A jornada da criança na abordagem psicopedagógica e escolar é permeada de nuances que refletem diretamente na maneira que ela lida com as descobertas. Além disso, o processo de aprendizagem e os aspectos emocionais também são impactados no dia a dia que o aluno vivencia nesse espaço.
Nesse sentido, trabalhar as emoções na Educação Infantil, no contexto da arteterapia, tem se revelado uma forma interessante de potencializar essas competências. Inclusive, isso pode ajudar o pequeno a conquistar autonomia e a desenvolver a sua inteligência emocional.
O que é arteterapia?
Segundo Vieira (2017), a arteterapia é uma prática cujo objetivo é fazer com que a pessoa tenha conhecimento e entre em contato com seus conteúdos mais internalizados e, também, aqueles que se encontram em seu inconsciente. A pesquisadora ressalta que esse processo terapêutico é ideal para se trabalhar com o acompanhamento de “pacientes\alunos para a reabilitação de disfunções físicas e mentais” e que isso gera “efeitos positivos e surpreendentes” (VIEIRA, 2017).
É importante ressaltar que a utilização da arte como processo de intervenção terapêutica atua como uma estratégia para possibilitar tanto o diagnóstico como o tratamento. Nesse caso, a atuação artística proporcionada à criança gera respostas muito positivas por meio dos estímulos de determinados aspectos, tais como: emocional, cognitivo, sensorial e motor.
Com isso, a arteterapia é capaz de providenciar a reorganização interna do aluno como o resultado do estímulo da expressão artística, da criatividade e do desenvolvimento dos sentimentos. Um detalhe muito importante é como o uso da arte, na prática terapêutica, potencializa o autoconhecimento das crianças a partir do momento em que elas conseguem expressar suas necessidades e habilidades individuais.
Esse é o ponto que merece destaque, justamente porque os professores podem usar tal abordagem e utilizá-la como estratégia de facilitação na busca pela expressão artística e manifestação da emoções na Educação Infantil. Portanto, conhecer que atividades contribuem com tudo isso é um ponto importante.
Quais são as atividades utilizadas pela arteterapia no trabalho com as emoções na Educação Infantil?
Pensar em tarefas que ajudem a estimular o desenvolvimento das emoções na Educação Infantil das crianças exige atenção, principalmente com o perfil dos alunos que participarão desse processo. Como exemplo, podemos ressaltar a importância de saber se dentro da turma há casos de diagnósticos de transtornos, distúrbios e\ou deficiências.
Em outras palavras, todos podem e devem participar, mas os educadores devem estar atentos às potencialidades que cada um manifesta. Afinal, por meio desse olhar mais aguçado é que os pequenos podem ser motivados a se expressar.
Veja quais são as atividades:
– Criação de retratos e autorretratos: responsável pelo estímulo do autoconhecimento, da autoestima e do conhecimento maior do real;
– Potencialização da expressão oral, plástica, corporal: reflete na fundamental importância no desenvolvimento global do aluno;
– Atividades que utilizem recorte e colagem: elas contribuem para o amadurecimento cognitivo, além de trabalhar outros aspectos tão importantes quanto a motricidade fina e a imaginação;
– Dobraduras: essas famosas tarefas são ideais para que os pequenos desenvolvam a criatividade, a atenção e a coordenação motora;
– Argila ou massinha de modelar: quando os alunos manipulam esse material, eles também trabalham a coordenação motora fina, além da relação que eles estabelecem com o espaço em que estão;
– Pintura a dedo: essas atividades artísticas favorecem o desenvolvimento afetivo, principalmente por facilitarem a liberdade de expressão ao criar algo; inclusive, são excelentes para assegurarem o equilíbrio emocional;
– Dança e Teatro: tais tarefas significam uma excelente oportunidade para que os alunos tenham a chance de agirem com a representação e com o poder de canalizar suas emoções na Educação Infantil.
– Além das atividades mencionadas acima, outras tarefas também podem ser incorporadas ao roteiro, como aquelas que lidam com música, por exemplo.
(Trecho retirado do artigo Atividades de arteterapia para educação infantil, Grupo Rhema Educação, dez. 2020)
Como se desenvolve emoções na Educação Infantil no ambiente pedagógico?
De acordo com Félix (2018), os sentimentos elaborados pelas crianças, sobretudo no contexto escolar, são estabelecidos por meio do “desenvolvimento intelectual, dado através do processo de ensino, com a esfera afetiva da vida do estudante” (FÉLIX, 2018). Nesse panorama, é importante ressaltar como a arteterapia pode impactar positivamente a aquisição de habilidades e o amadurecimento de competências indispensáveis para a evolução das crianças na Educação Infantil.
Assim, Félix (2018) ressalta que “a arte também pode ser considerada um meio fundamental para o desenvolvimento das emoções na Educação Infantil e sentimentos”, porque os objetos (artísticos-culturais) trabalhados são responsáveis por integrarem tanto a forma como conteúdo, o que possibilita “vivências estéticas significativas” na elaboração do aspecto emocional.
Por que aprender mais?
A importância em aprofundar o conhecimento se justifica pelo aumento da demanda educacional dos alunos, principalmente com outras formas de manifestar suas habilidades. Nesse caso, a arteterapia se mostra como uma excelente abordagem.
Para isso, o curso de Pós-graduação em Arteterapia, Musicalização e Contação de Histórias no Ambiente Escolar, do Grupo Rhema Educação, é uma especialização diferenciada. Os alunos têm muito a aproveitar por meio de aulas online e ao vivo, materiais atualizados e professores experientes.
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Referências
ATIVIDADES de arteterapia para Educação Infantil. Grupo Rhema Educação, dez. 2020. Disponível em: https://blog.rhemaeducacao.com.br/arteterapia-na-educacao/. Acesso em: 25 out. 2022.
FÉLIX, Tatiana da Silva Pires. O desenvolvimento das emoções e sentimentos da criança na construção de sua personalidade: as atividades artísticas como mediadoras desse processo na escola. 2018. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho”, Presidente Prudente, 2018.
VIEIRA, Camila de Carvalho. Contribuições da arte e do professor arteterapeuta para a educação inclusiva. Revista Educação, Artes e Inclusão, UFSC, v. 13, n. 2, 2017.
