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A atuação do educador em sala de aula é cheia de desafios e aprendizados. A partir da consideração de que cada aluno é único, o universo que compreende uma turma de crianças pode ser mais amplo do que se imagina.

Nesse sentido, dividir a atenção com tantas personalidades de forma simultânea requer domínio da situação e inteligência emocional para lidar com as possíveis dificuldades. Por sua vez, essas adversidades podem ser apresentadas de maneiras variadas, tal como um distúrbio, um transtorno ou algum ponto que interfira na cognição ou comportamento do pequeno.

No caso do Transtorno Opositivo Desafiador (TOD), as situações tendem a se manifestar por meio de características que podem ser consideradas como um simples ato de desobediência e rebeldia. Porém, quando olhada de forma mais aprofundada, percebe-se que a condição merece uma análise criteriosa e com o auxílio de profissionais clínicos.

Quando o TOD é levado para o contexto escolar, muitos educadores esbarram na inexperiência ou na falta de apoio para driblarem os problemas envolvidos neste transtorno. Assim sendo, as dúvidas desses professores são as seguintes: o que fazer para identificar o TOD em sala de aula? E como procurar ajuda a fim de contornar a situação?

O que é Transtorno Opositivo Desafiador (TOD)?

O Transtorno Opositivo Desafiador pode ser definido como um padrão em que há a permanência de comportamentos dotados de desobediência, hostilidade e aspecto desafiador. Essa condição pode aparecer no início da infância ou na adolescência.

De acordo com estudo de Krieger (2015), a taxa de prevalência dos casos de TOD varia entre 2 a 6% no público em questão (crianças e adolescentes). Além disso, outro dado trazido pela pesquisa é que “a prevalência de TOD em amostras clínicas varia de 30 a 65%; e aproximadamente 90% dos indivíduos diagnosticados com Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) apresentam outros diagnósticos ao longo da vida” (KRIEGER, 2015).

Nesse sentido, os professores se veem diante de uma situação complexa, pois muitos dos sintomas manifestados podem ser parte inerente ao TOD; ou traços de uma comorbidade (veja mais à frente). De qualquer forma, o educador consegue observar alguns pontos que acendem o alerta da existência do transtorno na vida do aluno.

No entanto, há que se lembrar de que o professor é um dos profissionais que devem compor o conjunto de outros especialistas aptos a contribuir com as intervenções no Transtorno Opositivo Desafiador (TOD). Isso significa que o trabalho multidisciplinar é totalmente aconselhável, o que envolve psiquiatras, psicólogos, psicopedagogos, por exemplo.

Quais os principais sintomas observados do Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) em sala de aula?

Os professores podem identificar o TOD no ambiente escolar por meio da observação realizada no dia a dia das aulas. Assim sendo, os sintomas são importantes sinais que mostram a existência da condição.

De forma geral, o aspecto comportamental tende a seguir um padrão específico de desobediência, inclinação a um lado mais desafiador e agressão verbal. Há que se ressaltar que essas características pertencem a um contexto mais amplo do transtorno.

Quando especificadas, os sintomas são os seguintes:

– Indisciplina a regras;

– Insubordinação a adultos, principalmente se estes exercerem autoridade;

– As crianças com TOD se ofendem com facilidade;

– Aversão a contrariedades;

– Sentimento de raiva quando confrontados;

– Tendência a mostrar o lado vingativo;

– Não tolera as próprias frustrações e as atribuem a terceiros.

Quais são as principais comorbidades do TOD?

Você viu acima que o TOD pode vir acompanhado de outros transtornos. O trabalho desenvolvido por Krieger (2015) ressalta que “o padrão de comorbidades é heterogêneo e inclui tanto transtornos internalizantes quanto externalizantes” (KRIEGER, 2015). Dessa forma, é possível elencar quais são as comorbidades mais comuns no TOD, segundo a pesquisa.

– Transtorno de descontrole de impulsos: 68,2%

– Transtornos de ansiedade: 62,4%

– Transtorno de uso de substâncias: 47,2%

– Transtornos de humor: 45,8%

(KRIEGER, 2015)

Como os professores devem lidar diante das crises?

Os educadores não podem agir sozinhos, pois seria impossível ter de lidar com uma turma inteira e ainda voltar as atenções para o aluno com TOD. No entanto, é possível que eles contem com o auxílio conjunto de um grupo de profissionais que ofereça as técnicas e as abordagens necessárias para promover a diminuição dos sintomas e das crises.

Assim sendo, os professores encontram na cooperação entre escola, família e terapeutas o respaldo para providenciar as soluções necessárias. Os educadores não devem sair do controle da situação, mas tentar propor a mediação em situações de conflitos.

Nesse caso, é importante que o profissional conte com a presença da coordenação pedagógica da instituição, assim como psicólogos e psicopedagogos. Portanto, o professor não está sozinho e ele sempre precisa de ajuda.

Como buscar conhecimento sobre o tema?

Se você trabalha na educação ou pretende entender mais sobre o assunto, então a melhor maneira de obter conhecimento é por meio de um curso que ofereça evidência científica do início ao fim. Além disso, a presença de professores experientes na área enriquece ainda mais a sua formação.

Para isso, o curso de Pós-graduação em Transtorno Opositivo Desafiador – do Diagnóstico à Intervenção, do Grupo Rhema Educação, é uma especialização diferenciada. Os alunos têm muito a aproveitar por meio de aulas online e ao vivo, materiais atualizados e professores experientes.

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Referência

KRIEGER, F.V. Refinando o diagnóstico de Transtorno de Oposição e Desafio na infância e adolescência: validação e caracterização da dimensão irritável. 2015. Tese (Doutorado em Psiquiatria) – Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.

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