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A pergunta que muitos pais e professores devem se fazer é como promover situações e cenários que estimulem o comportamento controlável no TEA (Transtorno do Espectro Autista). Nesse caso, a resposta pode não estar na ponta da língua de todos os educadores. Dessa forma, a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma excelente alternativa e vamos te mostrar o porquê.

Por que a ABA tem sido amplamente utilizada no TEA?

A princípio, o uso da ABA no contexto educacional reflete de forma direta no desenvolvimento comportamental dos alunos. Nesse sentido, é possível dizer que ela incentiva o estímulo de comportamentos funcionais, aumenta a interação social do pequeno nos vários espaços que ele frequenta etc.

Além disso, não só os educandos participam de todo esse processo, mas os pais também. Afinal, a família é um elemento fundamental nos resultados de um tratamento. Isso significa que os terapeutas oferecem assistência aos responsáveis pelas crianças, pois é interessante saber como lidar com as questões manifestadas no autismo dentro de casa.

Como os educadores podem proporcionar um ambiente adequado no TEA?

Antes de tudo, pensar em situações que ofereçam condições de bem-estar e aprendizado ao aluno com autismo é bastante possível. Dessa forma, algumas estratégias são bem-vindas e podem garantir o sucesso na condução das atividades em sala de aula.

– Uma sala com muitos estímulos visuais ou luzes artificiais pode atrapalhar a permanência da criança no local. Assim sendo, tente realocá-lo para um lugar onde a claridade natural da janela seja valorizada;

– Se o aluno demonstrar hipersensibilidade aos estímulos sonoros, você deve comunicar à escola para que a instituição tente minimizar esses sons. Com isso, é possível adequar os pés de mesas e cadeiras com materiais emborrachados, assim como levar o pequeno para um local mais calmo na hora do recreio;

– Ofereça alternativas digitais para que o educando não sofra com as dificuldades com a escrita. Afinal, os problemas de coordenação motora são frequentes no TEA. Portanto, quando existe a possibilidade de usar tablets e notebooks, o aluno pode se sair muito bem;

– Tente adaptar o hiperfoco do pequeno aos conteúdos que são ensinados; ou procure tornar essa predileção da criança em algo mais prático ao seu processo de aprendizagem.

Qual é o passo a passo da aplicação da ABA?

A ABA é dividida em quatro etapas que se interligam entre si. Dessa forma, é possível afirmar que elas são as seguintes, baseadas em Guirado & Guirado (2018):

– Avaliação comportamental

Análise do comportamento-alvo e suas variáveis. Nesta etapa, os fatores que englobam a vida da criança são todos levados em conta (aspectos biológicos, culturais, econômicos e sociais);

– Metas e objetivos

A segunda parte enfatiza o desenvolvimento de habilidades como a comunicação, a independência e o estímulo a um comportamento social mais aceitável. Vale ressaltar que aqui os terapeutas utilizam os famosos reforçadores que podem contribuir com a eliminação de aspectos comportamentais inadequados;

– Elaboração de programas de tratamentos

Momento ideal para que os profissionais definam os comportamentos que serão ensinados, assim como as condições em que eles vão ser estimulados. Importante ressaltar que os procedimentos devem estar claros e que o reforçamento seja tanto sistemático como eficaz. Além disso, registrar o nível de conhecimento da criança e analisar seu processo de aprendizagem;

– Intervenção

Por fim, a última etapa consiste em oferecer o tratamento mais adequado, dentro das especificidades da criança.

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O que devo saber sobre a ABA?

Curiosamente, é importante fixar algumas das principais informações dessa opção para crianças incluídas no autismo. Veja abaixo:

– A ABA não é um método, mas uma ciência que há muito tempo vem mostrando o seu poder de eficácia por meio de embasamento científico;

– Ela não foi criada necessariamente para ser utilizada em casos de TEA, mas em circunstâncias cuja abordagem psicológica bebe na fonte do behaviorismo para lidar com os casos dos pacientes;

– De qualquer forma, o fato de a ABA adotar um aspecto sistemático e intensivo, muitos profissionais têm aproveitado essa prerrogativa para ensinar habilidades e valorizar comportamentos positivos;

– A ABA também é usada em outros contextos, tais como em espaços empresariais, espaços clínicos, entre outros locais.

Que profissionais oferecem essa abordagem para o comportamento controlável?

Na verdade, o psicólogo que tem especialização em Terapia Comportamental ou Análise do Comportamento costuma ser o mais frequente. Entretanto, outros profissionais que se interessem por esse direcionamento também podem exercer a ABA, mas é preciso que haja o embasamento teórico e prático para oferecer as melhores condições aos pacientes.

Por isso, pessoas de diferentes áreas estão de olho nessa importante ciência para expandir o seu campo de atuação. Dessa maneira, a ABA felizmente pode se popularizar ainda mais, alcançando cada vez mais crianças, adolescentes e adultos com TEA.

Como se especializar?

A busca por conhecimento acerca dessa abordagem é um caminho de descobertas e muita aprendizagem. Os educadores são indispensáveis nessa trajetória e isso explica o motivo de muitos desses profissionais estarem cada vez mais presentes no processo de intervenção do autismo.

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Referência

GUIRADO, L. GUIRADO, M. A direção do olhar nos tratamentos do autismo. Appris, 2018.

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