O uso da matemática está presente em nosso dia a dia, até mesmo fora da sala de aula. Você concorda com isso, professor? Com ela, é possível multiplicar, subtrair, somar, dividir, ter raciocínio lógico e muito mais. Devido à sua importância, é imprescindível entender como funciona a mente das crianças em relação à matemática através da neuropsicopedagogia. 

Afinal, infelizmente, nem todas conseguem fazer cálculos e ter raciocínio lógico. Existe um fenômeno que explica isso. Esse é o assunto do artigo de hoje. Confira!

A neuropsicopedagogia e a matemática

Se você, professor, como neuropsicopedagogo observa que seus alunos possuem dificuldades, você deve investigar a causa. Busque conhecer seu aluno e perceber se algo o está deixando desmotivado ou triste. Se esse for o caso, você pode utilizar ferramentas para incentivá-lo e motivá-lo. Dessa forma, ele pode vencer as barreiras e aprender mais.

Além disso, alguns alunos podem manifestar uma resistência à aquisição de habilidades matemáticas. Alguns nomes importantes da educação deram nome a esse fenômeno: discalculia.

O que é discalculia?

A discalculia é um obstáculo para a aprendizagem da Matemática. “Dis” vem do latim e significa “mal” e “calculare” significa contar, ou seja, “contando mal”. De acordo com Shalev (1998; 2004), estima-se que de 5% a 15% das crianças sofrem com esse transtorno.

Também, E. Vieira deu um conceito bem definido da discalculia, que é a seguinte:

  • Alteração da capacidade de fazer cálculos;
  • Alteração observáveis ao manejar números, como cálculo mental e leitura e escrita dos números.

Dessa forma, ele é considerado um problema neurológico, e que precisa de avaliação adequada. Depois do diagnóstico, é necessário tomar as medidas cabíveis. Vale ressaltar que ele pode vir acompanhado de Hiperatividade, Déficit de Atenção e outros transtornos.

Ainda, é importante lembrar que a causa é uma má formação neurológica. Isso significa dizer que ela não está relacionada à má escolarização, déficit auditivo ou visual, QI ou algo do gênero. 

Como identificar um aluno com discalculia

Para identificar um aluno com discalculia, é necessário observar as seguintes dificuldades:

  • Aprender sistemas cardinais e ordinais;
  • Associar números a símbolos visuais;
  • Contar;
  • Lembrar operações básicas;
  • Relacionar o valor de moedas;
  • Seguir sequências.

Além da dificuldade em calcular, outros problemas podem aparecer:

  • Dificuldades de orientação espacial, de saber olhar as horas, de memória de curto a longo prazo e armazenar informações;
  • Incapacidade de montar operações;
  • Lentidão fora dos padrões normais para realizar operações aritméticas;
  • Problemas com a coordenação perceptivo-tátil, fina e ampla.

Papel dos professores mediante a essa condição

O papel dos professores é conhecer os alunos e buscar identificar se há esse problema. Isso deve ser feito com certa urgência, pois quanto mais cedo, mais fácil será o processo de intervenção e aprendizagem.

Também é necessário avaliar não somente a parte cognitiva, mas também a dimensão afetivo-social. 

Dicas para lidar com aluno com discalculia através da neuropsicopedagogia

Uma das melhores dicas para lidar com essa condição é estimular o cognitivo dos alunos. Existe um jogo, chamado Lúdico, que é capaz de fazer a criança aprender sem pressão, com experiências novas e reflexões sobre seu pensamento. 

Assim, enquanto se divertem, os alunos podem redimensionar sua relação com a aprendizagem. É possível perceber os medos, angústias e anseios em relação às vivências escolares. O jogo também pode repercutir na autoestima e autoimagem, além de deixá-los mais conscientes de seu potencial e habilidades.

Ainda, o mais importante de tudo é acolher. O acolhimento é essencial pois, devido às suas dificuldades, o aluno se sente inferior e excluído. Com a atenção necessária, ele pode resgatar a autoestima, desenvolver as habilidades, superar barreiras e ser ainda mais feliz. 

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Referências:

FONSECA, V. Introdução às dificuldades de aprendizagem. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

SHALEV, R. Persitence of developmental dyscalculia: what counts? The Journal of Pediatrics, v. 133, n. 3, p. 358-362, 1998.

VIEIRA, E. Transtornos na aprendizagem da matemática: número e discalculia. Revista Ciências e Letras, n. 35, 2004.

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