consciência fonológica

Olá, professores!

A sala de aula é um local de bastante importância para impulsionar o desenvolvimento da criança. A princípio, as tarefas realizadas têm um papel fundamental para o desempenho posterior do aluno na leitura e na escrita. Isso se deve às atividades de consciência fonológica, cuja frequência dos treinamentos reflete consideravelmente na vida dos pequenos.

Que atividades podem ser utilizadas no processo de alfabetização?

Primeiramente, é preciso ressaltar que a lista de tarefas é extensa, mas é possível adiantar que parlendas (cantigas), jogos de adivinhação, leitura de poemas, leitura de histórias, trava línguas e rimas são excelentes oportunidades para que as crianças exerçam a consciência fonológica. Assim sendo, todas elas podem proporcionar aos alunos a percepção dos sons responsáveis por delimitar a fala, as palavras que tenham a mesma sonoridade, entre outros aspectos importantes para a aquisição de tais habilidades.

Além disso, a prática dessas atividades contribui para o desempenho das chamadas sub-habilidades da consciência fonológica (consciência de palavras, consciência silábica, rimas e aliterações; e, por fim, consciência fonêmica). O desempenho na alfabetização depende desses elementos.

Qual a importância das atividades de consciência fonológica para a escrita?

Inicialmente, a prática dessas tarefas representa um importante passo para que a criança se torne alfabetizada. Com efeito, atividades que utilizam recursos metalinguísticos são ideais aos alunos, principalmente porque os pequenos começam a perceber com mais facilidade o sistema alfabético, além de serem conduzidos ao desenvolvimento ortográfico.  

Quando a consciência fonológica de um aluno passa por alguma dificuldade, é inegável que a aquisição de leitura e escrita também demore mais tempo para ser adquirida. Portanto, a proposição de atividades que estimulem essa capacidade é uma excelente oportunidade.

Qual a influência da consciência fonológica?

Pesquisas comprovam que essa prática, quando estimulada ainda na pré-alfabetização, é responsável por auxiliar o progresso de determinadas habilidades. Inclusive, os pré-escolares conseguem demonstrar de forma natural algumas dessas aptidões, mesmo que incipientes, mas é possível que eles tenham a percepção de rimas, aliteração e até façam a segmentação de palavras em sílabas. (PESTUN et al., 2010).

Entretanto, existe a necessidade de as crianças serem conduzidas de maneira que elas consigam perceber a existência dos fonemas, pois eles são considerados como as menores unidades sonoras; e não se apresentam de forma segmentada na linguagem oral. Com isso, os pequenos precisam de experiências que sejam mais sólidas e ofereçam o embasamento para o desenvolvimento dessas habilidades no processo que antecede a alfabetização.

Quais são os níveis de desenvolvimento da consciência fonológica?

A prática da consciência fonológica também promove algumas capacidades, que são responsáveis por aprimorar o desempenho do pequeno no processo de alfabetização. Vejam quais são elas, de acordo com Petsun et al. (2010):

– Sensibilidade em relação à rima e à aliteração: aqui, a criança tem a percepção de que algumas palavras podem apresentar o mesmo conjunto de sons, seja no início ou no fim (rima e aliteração, respectivamente). Além disso, os alunos conseguem detectar estruturas sonoras que sejam semelhantes em diferentes vocábulos. De acordo com estudos, essa etapa auxilia bastante a aprendizagem da escrita.

– Conhecimento silábico: essa capacidade trabalha com a segmentação e a operação das estruturas silábicas das palavras. Com efeito, ocorre um processo de divisão da palavra “em seus constituintes silábicos”.

– Conhecimento intrassilábico: o aluno passa a compreender que as sílabas podem ser subdivididas em grupos menores do que elas mesmas e maiores que um fonema.

– Conhecimento segmental: a criança percebe a existência dos fonemas (conjunto de segmentos sequenciados).

Por fim, a consciência fonológica desenvolvida está intimamente relacionada ao progresso na leitura e escrita dos pequenos. Isso significa que o período antecedente à alfabetização é determinante, assim como o momento em que as crianças estão de fato aprendendo.

Fonte:

PETSUN, Magda Solange Vanzo et al. Estimulação da consciência fonológica na educação infantil: prevenção de dificuldades na escrita. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, São Paulo, v. 14, n. 1, jan./jun. 2010.

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