pequenos costumam discutir frequentemente com seus interlocutores, principalmente se estes exercerem algum papel de autoridade (pai, mãe, professora, babá). Inclusive, os pacientes não costumam assumir a responsabilidade diante de situações embaraçosas (com má conduta, por exemplo).

Dessa forma, o descumprimento de regras e a transgressão costumam ser sempre notados. Aliás, é comum também que as crianças percam o controle diante de alguma situação que não saia como o esperado.

Quais são as comorbidades do TOD?

No contexto do TOD, há algumas condições relacionadas que tendem a aparecer com mais frequência nas crianças diagnosticadas. Confira abaixo quais são elas.

TDAH

A primeira comorbidades do TOD a ser apresentada não foi escolhida por acaso. Na verdade, a incidência do Transtorno de Déficit de Atenção (TDAH) no TOD é bem alta. Estudos sugerem que essa taxa corresponda a 50% dos casos identificados.

Além disso, pesquisadores já encontraram pistas de que o TDAH como comorbidade do TOD pode aprofundar determinadas características, tais quais a hiperatividade/impulsividade. Outra informação importante é que os estudiosos acreditam no fato de que o TDAH possa ser um fator de risco para o TOD.

Transtorno de Conduta (TC)

No TC, é possível destacar que os casos envolvendo essa condição tendem a aparecer com mais frequência em meninos a partir dos 10 anos de idade. Os sintomas preponderantes são os seguintes:

– Excesso de brigas;

– Atos de crueldade física;

– Falta de sentimentos de culpa e remorso;

– Atitudes violentas e desafiadoras;

– Egoísmo;

– Bullying contra as pessoas;

– Propensão a mentir e a trapacear;

– Problemas de relações interpessoais.

Transtorno de Ansiedade (TA)

Embora o TA não represente uma parcela considerável das pessoas diagnosticadas com o TOD, algo que não se pode negar é a possibilidade de a criança também manifestar essa condição. Sendo assim, uma das características mais marcantes é a agitação excessiva, a dificuldade para se concentrar, a irritabilidade e os distúrbios relativos ao sono.

Desse modo, além dos sintomas frequentes do TOD, o pequeno e o adolescente que passa por essa situação costuma sofrer por conta dessa comorbidade. Ao longo de seu processo de amadurecimento, as crianças nesse contexto podem desenvolver outras características, como a irritabilidade excessiva.

Transtorno Bipolar

Os casos de Transtorno Bipolar associados ao TOD também merecem destaque, mas um detalhe não pode passar despercebido. Os primeiros sintomas do Transtorno Bipolar surgem na pré-adolescência. De acordo com estudos, na infância não há muitos relatos de TB como o que se vê a partir dos 12 anos, por exemplo.

Inclusive, vale ressaltar que pais e professores precisam ficar atentos. As características do TB de início pré-puberal (3-13 anos) são:

– Irritabilidade,

– Ciclagem rápida,

– Baixa recuperação entre os episódios,

– Altas taxas de comorbidades com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e com Transtorno Opositor Desafiante (TOD).

(ABRATA – Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos)

Qual o tratamento mais indicado?

É importante salientar que a intervenção não deve ser deixada de lado em hipótese alguma, pois a criança e o adolescente precisam encontrar formas de ser trabalhada a partir de suas características. Assim sendo, a procura por um tratamento psicossocial é uma excelente oportunidade.

Dessa maneira, a abordagem a ser utilizada visa a apresentar estratégias que valorizem a qualidade de vida do paciente em aspectos comportamentais e sociais. Isso significa que a criança ou o jovem pode ser preparado para lidar com as demandas presentes no ambiente familiar e escolar.

Como saber mais sobre o tema?

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Referência

PALMA, S.M.M. Transtorno Bipolar da Infância e da Adolescência. ABRATA, São Paulo.

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