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Primeiramente, você consegue se comunicar por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras)? Qual a sua opinião a respeito da educação bilíngue? Estes questionamentos são apenas uma parte de um conjunto de dúvidas que muitos profissionais devem ter acerca da importância que envolve a comunicação entre alunos surdos e pessoas falantes.

Com isso, saber sobre o ensino da Libras no contexto escolar e as estratégias adotadas em sala de aula são excelentes oportunidades para propiciar um ambiente de troca. Nesse sentido, há também o aspecto indispensável de se ensinar a Língua Portuguesa como segundo idioma para proporcionar possibilidades de aprendizagem.

Antes de tudo, precisamos explicar algumas situações que todos nós, direta ou indiretamente, já praticamos por simplesmente desconhecermos a realidade da cultura surda. Portanto, o conhecimento adquirido é um passo importante na busca por uma relação mais harmônica, esclarecida e baseada na diversidade.

A criança surda é deficiente?

Definitivamente, a resposta é não. Muitas pessoas tendem a pensar que a criança surda convive com a deficiência auditiva, mas essa concepção está errada. Afinal, o pequeno não é deficiente por não ser ouvinte. Na verdade, ele é integrante da cultura surda.

Em outras palavras, a pessoa que nasce surda passa a adquirir todo um conjunto de comunicação que permite a sua inserção em atividades diversas ligadas à cultura em questão. Ou seja, ela é parte de um contexto em que há outros indivíduos que dominam a mesma língua de sinais e todos os elementos que compõem o contexto cultural em que são participantes.

Dessa forma, uma pessoa com deficiência auditiva é aquela que perdeu a sua audição parcial ou totalmente em decorrência de alguma doença genética ou acidente. Inclusive, quem se enquadra na categoria dos deficientes auditivos já se comunicou por meio da linguagem oral e escutou sons em determinado momento da vida.

Além disso, outro ponto que merece destaque é o combate ao audismo. Este termo foi adotado pelo pesquisador norte-americano Tom Humphries; e aponta o preconceito existente contra a cultura surda. Assim sendo, devemos lutar para impedir que atos e comportamentos reforcem esse aspecto negativo.

Qual a importância da educação bilíngue para surdos?

Em primeiro lugar, proporcionar condições para que alunos surdos tenham o máximo de aproveitamento pedagógico e social no espaço escolar. Aliás, é importante ter em mente que esse ambiente não deve ser somente um local para adaptação, mas proporcionar também toda uma base de reestruturação que se paute em métodos, cultura e linguagem.

Ademais, a educação bilíngue se pauta no fato de que o surdo deve adquirir o domínio da língua de sinais como sua língua materna. Já a língua oficial do país como a segunda. O que se tem em jogo aqui é o fato de o aluno ser apresentado a um ambiente de possibilidades e interação por meio da comunicação de sua língua natural (sinais) e do idioma vigente pelos falantes orais.

Com isso, a escola se torna uma grande incentivadora para que os alunos se tornem cidadãos baseados em valorização, identidades e todos os elementos incluídos na formação social envolvida. Com efeito, a criança e o adolescente têm a possibilidade de adquirirem condições para uma visão crítica e totalmente capaz de lidar com os desafios.

Outro detalhe importante é que a educação bilíngue para alunos surdos proporciona uma imersão maior a eles no que diz respeito aos seus direitos e deveres. Obviamente, a presença de professores e da própria família é indispensável para ajudá-los a entender como os espaços devem ser ocupados por esses jovens. Assim, pensar em estratégias que valorizem essa experiência é fundamental.

Afinal, que estratégias são essas de educação bilíngue?

Todo educador ou coordenador pedagógico sabe que estabelecer métodos que incentivem a participação e o processo de ensino/aprendizagem de qualquer aluno não é uma tarefa simples. Consequentemente, no contexto de uma criança surda a situação também requer planejamentos.

Uso de recursos visuais

Utilizar esta estratégia é fundamental para os alunos surdos incluídos na educação bilíngue, pois a exploração desses recursos para mostrar a utilização da Língua Portuguesa auxilia na aquisição e no aprendizado. Além disso, contextualizar o que está sendo exposto é uma excelente forma de compreensão por parte da criança e do adolescente.

Uso funcional da Língua Portuguesa

Considerando que a Língua Portuguesa é a segunda em comparação à Língua Brasileira de Sinais, nada melhor que propor ao aluno a familiaridade com o idioma oficial do país por meio de elementos que sejam/estejam próximos de seu contexto. Nesse sentido, a relação de proximidade contribui para a sua aprendizagem.

Estabelecimento de um acompanhamento periódico

Saber como o aluno surdo tem aprendido é um aspecto essencial para a continuação ou reformulação do plano pedagógico voltado para a educação bilíngue. Assim, avaliar o desenvolvimento adquirido contribui para a experiência tanto da criança/adolescente quanto dos professores.

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