sintomas do TOD

Olá, professores!

Dando continuidade à abordagem do Transtorno Opositivo Desafiador, agora vamos falar sobre os principais sintomas do TOD. Aliás, vocês já tiveram de lidar com algum aluno que convivesse com o TOD? Como era a rotina em sala de aula?

Provavelmente, todos que trabalham com educação têm a possibilidade de vivenciar essa experiência. Dessa forma, é importante conhecer os principais sintomas acerca dessa desordem.

Quais são os sintomas do TOD?

Primeiramente, pode-se falar que sintomas do TOD costumam apresentar um padrão constante de negativismo. Além disso, destaca-se também a desobediência, a tendência em desafiar toda e qualquer pessoa, sobretudo aquelas que exercem certa autoridade. No entanto, essas características pertencem a um contexto geral do quadro sintomático.

Assim sendo, quando esses sinais são pontuados pelos especialistas, a lista tende a ser um pouco maior. Com isso, para o diagnóstico do TOD o profissional tem de identificar cerca de quatro sintomas dentre estes:

– Não obedece a regras;

– Enfurece-se facilmente;

– Predisposto a discutir com adultos e outras pessoas que exercem autoridade;

– Age de forma a incomodar as pessoas;

– Tendência a se ofender com facilidade;

– Não tolera ser contrariado e age com fúria para expressar o sentimento;

– Costuma ser vingativo e guardar rancor por pequenas contrariedades;

– Atribui suas frustrações e erros a terceiros.

O que deve ser evidenciado?

De acordo com Grevet et al. (2007), é importante que esses sintomas se apresentem como um padrão persistente em várias situações. Ou seja, a criança e o adolescente com TOD pode manifestar esses sintomas em todos os locais frequentados por eles.

Com efeito, é importante que todos vocês consigam perceber esses sintomas além de uma desobediência. Afinal, o seu aluno pode viver com TOD sem receber o devido diagnóstico. Inclusive, quando a escola é informada acerca da situação real, o trabalho a ser desenvolvido pode ser eficaz e com resultados satisfatórios.  

Quais são as causas?

Segundo estudos, o TOD é ocasionado por alguns aspectos, a saber: fatores genéticos associados a desencadeadores ambientais e mães com transtorno depressivo (como algumas pesquisas sugerem). Alguns pesquisadores indicam que  conflitos familiares agravam a condição comportamental da criança que vive com TOD.

O TOD pode ser uma comorbidade?

Sim, crianças com TDAH têm grandes chances de serem diagnosticadas com TOD. Aliás, alguns estudos sugerem que essa incidência pode chegar a 60% dos casos (TDAH – TOD). Portanto, é possível que o processo diagnóstico de um dos transtornos evidencie tal coexistência.

Que tratamento é o ideal para o aluno?

A princípio, a psicoterapia é a intervenção inicial voltada para controlar os sintomas do TOD. Inclusive, Araújo e Araújo (2018) salientam que a importância dessa terapia está no fato de os especialistas também promoverem o aconselhamento e o treinamento dos pais da criança, principalmente em relação à forma de lidar com o pequeno.

Dessa forma, o contato entre a escola e a família tende a representar um passo fundamental na condução de estratégias e metodologias assertivas. Portanto, procurar os pais para estabelecer esta comunicação é imprescindível.

Além disso, ressalta-se como o diagnóstico e o tratamento precoces são necessários como forma de se evitar o agravamento dos sintomas. Em outras palavras, quando a criança não recebe os devidos cuidados, o transtorno pode evoluir, impactando drasticamente nas relações sociais futuras que farão parte da vida do pequeno. Por isso, as intervenções são fundamentais.

No caso de comorbidades, os pais da criança devem contar com o auxílio de outros profissionais. Nesse caso, a escola também deve ficar a par dos procedimentos a fim de que possa contribuir na busca por soluções pedagógicas e sociais da criança, sobretudo no contexto da sala de aula.

Referências

ARAÚJO, F.Z; ARAÚJO, M.P.M. A criança com transtorno opositivo desafiador: aprendizagem e desenvolvimento nas aulas de educação física. UFES, Vitória, 2018.

GREVET, E.H. Transtorno de oposição e desafio e transtorno de conduta: os desfechos do TDAH em adultos. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, Rio de Janeiro, 2007.

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