A dominância lateral de uma pessoa é um fator de muita importância no aspecto motriz que ela vai desenvolver ao longo da vida. Dessa maneira, o estímulo que uma criança recebe ainda na primeira infância contribui bastante em seu processo de maturação.
Inclusive, a partir do momento que os pequenos passam a ter a consciência de que um lado do corpo funciona melhor, eles começam a utilizar esse hemisfério com mais frequência. Assim sendo, o domínio necessário para a execução de várias funções se torna um importante elemento na descoberta de novos movimentos por parte das crianças.
Com isso, pensar em atividades que incentivem a dominância lateral é uma importante estratégia para potencializar as habilidades envolvidas. Por exemplo, o ambiente escolar é um local ideal onde os professores podem ver a evolução motora dos alunos por meio da escrita, do uso das mãos para realizar determinadas tarefas (recortar, desenhar, amassar, fazer pinça com os dedos, etc.).
Aliás, toda a estrutura corporal entra no jogo, pois a dominância lateral (ou lateralidade) diz respeito não apenas a um membro do corpo, pois a todo o conjunto que constitui a organização física. Portanto, conhecer a importância que representa esse elemento da motricidade humana é fundamental.
Como a dominância lateral pode ser compreendida?
De acordo com pesquisas, ela é entendida como um elemento fundamental da motricidade humana. Nesse sentido, a dominância lateral pode ser vista como a preferência que uma pessoa demonstra na utilização de um lado específico do corpo para o desenvolvimento de seus movimentos.
Dessa forma, uma pessoa pode ser destra (quando utiliza a mão direita), canhota (esquerda) ou ambidestra (ambos os lados). No entanto, é importante ressaltar que não é somente a mão a parte envolvida.
Os sistemas visual e auditivo também exercem influência nessa dinâmica da dominância lateral. Para se ter uma ideia, a coordenação viso-motora conta como um importante aspecto na escrita, por exemplo.
As pernas representam outra parte importante para a composição desse conjunto. Os membros inferiores são fundamentais na manutenção e no desenvolvimento do equilíbrio. Portanto, isso mostra como esses segmentos estão interligados.
Que atividades podem ser trabalhadas?
Primeiramente, os educadores devem analisar qual é a forma espontânea adotada pela criança ao utilizar um dos lados na realização de suas funções. Além disso, é preciso ressaltar que o pequeno jamais deve ser forçado a desenvolver mais um hemisfério do que o outro.
Veja abaixo algumas dicas:
– Exercícios de identificação (direita-esquerda)
Em uma folha de papel, a criança tem de reconhecer para que lado os desenhos estão apontando. Nesse caso, o auxílio do professor é essencial, principalmente nas séries iniciais da educação infantil.
Aqui, o exercício funciona mais como um teste para orientar os pequenos. Uma sugestão interessante é a utilização de cores em desenhos idênticos (casa amarela para o lado direito e casa rosa para o lado esquerdo).
É importante que esse exercício seja feito com certa regularidade para que as crianças consigam assimilar melhor os lados. No entanto, cada passo por vez.
– Mímica
A partir dessa brincadeira, a criança pode treinar o seu esquema corporal, além da criatividade e interação social. O professor deve disponibilizar gravuras diferentes para duplas de alunos e cada uma delas precisa mostrar ao restante da turma que desenho elas escolheram.
– Contornando as mãos e os pés
Essa atividade é um clássico. As crianças devem contornar as próprias mãos e pés com lápis de cor. Com efeito, elas podem treinar tanto o movimento de pinça quanto a motricidade ao realizar a tarefa.
– Estátua
Aqui, as crianças devem dançar conforme a música e quando a professora para a música e fala “estátua!”, todas elas precisam parar de se movimentar no mesmo instante. Assim, quem se mexer sai da brincadeira e uma nova rodada se inicia até que o último resista.
Nessa dinâmica, a expressão corporal é altamente explorada. Inclusive, a socialização dos pequenos é outro fator que pode ser percebido. A diversão também é garantida.
– Atividades de equilíbrio
Existem algumas tarefas que podem contribuir muito com os pequenos. Desse modo, seguem algumas dicas relacionadas: andar sobre a linha (de giz), amarelinha, olhos vendados (com auxílio de um adulto), manter-se na ponta dos pés contando até dez, etc.
A partir de que idade a preferência manual pode ser percebida?
Os especialistas trabalham com a ideia de preferência manual para se referir ao lado de maior utilização de uma mão em relação à outra, principalmente em tarefas unilaterais. Nesse caso, pesquisadores salientam que essa preferência pode ser manifestada por volta dos 3 ou 4 anos de idade.
Com efeito, a partir dessa fase, a criança pode ser estimulada a treinar sua dominância lateral, mas é importante também que o seu tempo seja respeitado. Em outras palavras, alguns fatores devem ser levados em conta como a possibilidade de haver alguma dificuldade, distúrbios e transtornos que a impeçam de se desenvolver no período em questão.
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