aluno com autismo

Em primeiro lugar, algo precisa ficar definido: o aluno com autismo aprende. A partir disso, é possível criar uma série de estratégias que podem possibilitar a experiência da criança ou jovem. Para tanto, conhecer as características mais comuns no Transtorno do Espectro Autista (TEA) é fundamental, principalmente pelo fato de cada pessoa ser única e, como consequência, manifestar algumas particularidades; mas que não impedem o percurso pedagógico. 

No entanto, alguns aspectos podem ser notados em boa parte desses alunos, uma vez que em meio às peculiaridades, existem também determinados pontos que se assemelham. Com isso, o enfoque deste artigo serão as características observadas nesse público e como trabalhar com elas. 

Quais são as características mais comuns?

Primeiramente, é importante saber que o TEA apresenta espectros diferentes de autismo. Em outras palavras, isso mostra o quanto uma análise aprofundada se faz necessária. Sobretudo, na identificação do tipo diagnosticado na criança. 

Contudo, podemos elencar as características que costumam aparecer nos alunos com autismo frequentemente. São elas:

– Dificuldades na comunicação;

– Dificuldades para interagir socialmente;

– Manifestação de comportamentos repetitivos;

– Falhas na comunicação visual;

– Comorbidades (distúrbios, transtornos e outras condições associadas);

– Fixação em determinado objeto ou assunto.

Como é o aluno com autismo em sala de aula? 

Antes de tudo, conhecer a situação da criança ou jovem é determinante. Com efeito, podemos exemplificar como é o comportamento desses alunos no contexto pedagógico. 

– Dentro de sala de aula, o pequeno pode encontrar dificuldades para realizar atividades em grupo, em função das barreiras para a interação com os colegas;

– Além disso, a criança pode ter dificuldades para entender determinados sinais sociais, como gestos e expressões faciais de seu interlocutor;

– O aluno mostra dificuldade para iniciar ou se manter em uma conversa;

– A criança pode demonstrar irritação diante de algum estímulo sensorial (hipersensibilidade ou hipossensibilidade);

– O pequeno pode ter dificuldades psicomotoras;

– Outros.

Como o professor pode propor intervenções pedagógicas?

Diante dos desafios, os educadores podem realizar determinadas estratégias que visam ao aproveitamento do aluno com autismo no contexto da sala de aula. Assim, vejam algumas dicas que podem ser valiosas.

– Proponha uma adequação ao uso de ferramentas por parte do aluno. Ou seja, uma vez que ele pode conviver com alguma dificuldade psicomotora, a escrita para ele tende a ser bastante difícil. Se for esse o caso, a utilização de um tablet facilita a interação com a escrita de conteúdo (a propósito, as crianças e os adolescentes com TEA gostam muito de equipamentos eletrônicos);

– Ao explicar um conteúdo, seja mais objetivo e utilize exemplos que possam facilitar o entendimento do aluno com autismo. Isso se deve ao fato da criança ter dificuldade para memorizar sequências muito longas, por isso é importante estabelecer uma forma de criar mecanismos de fixar essas informações;

– Tente criar um ambiente em que ocorra menos ruídos externos, uma vez que esses estímulos tendem a atrapalhar a concentração da criança. Além disso, observe como os alunos lidam com os barulhos característicos da escola (crianças conversando, sinal de intervalo ou recreio, etc.).

– A redução dos estímulos visuais pode contribuir para uma experiência proveitosa. Isso se refere, principalmente, ao excesso de cores em cartazes, desenhos afixados em murais, etc.;

– Proposição de um trabalho interdisciplinar com os comportamentos repetitivos e as ecolalias. Nesse caso, reparem que somente a atuação dos professores pode não ser o suficiente. Com isso, é interessante desenvolver uma ação conjunta com psicopedagogos e fonoaudiólogos;

– Utilize o assunto que a criança gosta e tente adequar ao conteúdo explorado em sala de aula. Dessa forma, o pequeno pode se familiarizar com a matéria de maneira mais direta;

Quais são as comorbidades mais comuns em alunos com autismo?

Dentre as comorbidades presenciadas com mais frequência, podemos listar o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), a Síndrome de Asperger, o Transtorno de Ansiedade (TA), o Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) e Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC). Há que se ressaltar que cada uma dessas comorbidades requer uma intervenção distinta.

Portanto, é imprescindível que a criança seja acompanhada por profissionais que possam favorecer a experiência do aluno com autismo no contexto escolar. Com isso, criar essa conexão interdisciplinar pode ser um caminho muito bom na busca pelo desenvolvimento da criança. Assim, vale muito a pena estabelecer esse vínculo. 

Como a especialização pode contribuir?

Após as explicações acima, podemos afirmar que tudo isso é apenas uma ponta do que os profissionais verão durante a especialização. As aulas do curso de Pós-Graduação em TEA, do Grupo Rhema Educação, são repletas de informações com total embasamento científico. 

Isso significa que os conteúdos explorados são ricamente expostos por professores capacitados e que dominam a área de atuação. Além disso, os materiais são atualizados e as aulas são totalmente dinâmicas – online e ao vivo.  Por fim, especializar-se é uma forma de se diferenciar em um mercado cada vez mais competitivo e voltado para a abordagem do autismo. 

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