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Para quem trabalha na educação infantil, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um quadro já conhecido entre os alunos, principalmente com o aumento dos diagnósticos que as famílias vêm recebendo. Tudo isso motivado pelo acesso cada vez maior à informação correta e com embasamento científico.

Nesse sentido, muitos profissionais da área podem até ter presenciado ou conhecido uma criança com TDAH, mas alguns detalhes ainda podem passar despercebidos por essas pessoas. Afinal, existem prejuízos típicos do TDAH na infância que devem ser observados com bastante atenção. Assim, nada melhor que estar por dentro desses sintomas e como intervir de maneira correta.

O que você deve saber sobre o TDAH?

De acordo com o DSM V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – 5), o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade, manifestando impulsividade por pelo menos seis meses em um grau inconsistente com nível do desenvolvimento, com impacto negativo direto nas atividades sociais e acadêmicas/profissionais.

Além disso, o TDAH é um transtorno neurobiológico de origem genética, que é causado pela pouca produção dos neurotransmissores adrenalina e noradrenalina (que são responsáveis pela atenção, comportamento motor e a motivação). Há que se destacar as três características centrais no TDAH: desatenção, hiperatividade e impulsividade.

Quais são os tipos presenciados no TDAH?

Desatento: as pessoas do tipo desatento costumam apresentar pelo menos seis sintomas de desatenção, mas menos que seis sinais de hiperatividade-impulsividade.

Hiperativo-compulsivo: por outro lado, as crianças que estão incluídas nesse tipo apresentam menos de seis sintomas de hiperatividade-impulsividade e menos de seis características de desatenção.

– Tipo combinado: Já quem apresenta o tipo combinado costuma mostrar pelo menos seis sintomas dos tipos anteriores (desatento e hiperativo-compulsivo).

Quais são os prejuízos típicos do TDAH na infância?

Para quem ainda tem dúvidas sobre as consequências geradas pelo transtorno, os prejuízos típicos do TDAH são os seguintes, segundo SOARES (2022):

– Deficiências no controle das emoções;

– Falta destreza motora;

– Memorização;

– Variabilidade ou inconsistência temporal;

– Problemas de rendimento escolar;

– Problemas de Adaptação Social;

– Problemas emocionais;

– Autoestima e autoconceito.

Como diferenciar o déficit de atenção e a hiperatividade-impulsividade?

Outro fator que geralmente causa algum equívoco é como separar o que é o déficit de atenção e a hiperatividade-impulsividade. Nesse caso, SOARES (2022) explica de forma didática os pontos de cada uma delas. Veja a seguir:

Desatenção

Frequentemente falha em dar atenção a detalhes ou comete erros grosseiros

nas atividades escolares, deveres, etc.

– Corriqueiramente apresenta dificuldade em manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas;

– É comum parece não escutar quando lhe falam diretamente;

– Não consegue, com frequência, seguir completamente instruções nem terminar tarefas escolares, atividades domésticas ou deveres (não devido a atitudes negativistas ou falha na compreensão das instruções);

– Tem dificuldade em organizar tarefas e atividades;

– Frequentemente evita, não gosta, ou reluta em engajar-se em atividades que necessitem de um esforço mental contínuo (como deveres escolares ou trabalhos domésticos);

– Geralmente perde coisas necessárias para suas atividades ou trabalhos (brinquedos, deveres escolares, lápis, livros, ferramentas, apetrechos de uso pessoal);

– É facilmente distraído por estímulos externos;

– Com determinada frequência, o aluno se esquece de suas atividades.

Hiperatividade-impulsividade

– Movimenta ou torce mãos e pés com frequência;

– Frequentemente movimenta-se pela sala de aula ou outros locais;

– Corre e faz escaladas com frequência excessiva quando esse tipo de

atividade é inapropriado;

– Tem dificuldades de brincar tranquilamente;

– Frequentemente movimenta-se e age como se estivesse “ligada na tomada“;

– Costuma falar demais;

– Constantemente responde às perguntas de modo inapropriado, antes mesmo que elas sejam completadas;

– Frequentemente tem dificuldade de aguardar sua vez;

– Interrompe com frequência os outros ou se intromete em assuntos alheios sem a devida permissão.

Como os professores podem intervir no TDAH?

As intervenções devem ser realizadas de forma a colaborar com o desenvolvimento do pequeno. No caso do TDAH, os educadores precisam se atentar a alguns procedimentos que visam à busca por soluções para as dificuldades apresentadas no transtorno. Desse modo, a condução das aulas pode ser pautada da seguinte maneira:

– O Plano Educacional Individualizado (PEI) é um recurso para atender necessidades educacionais tanto para a criança quanto para o ato de lecionar do professor;

– A decisão das necessidades de adaptação ou adequação;

– Elaboração de um plano frente à avaliação do desenvolvimento, assim como das necessidades emergentes da criança;

– Definir os conteúdos programáticos e as adaptações conforme as necessidades da criança.

Qual o caminho para se aperfeiçoar no tema?

A melhor maneira de se inteirar sobre o TDAH é por meio de um estudo bem focado em evidências científicas. Além disso, por meio de um curso pensado estrategicamente para profissionais, a aquisição de conhecimento fica mais interessante.

Para isso, o curso de Pós-graduação em TDAH e Dislexia, do Grupo Rhema Educação, é uma especialização diferenciada. Os alunos têm muito a aproveitar por meio de aulas online e ao vivo, materiais atualizados e professores experientes.

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Referência

SOARES, Luiz Paulo Moura. TDAH e TEA: transtornos que podem estar juntos, mas são diferentes. Grupo Rhema Educação, 2022.

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