Há muito tempo, acreditava-se que crianças não-verbais, após os quatro anos de idade, nunca desenvolveriam a fala.

No entanto, um estudo revelador da Academia Americana de Pediatria em 2013 trouxe esperança ao analisar 500 crianças, concluindo que há potencial para o desenvolvimento da linguagem mesmo mais tarde na infância e adolescência.

Se você é um profissional que se interessa em romper barreiras e criar pontes para o entendimento, certamente iremos avançar juntos nesta emocionante jornada educacional que você confere no artigo de hoje aqui no blog. Continue a leitura e descubra como trabalhar com a criança não-verbal em sala de aula.

Entendendo a Comunicação Não-Verbal

Comunicações não-verbais, como gestos e contato visual, são fundamentais para o desenvolvimento da linguagem. Incentivar esses aspectos desde cedo é crucial para crianças não-verbais, especialmente aquelas no espectro autista, onde a linguagem pode se manifestar de maneira singular.

O Desafio do Autismo Não-Verbal

O autismo não-verbal apresenta desafios tanto para a criança quanto para os educadores e familiares. A necessidade de desenvolver formas alternativas de comunicação é essencial para compreender sentimentos, pensamentos e vontades. Lembrando sempre que “não-verbal” não significa ser incapaz de se comunicar, mas sim a dificuldade em fazê-lo verbalmente.

Como Agir com Crianças no Espectro Autista Não-Verbal

Estimular a interação é crucial. Brincadeiras e atividades lúdicas, utilizando gestos, apoio visual e contato visual, são ferramentas poderosas no desenvolvimento da linguagem. É fundamental permitir que a criança se expresse no seu próprio tempo, sem pressões desnecessárias.

Algumas dicas importantes, conforme visto em artigo anterior sobre o tema publicado aqui mesmo em nosso blog: 

  • Intervenção Multidisciplinar: Trabalhar com alunos com autismo não-verbal requer uma abordagem multidisciplinar. Os professores devem colaborar com fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e outros profissionais especializados em autismo para desenvolver estratégias individualizadas e apoiar as necessidades do aluno em diferentes áreas, como linguagem, habilidades motoras e comportamento.
  • Sinalização Visual: Utilizar sinalização visual pode ajudar os alunos a entenderem a rotina diária, as instruções e as expectativas em sala de aula. Os professores podem criar calendários visuais, horários de atividades e listas de tarefas usando imagens ou símbolos para auxiliar na compreensão. Essas representações visuais ajudam a reduzir a ansiedade e fornecem uma estrutura clara para o aluno.
  • Comunicação Alternativa e Aumentativa: É fundamental fornecer aos alunos com autismo não-verbal formas alternativas de comunicação. Isso pode incluir o uso de sistemas de comunicação aumentativa e alternativa, como imagens, símbolos ou pranchas de comunicação. Os professores podem criar um ambiente que incentive e apoie o uso desses recursos, disponibilizando materiais visuais, como cartazes ou quadros de comunicação, e incentivando a interação usando essas ferramentas.

Fonte: https://blog.rhemaeducacao.com.br/como-trabalhar-o-aluno-com-autismo-nao-verbal-em-sala-de-aula/

Estratégias de Comunicação Eficientes e a Importância dos Jogos de Imitação

Ao trabalhar com este aluno na sala de aula, comunique-se através de gestos, expressões e imagens. Estimule o desenvolvimento da expressão corporal e facial, criando alternativas para facilitar a comunicação. Ao interagir, use sentenças curtas e simples, promovendo um ambiente acolhedor.

Considerando ainda que a imitação é uma forma de comunicar a compreensão mútua, lembre-se de que os jogos de imitação são simples e eficazes, promovendo a interação e a compreensão. 

Entendemos a importância de compreender e intervir no Transtorno do Espectro Autista. Se você é um educador em busca de ferramentas eficazes, não perca a oportunidade de fazer a diferença na vida dessas crianças. Conheça mais sobre a Pós-Graduação em TEA aqui. Desenvolva-se como profissional e ajude esses alunos a atingirem todo o seu potencial. Junte-se a nós nessa jornada transformadora!

Referências Bibliográficas:

• AMATO, Cibelle Albuquerque de la Higuera; FERNANDES, Fernanda Dreux Miranda. O uso interativo da comunicação em crianças autistas

verbais e não verbais. Pró-Fono Revista de Atualização Científica, v.

22, n. 4, p. 373-378, 2010.

• Autismo não verbal: como incentivar a comunicação? Lisiane Duarte. Texto por: Netuno – redatora da Equipe Psicotér. Publicado em

11/03/2021.

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