anamnese

O processo de aprendizagem, apesar de ser um desafio, é algo mágico, que dá brilho à vida. Por isso, é muito frustrante quando educadores presenciam uma criança com dificuldade em aprender. Mas, você sabia que é possível utilizar a anamnese para entender porque isso pode estar acontecendo?

Neste artigo, te contaremos o que é a anamnese, sua importância e como você pode aplicá-la com os pais de uma criança com dificuldade de aprendizado. Continue lendo!

O que é a anamnese?

De acordo com Simaia Sampaio (2016), a anamnese pode ser definida como uma entrevista, realizada com os pais ou responsáveis, que objetiva conhecer a história de vida de uma criança.

Assim, colhe-se dados importantes que podem ajudar na compreensão dos fatos observados durante o diagnóstico de dificuldade de aprendizagem, bem como conhecer quais foram as vivências deste sujeito em relação a estímulos de aprendizagem.

Além disso, as duas principais técnicas para conduzir uma anamnese são:

  • Técnica do Interrogatório Cruzado, que consiste em perguntas direcionadas;
  • Técnica de Escuta, na qual o examinador cria um espaço seguro para que os pais da criança possam compartilhar, com as próprias palavras, como se deram as etapas da vida da criança e como ocorreu o desenvolvimento dela.

Apesar de um pouco diferentes, estas técnicas podem ser complementares, permitindo chegar a um diagnóstico mais completo.

Como conduzir uma anamnese?

A anamnese é considerada um processo importantíssimo, afinal, permite que as peças do quebra-cabeça do diagnóstico se encaixem, pois revelam informações tanto do passado quanto do presente daquela criança.

De fato, diversos profissionais podem conduzir uma anamnese, sendo eles um psicopedagogo, neuropsicopedagogo ou pedagogo. Além disso, é importante que a conversa não seja feita em um formato rígido e com perguntas, a fim de deixar os pais o mais confortável possível para falarem.

Contudo, tenha um roteiro. Esta parte é importante para que nenhuma etapa da vida do sujeito não seja esquecida.

Por onde começar?

A anamnese pode ser iniciada pelo básico, perguntando informações que visem a identificação, como:

  • Nome da criança;
  • Endereço;
  • Idade;
  • Estado civil e profissão dos pais;
  • Como é o local onde a família vive, etc.

Após esta etapa, siga para os seguintes tópicos:

  • Como foi o processo de concepção, gravidez, pré-natal, perinatal e neonatal da criança?
  • Como foram as primeiras aprendizagens informais da criança (na família, no bairro ou com amigos)?
  • Como foi o desenvolvimento geral da criança? Converse sobre aspectos físicos, sociais, emocionais e intelectuais;
  • A criança possui algum histórico clínico? Se sim, pergunte sobre como surgiram os sintomas e como a criança se sentiu;
  • Por fim, converse sobre o histórico escolar e como aconteceu o processo de inserção da criança neste ambiente.

Além disso, outros pontos que não podem ser esquecidos são os hábitos da criança (se ela prefere brincar sozinha ou em grupos, se estranha mudanças de ambiente ou se adapta facilmente ou se aceita bem as ordens) e o relacionamento dela com os próprios pais, irmãos ou outras crianças.

É importante que todas estas respostas sejam anotadas e registradas, pois serão importantes para definirem qualquer diagnóstico.

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