Inicialmente, algo que precisa ser evidenciado é o fato de a educação ser uma das áreas mais dinâmicas no mundo. Ou seja, a quantidade de linhas que abordam o processo de ensino e aprendizagem é enorme. Em outras palavras, as contribuições que tudo isso traz para a vida de uma pessoa permite que o aspecto educacional fique cada vez mais consolidado.

Dessa forma, a educação tem um repertório bastante amplo e que contribui para outras maneiras de lidar com seus desafios e objetos de estudo. Nesse caso, a maneira pela qual o aluno aprende é trazida para os fundamentos que avaliam o seu desenvolvimento cerebral e os resultados cognitivos que se originam de todo esse processo.

Com isso, a neuropedagogia desempenha um papel de extrema importância nessa abordagem, uma vez que ocorre a investigação de como a aprendizagem de um indivíduo pode ser aperfeiçoada em todas as suas nuances. Inclusive, a neuropedagogia estabelece uma relação entre o aspecto cognitivo e o desenvolvimento humano que se conquista.

No entanto, muitas pessoas da educação ainda não conhecem a neuropedagogia com profundidade. Além disso, por ser um novo campo em relação a outros, há profissionais experientes em ensino e aprendizagem que também não foram apresentados a essa nova linha de pesquisa. Consequentemente, eles não imaginam como a neuropedagogia pode contribuir em tudo isso. Assim, apresentar os principais conceitos envolvidos é fundamental.

O que é a neuropedagogia?

De acordo com Lima (2016), a neuropedagogia pode ser reconhecida com várias nomenclaturas. Portanto, é muito comum que essa que esse campo do conhecimento seja apresentado também como neuroaprendizagem, neuroeducação, pedagogia neurocientífica e outras denominações que tratam de relacionar a pedagogia com a neurociência.

Ainda assim, é possível ressaltar que a neuropedagogia tem o objetivo de se aprofundar em pesquisas cujas conexões neurais são evidenciadas. De qualquer forma, o diferencial desses estudos está no fato de a neuropedagogia trazer para o seu ambiente os conceitos relacionados à educação. Assim sendo, ela aborda as associações dos estudos do cérebro com o contexto do ensino e aprendizagem; além das metodologias utilizadas.

Para reforçar mais o papel da neuropedagogia ligada ao processo educacional, podemos salientar que outros estudos já mostraram como ela traz contribuições para o campo da educação. Assim sendo, pesquisas salientam que a neuropedagogia abrange o funcionamento do cérebro humano na aprendizagem e “as formas de entendimento dessa aprendizagem armazenada” e a ligação estabelecida com a metodologia escolar para o desenvolvimento da cognição.

Quais as contribuições da neuropedagogia no ensino e aprendizagem?

Dessa maneira, a neuropedagogia tem um papel muito importante nesse processo envolvendo a escola, o aluno, a metodologia, a forma com a qual ele aprende, a absorção dos conteúdos e como o cérebro reage. Com isso, essa abordagem científica pode ser uma grande aliada da educação no sentido de contribuir no processo de desempenho do aluno frente aos desafios que surgem em seu percurso pedagógico.

Em outras palavras, a neuropedagogia exerce parâmetros extremamente importantes na elaboração de fundamentos envolvendo o desenvolvimento cerebral. Além disso, ela associa tudo isso a habilidades que estão relacionadas ao processo de ensino e aprendizagem, a saber: aspectos cognitivos, psicológicos, emocionais e sensoriais.

Aliás, a neuropedagogia abrange todos os alunos que estão em processo de aprendizagem; e que não sejam necessariamente crianças. Isso significa que esse campo do conhecimento lida com o desenvolvimento cognitivo da pessoa em toda a sua vida. Portanto, a educação voltada para o ensino de jovens, adultos e idosos também recebe a contribuição da neuropedagogia.

Inclusive, essa abordagem também estuda a relação do aprendizado e da formação do aspecto cognitivo em alunos diagnosticados com alguma deficiência ou transtorno. Com isso, o tempo que cada criança leva para aprender é considerado e analisado como um ponto importante a ser evidenciado.

Outra contribuição que a neuropedagogia traz para o processo de ensino e aprendizagem é a observação a questões que envolvem o caráter social e afetivo do aluno frente ao desempenho da habilidade cognitiva e da aquisição de conhecimento. Dessa forma, este campo do conhecimento se apresenta como uma vertente essencial para as demandas atuais, tendo em vista os cenários que se apresentam e a necessidade de se compreender ainda mais a cognição da criança no contexto educacional.

Por que a aprendizagem deve estar sempre em evidência?

Existem inúmeras pesquisas que mostram como a aprendizagem é um processo dinâmico. Por isso, é possível salientar que o aprendizado sempre será objeto de estudo em abordagens científicas. Com isso, a neuroaprendizagem surge como uma das várias linhas que pretendem investigar toda essa complexa relação entre pessoa, cérebro, metodologias, contextos e escola.

Para finalizar, é importante relembrar uma definição de Ciasca (2003) sobre esse aspecto. De acordo com a pesquisadora, a aprendizagem pode ser definida como “um processo evolutivo e constante, que envolve um conjunto de modificações no comportamento do indivíduo, tanto a nível físico, como no ambiente a qual está inserido, onde todo esse processo emergirá sob a forma de novos conhecimentos”.

Referências

CIASCA, S. M. (org.) Distúrbios de aprendizagem: proposta de avaliação interdisciplinar. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.

LIMA, E. S. As contribuições da neuroaprendizagem no processo ensino e aprendizagem. CONGRESSO NACIONAL DE  EDUCAÇÃO, 3. Natal, out. 2016.

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