Um dos principais objetivos da educação inclusiva é a oferta de possibilidades para o acesso à escolarização. Isso significa que proporcionar caminhos que favoreçam o processo de aprendizagem das pessoas é um passo fundamental na dignidade humana. 

Nesse sentido, o cenário educacional deve estar de acordo com as necessidades de todos. Por exemplo, a adaptação escolar e curricular para a inclusão de alunos com TEA (Transtorno do Espectro Autista) tem se mostrado urgente, tendo em vista que existem cada vez mais informações e esclarecimentos dos pais sobre a importância de seus filhos conquistarem esses espaços. 

Em outras palavras, crianças e adolescentes diagnosticados com autismo devem ter o seu processo de aprendizagem estimulado por meio de atividades, cronogramas e didáticas que propiciem seu desenvolvimento cognitivo e social. Além disso, a presença de professores capacitados nesse enfoque é um diferencial de grande importância. 

Que critérios devem ser utilizados?

Primeiramente, conhecer o aluno com TEA que está na turma é um passo fundamental. Afinal, o perfil da criança ou adolescente vai nortear as adaptações a serem utilizadas. Com isso, os educadores podem se basear em um conjunto de informações acerca das dificuldades manifestadas, assim como as habilidades que devem ser trabalhadas. 

Inclusive, o conteúdo do currículo é outro ponto que precisa passar por avaliação de forma que atenda as demandas educacionais dos pequenos e dos jovens. Diante desses critérios, a escola e os professores encontram os tópicos fundamentais para o ensino e a aprendizagem desejados. 

No entanto, outros pontos também entram no contexto a fim de facilitar a inclusão e a imersão dos alunos com TEA. Assim sendo, estabelecer comunicação regular com a família, criar condições para o diálogo entre coordenação pedagógica e terapeutas, além da realização periódica de reuniões pode pavimentar uma trajetória de muito sucesso da criança e adolescente com autismo. 

Como adaptar o currículo a partir da ABA e do AEE?

Dentro do cenário das adaptações, há algumas que ganham bastante destaque devido a sua influência na vida dos alunos: ABA e AEE. Dessa forma, a atribuição de uma dessas abordagens facilita o trabalho dos pedagogos e desempenha um importante papel no aprendizado das crianças ou adolescentes vivendo com TEA. 

A ABA (Análise Comportamental Aplicada, em tradução) possibilita a ligação entre o ambiente e o comportamento da criança por meio das interações do pequeno com o contexto. Assim, os professores da escola podem utilizar os parâmetros incluídos na ABA como maneira de possibilitar a execução de tarefas por parte dos alunos. 

O AEE (Atendimento Educacional Especializado) é um recurso muito utilizado na educação inclusiva, mas não apenas para o público diagnosticado com deficiências e transtornos (como o autismo), mas, também, para aqueles com superdotação e altas habilidades. Em outras palavras, o AEE se constitui como um serviço pedagógico que visa dar apoio à sala de aula comum. 

Isso significa que o conteúdo trabalhado é complemento ao que faz parte do ensino, geralmente no contraturno. Ou seja, os educadores desenvolvem meios para efetivar o processo de aprendizagem a partir de ferramentas – como as utilizadas na sala de recursos multifuncionais. Aliás, é importante que haja um intercâmbio entre os professores da sala comum e do AEE para a realização de tarefas conjuntas. 

Qual é a ligação entre os interesses da criança e a aprendizagem?

Um detalhe importante no processo de adaptação escolar e curricular para a inclusão de alunos com TEA é a aproximação com o universo do aprendiz. Desse modo, quando os educadores usam objetos e/ou assuntos que despertam o interesse na criança ou no adolescente, a assimilação tende a ser facilitada de maneira mais prática.

No entanto, isso também não exclui a precisão de estabelecer todo um levantamento acerca do perfil do aluno.  Inclusive, isso exige uma atenção maior da equipe pedagógica na proposição de estratégias voltadas para o ensino adaptado. 

Portanto, se o profissional perceber que a criança ou o adolescente se interessa por dinossauros, as aulas e as atividades podem contar com esse importante elemento que visa a atrair a atenção do educando. Com efeito, a sala de aula pode se tornar um lugar de trocas bem interessantes entre os professores e o aluno com autismo. 

Quem mais pode contribuir para a adaptação escolar e curricular?

Os professores são fundamentais para proporcionar o aprendizado dos alunos, por meio de técnicas que enriquecem a didática adotada. Porém, a atuação dos educadores também pode ser incrementada com a presença de outros profissionais tão importantes quanto, sobretudo no contexto da adaptação.

Assim, os terapeutas ocupacionais, os fonoaudiólogos e os psicopedagogos são importantes na elaboração de currículos voltados para a aprendizagem dos alunos com autismo. Por fim, o processo educacional conta com importantes caminhos para o desenvolvimento cognitivo e social de crianças, adolescentes e adultos com autismo e outros transtornos. 

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