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O Transtorno do Espectro Autista (TEA) afeta cerca de 2 milhões de pessoas somente no Brasil, de acordo com estudo recente do Center of Disease Control and Prevention (CDC). No mundo, esse percentual fica entre 1% e 2% da população. No entanto, estudos já demonstraram que existem graus variados e que tanto as características mais leves quanto o comportamento-problema são percebidos no autismo.

Dessa forma, profissionais de diferentes áreas – inclusive da educação – devem estar preparados para os desafios de saber lidar com esses aspectos. Afinal, conhecer as abordagens corretas e propor meios para executar intervenções é uma excelente maneira de se trabalhar.

O que pode ser considerado um comportamento-problema no autismo?

Inicialmente, essas características são aquelas cuja criança não conseguiu expressar. Em outras palavras, o aspecto comportamental em questão pode estar relacionado a déficits em habilidades de interação social e comunicação, por exemplo.

Isso está diretamente ligado ao fato de o pequeno ter dificuldades para comunicar o que sente ou o que deseja em dado momento. Uma vez que ele não encontra formas de demonstrar os sentimentos, a solução é a manifestação desses comportamentos.

Quais são os mais comuns?

Mesmo que cada criança seja única, é bem possível elencar os principais comportamentos-problemas presentes no TEA. Veja a seguir:

– Ação inadequada em determinados ritos sociais (exemplo: falar alto, fazer perguntas ou até mesmo rir em um velório);

– Fazer grandes birras com frequência;

– Impulsos e agressividade;

– Recusa em realizar atividades do cotidiano;

– Ingestão de ingredientes que as colocam em risco de saúde.

Os comportamentos citados acima são apenas alguns daqueles que se costumam ver com relativa regularidade. Assim, há outros que não foram listados aqui, mas também fazem parte da rotina do pequeno e de sua família.

As comorbidades podem influenciar?

Sim, a existência de transtornos ou distúrbios relacionados também exercem impactos na maneira com a qual a criança vai se comportar. Obviamente, o diagnóstico de autismo tem uma grande influência nesse contexto.

No entanto, a incidência de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade) ou TOD (Transtorno Opositivo-Desafiador) é um exemplo nítido de que tais comportamentos se tornam mais acirrados, em função dessa combinação. Por isso, a comunicação entre a família, a escola e o terapeuta representa um passo indispensável para a proposição de intervenções adequadas.

Como agir na escola?

Antes de mais nada, os professores devem estar prontos para essas situações. Todos sabem que comandar uma sala de aula não é uma tarefa fácil. Quando se tem um aluno com TEA, esse trabalho exige muito mais.

Nesse sentido, é preciso adotar procedimentos baseados em intervenções cientificamente comprovadas para amenizar os comportamentos-problemas. Um detalhe importante é que a ocorrência desses aspectos comportamentais não afeta somente a vida social da criança, mas o seu desempenho pedagógico e cognitivo, também.

O que pode ser feito?

Desse modo, há abordagens que podem ser infalíveis na busca por uma maneira de contornar os impulsos presenciados. Confira abaixo:

– Uso da Análise do Comportamento Aplicada (ABA – Applied Behavior Analysis)

A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) pode ser definida como uma ciência cuja solução também está voltada para o controle ou a erradicação dos sintomas manifestados no autismo. Aliás, essa terapia auxilia bastante o dia a dia de alunos com TEA por meio de uma abordagem que valoriza aspectos comportamentais e desconsidera aquelas condutas que não são muito interessantes para os pequenos.

Assim sendo, a ABA representa uma importante opção para o tratamento do TEA. Dessa maneira, ela pode ser responsável por estimular as habilidades sociais por meio dos chamados reforçadores positivos.

Com esses procedimentos, os profissionais precisam analisar e identificar os comportamentos adequados. Em seguida, a criança é estimulada a realizar essas práticas constantemente até que ela aprenda e exerçam todas elas de forma espontânea.

– Ajuda profissional multidisciplinar

Além da ABA, outra forma de contribuir com o desenvolvimento das crianças – e diminuir o comportamento-problema do TEA – é contar com o auxílio de uma equipe variada de profissionais. A presença desses especialistas tende a promover um trabalho em conjunto muito interessante na busca por uma vida mais funcional.

Dessa forma, a contribuição de psicólogos, psicopedagogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e outros alcança resultados satisfatórios. O importante é estabelecer uma identificação precoce para que o diagnóstico também seja dado em tempo hábil.

Como conhecer as abordagens com profundidade?

A cada dia, aumenta mais o número de pessoas que se interessam pelo tema. O autismo tem se popularizado diante do acesso de famílias ao diagnóstico, além de uma maior conscientização. Portanto, preparar-se para lidar com essa situação é algo inevitável para quem lida com áreas relacionadas à saúde e à educação.

Para isso, o curso de Pós-graduação em TEA, do Grupo Rhema Educação, é uma especialização diferenciada. Os alunos têm muito a aproveitar por meio de aulas online e ao vivo, materiais atualizados e professores experientes.

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