arteterapia-na-educação

Olá, professores!

Primeiramente, é preciso conceber a educação como um conjunto de processos que resultam no desenvolvimento das crianças frente aos seus desafios individuais. No entanto, as técnicas e as abordagens não podem ser usadas de maneira deliberada e indiscriminada para todos os alunos, uma vez que podem existir particularidades entre eles.

Assim sendo, o universo pedagógico conta com metodologias que tendem a favorecer a experiência dos pequenos diante das possíveis dificuldades impostas pelas novidades das descobertas. Com isso, destacam-se aqui as atividades embasadas na arteterapia: uma importante prática cujos benefícios são amplamente notados em crianças que estão na idade escolar, sobretudo aquelas convivendo com algum transtorno, por exemplo.

O que é arteterapia?

Resumidamente, pode-se dizer que a arteterapia é uma técnica voltada para os recursos artísticos como forma de promover o desenvolvimento da comunicação; assim como a valorização da subjetividade, inteligência emocional; capacidade de readequação e readaptação a crianças hospitalizadas; promoção do autoconhecimento, entre outras ações.

Além de utilizada como estratégia terapêutica em hospitais, a arteterapia também é uma oportunidade incrível na escola, principalmente para potencializar alunos cujas condições exigem um acompanhamento psicopedagógico mais dinâmico. Portanto, as atividades oferecem chances consideráveis de proporcionar às crianças uma experiência que seja proveitosa a elas. Inclusive, vale ressaltar que a arteterapia é uma área que se converge às artes plásticas e à psiquiatria, tamanha a sua abordagem.

Que atividades de arteterapia são ideais para o desenvolvimento das crianças?

Felizmente, há uma série de tarefas e brincadeiras que têm grande potencial para desenvolver nas crianças habilidades importantes para sua autonomia. Vejam a seguir quais são elas, de acordo com Vieira (2017):

– Criação de retratos e autorretratos: responsável pelo estímulo do autoconhecimento, da autoestima e do conhecimento maior do real;

– Potencialização da expressão oral, plástica, corporal: reflete na fundamental importância no desenvolvimento global do aluno;

– Atividades que utilizem recorte e colagem: elas contribuem para o amadurecimento cognitivo, além de trabalhar outros aspectos tão importantes quanto a motricidade fina e a imaginação;

– Dobraduras: essas famosas tarefas são ideais para que os pequenos desenvolvam a criatividade, a atenção e a coordenação motora;

– Argila ou massinha de modelar: quando os alunos manipulam esse material, eles também trabalham a coordenação motora fina, além da relação que eles estabelecem com o espaço em que estão;

– Pintura a dedo: essas atividades artísticas favorecem o desenvolvimento afetivo, principalmente por facilitarem a liberdade de expressão ao criar algo; inclusive, são excelentes para assegurarem o equilíbrio emocional;

– Dança e Teatro: tais tarefas significam uma excelente oportunidade para que os alunos tenham a chance de agirem com a representação e com o poder de canalizar suas emoções.

– Além das atividades mencionadas acima, outras tarefas também podem ser incorporadas ao roteiro, como aquelas que lidam com música, por exemplo.

Todo professor pode exercer a arteterapia?

A princípio, o educador que baseia suas atividades na arteterapia pode desenvolver tarefas que se encaixem nesse grupo de atividades. No entanto, a questão da capacitação de professores sempre gera certa polêmica, pois há uma demanda considerável de profissionais que conheçam abordagens alternativas para serem exercidas com as crianças em sala de aula.

Por outro lado, há especialistas da área da psicologia e de artes plásticas que também estão aptos para desempenharem essa prática. Aliás, há até uma terminologia para indicar os profissionais que trabalham a arteterapia: são os arteterapeutas.

A arteterapia é indicada para a psicomotricidade?

Sim, pois a técnica é responsável por trabalhar a coordenação motora global e fina de maneira ampla. Dessa forma, a criança é constantemente auxiliada por meio de atividades excelentes para o seu desenvolvimento psicomotor.                                                                                                                    

Referência

VIEIRA, Camila de Carvalho. Contribuições da arte e do professor arteterapeuta para a educação inclusiva. Revista Educação, Artes e Inclusão, UFSC, v. 13, n. 2, 2017.

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