Você já ouviu falar em ensino colaborativo? Ele é um modelo no qual um professor especializado e um professor comum, juntos, dividem responsabilidades de planejamento, instrução e avaliação do ensino dado a um grupo heterogêneo de estudantes.

Mas, e na educação inclusiva, como esse ensino funciona? Continue lendo o artigo para entender!

O ensino colaborativo

O ensino colaborativo surgiu como uma alternativa aos modelos de sala de recursos e classes ou escolas especiais, com a finalidade de responder às demandas das práticas de inclusão escolar de estudantes do público da educação especial.

Assim, neste tipo de ensino, o professor de classe comum e o professor de educação especial formam uma parceria de trabalho, facilitando o processo de inclusão.

Além disso, é importante destacar que o objetivo do ensino colaborativo não é centrar o trabalho apenas no aluno com deficiência, mas sim partir do pressuposto que ambos os professores devem trabalhar com todos os alunos em sala de aula.

Dessa forma, as atividades devem ser adequadas com a finalidade de que todos os alunos tenham acesso e possam participar da atividade planejada.

Qual o papel da escola no ensino colaborativo?

O ambiente escolar é composto de regras e espera que todos os alunos se adequem. Porém, quando isso não acontece, é comum colocar a culpa no próprio aluno ou justificar através de laudos.

No entanto, é preciso lembrar que os seres humanos são diferentes e possuem diversas necessidades, e que a compreensão das individualidades e a busca de caminhos que contribuam para o aprendizado deste aluno é a verdadeira solução para incluir alunos de educação especial na escola.

Assim, cabe à escola se adequar e acolher esta criança. E o ensino colaborativo é uma estratégia que proporciona isso, ajudando o ambiente escolar a se modificar para atender estes alunos, organizando-o conforme suas individualidades.

Quais são os tipos de prática de ensino colaborativas?

Nesta parceria de trabalho entre o professor comum e o professor de educação especial são possíveis três tipos de práticas de ensino colaborativo:

Um ensina, o outro observa

Um professor ensina o conteúdo e o outro observa os estudantes respondendo às informações e se envolvendo com o trabalho.

Um ensina, o outro auxilia

Um professor ensina o conteúdo e o outro circula pela sala proporcionando assistência a todos os estudantes.

Ensino em estações

Neste tipo de ensino, os professores dividem tanto os conteúdos como os alunos em grupo. Assim, cada um ensina um grupo o conteúdo e faz o mesmo para o outro grupo. Também é possível criar uma terceira estação, oferecendo uma oportunidade aos estudantes para trabalharem independentemente.

Como o ensino colaborativo pode favorecer a inclusão?

Conforme visto, o ensino colaborativo é uma estratégia capaz de facilitar a inclusão. Isso porque este tipo de ensino possibilita:

  • Harmonizar e fundir conhecimentos entre o professor comum e o professor da educação especial;
  • Beneficiar os alunos da educação especial;
  • Atender às individualidades deste aluno ao mesmo tempo que mantém o currículo adotado para todos os alunos.

Que tal aprender estratégias para trabalhar em contextos educacionais inclusivos? Conheça nossa Pós-Graduação em Educação Especial falando com um de nossos consultores

Referências:

CAPELLINI, V. L. M. F.; ZERBATO, A. P. O que é o ensino colaborativo. 1o ed. –São Paulo: Edicon, 2019.

MENDES, E. G. Estratégias inclusivas de escolarização: da teoria à sala de aula. Marília: ABPEE, 2020.

MENDES, E. G; VILARONGA, C. A. R; ZERBATO, A. P. Ensino colaborativo como apoio à inclusão escolar: unindo esforços entre educação comum e especial. São Carlos: UFSCar, 2014. p. 68- 88.

PERRENOUD, Philippe. A pedagogia na escola das diferenças: fragmentos de uma sociologia do fracasso. Porto Alegre: Artmed, 2001.

2 COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Digite seu nome