Sendo um comportamento motor característico em indivíduos com TEA, o flapping é um termo que deriva do inglês, e representa um movimento repetitivo e rítmico das mãos, que se assemelha ao bater asas.

No contexto do autismo, este movimento também pode ser conhecido como “movimentos estereotipados” ou “estereotipias motoras”.

Quer entender mais sobre este assunto, educador? Então continue a leitura deste artigo!

O que são as estereotipias motoras?

Uma imagem muito comum e associada ao autismo é um indivíduo se balançando para a frente e para trás, ao que parece, sem nenhum motivo aparente.

Mas o que pode parecer sem sentido para pessoas que não possuem transtornos mentais (as pessoas neurotípicas), é na verdade um comportamento que faz parte da vida de indivíduos com TEA, chamado “estereotipia”.

A estereotipia é um termo médico utilizado para se referir a ações ritualísticas e repetitivas advindas da postura, movimentos ou fala. 

Essas estereotipias costumam ocorrer em situações em que a criança com TEA se sente bombardeada com estímulos

Assim, ela utiliza estas ações repetitivas para se reorganizar internamente, ao mesmo tempo em que processa tudo o que está sentido.

Ainda, é importante ressaltar que estes movimentos estereotipados não são característicos apenas de pessoas com TEA, podendo se manifestar em indivíduos com distúrbios como TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) e Síndrome de Tourette.

Além do próprio flapping, em relação ao Espectro Autista, os movimentos repetitivos comuns mais observados são:

  • Balançar o corpo para frente e para trás;
  • Realizar sons repetitivos ou repetir sílabas sem parar;
  • Bater os pés em algum objeto próximo ou no chão;
  • Correr, indo e vindo, sem um destino definido;
  • Movimentar os dedos na frente dos olhos;
  • Cruzar e descruzar as pernas repetidas vezes, dentre outros.

Entendendo mais sobre o flapping

Por ser um mecanismo de autorregulação, o flapping é utilizado por indivíduos com TEA para lidar com emoções, estímulos sensoriais e ansiedade.

Assim, com este movimento, a pessoa consegue se acalmar, expressar suas emoções ou se concentrar, além de poder funcionar como uma fonte de prazer sensorial para algumas pessoas.

É importante lembrar que este comportamento não é prejudicial e, portanto, não deve ser desencorajado ou suprimido, a menos que ele represente um perigo para a segurança do indivíduo ou de outras pessoas em seu convívio.

Isso porque tentar impedir o movimento só causará desconforto e frustração para a pessoa com autismo.

Logo, caso esteja conversando com outras pessoas sobre o flapping, explique que este é um comportamento comum e que não há necessidade de tentar mudá-lo ou se preocupar.

Também enfatize a importância de respeitar a diversidade e a individualidade de cada pessoa com TEA, inclusive em relação a seus movimentos motores.

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