O que é o TEA?

O TEA é um transtorno do Neurodesenvolvimento que se apresenta de diferentes formas e graus, com comportamentos restritos e repetitivos e  dificuldades na comunicação.

São decorrentes de fatores Genéticos e Ambientais.

8% são hereditários – sendo 15% de mutações novas e 5% de fatores ambientais.

Não é monogênico e sim poligênico, composto de mais de 1000 genes.

Existe uma plataforma about sfari gene (que dá a quantidade  de genes).

EXISTEM  FATORES AMBIENTAIS E DE RISCO?

Sim, como idade parental, uso de drogas, medicação, gestação e infecções durante a gestação.

Os dados nos EUA é de que 1 a cada 59 crianças apresentam o transtorno, o que significa 2% da população segundo os dados a CDC.

No Brasil entre 1 e 2% das crianças apresentam o espectro, o que significa mais ou menos 2 milhões de brasileiros, dados ainda sendo estudados.

O diagnóstico do transtorno vem aumentando a cada dia, e afeta 4x mais os meninos do que as meninas. A previsão é que em 2020, com a divulgação do senso, os números sejam mais específicos do que os atuais.

Todos os autistas são iguais?

Não…eles se diferem entre si.

Apresentam-se em graus: leve, moderado, severo ou segundo o DSM-V nível 1, 2 ,3. O grau é de acordo com a dependência apresentada pela criança nas áreas de comunicação social e comportamento restrito, repetitivo.

Como define-se o Grau 1 ou nível 1?

EXIGINDO APOIO- na ausência de apoio, déficits na comunicação social causam prejuízos notáveis. Dificuldade para iniciar interações sociais e exemplos claros de respostas atípicas ou sem sucesso a aberturas sociais dos outros. Pode parecer apresentar interesse reduzido por interações sociais. Por exemplo uma pessoa que consegue falar frases completas e envolve-se na comunicação, embora apresente falhas na conversação com os outros e cujas tentativas de fazer amizades, são estranhas e comumente mal sucedidas.

COMPORTAMENTOS RESTRITOS E REPETITIVOS – Inflexibilidade de comportamentos causa interferência significativa no funcionamento em um ou mais contextos. Dificuldade em trocar de atividade. Problema para organização e planejamento são obstáculos à independência.

Como define-se o Grau 2 ou nível 2?

EXIGINDO APOIO SUBSTANCIAL– comunicação social, déficits graves nas habilidades de comunicação social verbal e não verbal; prejuízos sociais aparentes mesmo na presença de apoio; limitação em dar início a interações sociais e respostas reduzidas ou anormal à aberturas sociais que partem de outros. Por exemplo, uma pessoa que fala frases simples, cuja interação limita-se a interesses especiais reduzidos e que apresenta comunicação não verbal acentuadamente estranha.

COMPORTAMENTOS RESTRITOS E REPETITIVOS- inflexibilidade do comportamento,  dificuldade de lidar com a mudança ou outros comportamentos restritos/ repetitivos aparecem com frequência suficiente para serem óbvios ao observador casual e interferem no funcionamento em uma variedade de contextos. Sofrimento e/ ou dificuldade de mudar o foco ou as ações.

Como define-se o Grau 3 ou nível 3?

EXIGINDO APOIO MUITO SUBSTANCIAL- comunicação social déficits graves nas habilidades de comunicação social verbal e não verbal causam prejuízos graves de funcionamento, grande limitação em dar início à interações sociais e resposta mínima a aberturas sociais que partem de outros. Por exemplo, uma pessoa com fala ilegível de poucas palavras que raramente inicia as interações e, quando o faz, tem abordagens incomuns apenas para satisfazer a necessidade e reage somente à abordagens sociais muito diretas.

COMPORTAMENTOS RESTRITOS E REPETITIVOS- inflexibilidade de comportamento, extrema dificuldade em lidar com a mudança ou outros comportamentos restritos/ repetitivos interferem acentuadamente no funcionamento em todas as esferas. Grande sofrimento/ dificuldade para mudar as outras ações.

E como é feito do diagnóstico no TEA?

O diagnóstico é essencialmente clínico e baseia-se nos critérios do DSM-V.

  •        Déficits clinicamente significativos na comunicação social e nas interações sociais;
  •        Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades;
  •        Os sintomas são presentes no início da infância.

O diagnóstico precoce é a principal ferramenta para o bom desenvolvimento da criança. Não existe exame laboratorial e é feito por Neuropediatras ou Psiquiatras.

COMO IDENTIFICAR ALGUNS SINAIS DO TEA?

  •        Pouco ou nenhum contato visual;
  •        Parece ser surdo, preferência no isolamento;
  •        Comportamentos repetitivos/ estereotipias;
  •        Hiperfoco;
  •        Resistência as mudanças;
  •        Pode apresentar alterações motoras;
  •        Dificuldade para estabelecer uma conversa;
  •        Dificuldade para iniciar ou responder a interações sociais.

E AS INTERVENÇÕES CIENTÍFICAS?

As intervenções cientificamente comprovadas para o  bom desenvolvimento das crianças com TEA são :

  •        ABA – Análise do Comportamento Aplicada
  •        Modelo DENVER de intervenções precoces
  •        Terapia cognitivo comportamental
  •        Fonoaudiologia
  •        Terapia ocupacional
  •        Fisioterapia
  •        Musicoterapia
  •        Tratamento medicamentoso

Existe medicamento para o tratamento do espectro?

Não… o que existe são medicações que interferem nas comorbidades associadas ao transtorno, como TDAH, epilepsia, distúrbio do sono no TEA.

E A TERAPIA COM CÉLULAS TROCO? O QUE VEM SENDO APRESENTADO SOBRE ISTO?

O que são células troncos? São células que podem se autorreplicar, gerando outras células troncos e mantendo estoque de células troncos em nosso organismo.

Existem vários tipos de células-troncos em nosso organismo. Mas cada uma tem sua diferença, que são as proteínas que a célula está expressando, por exemplo, célula do cérebro expressa as questões cerebrais, célula do coração as questões do coração. Mas todas elas possuem um DNA que vem lá do embrião. Mas neste momento não são mais expressas porque como não somos mais embriões, então é ativado outras novas células.

Os pesquisadores Japoneses então pensaram: “Como ativar este DNA lá do nosso embrião e fazer com que estas células se tornem embrionárias, mudando as características dela?”, descobriram que pode-se ativar as células-tronco pluripotentes induzidas, induzindo elas a expressarem 4 genes, produziriam uma célula adulta trazendo as características embrionárias.

São células parecidas com as células embrionárias. Que dão início à medicina regenerativa.

Hoje já temos regeneração de córnias.

QUAIS CÉLULAS-TRONCOS SÃO UTILIZADAS NO TRATAMENTO DO AUTISMO?

  •        Célula tronco da polpa dentária
  •        De tecido adiposo
  •        Da medula óssea
  •        Do cordão umbilical
  •        Do sangue de cordão umbilical

As pesquisas de célula-tronco para autismo estão utilizando principalmente de cordão umbilical e de sangue de cordão umbilical, que melhoram a conectividade cerebral, mas tudo isto ainda está em estudo.

Existem muitos artigos, estudos em andamento…QUALQUER NOVA DESCOBERTA PRECISA PASSAR POR TEXTES CLÍNICOS

EXISTEM FASES DOS TESTES CLÍNICOS.

  •        Pré-clinica:  testes amplos em células e animais de laboratórios geralmente ratos e camundongos.
  •        Clínica-fase 1:  testes em pacientes para os quais se esgotaram as possibilidades de tratamento convencionais, geralmente grupos de 10 a 30 pessoas.
  •        Clínica -fase 2: é a fase mais crítica do desenvolvimento. De acordo com os estudos, nesta fase, apenas 28% das pesquisas no mundo foram positivas. Geralmente grupo de 50 a 100 pessoas.
  •        Clínica -fase 3- obrigatoriamente conduz-se um estudo comparativo entre a droga e o melhor tratamento padrão disponível para mesma situação. Grupos de 100 a 1000 pacientes.
  •        Clínica -fase 4- o medicamento é aprovado para comercialização pelas autoridades regulatórias e o fabricante oferece o medicamento em grandes escalas para a população.

COMO FAZER UMA PESQUISA CIENTÍFICA COM FONTES CONFIÁVEIS EM RELAÇÃO AO TRATAMENTO COM CÉLULA TRONCO?

A plataforma NCBI é uma plataforma de pesquisa científica dos médicos que pode ser acessada para pesquisa científica.

Alguns artigos que podem ser lidos em relação a isto:  Terapia celular no autismo (Stem cell therapy in autismo: recente insights).

Este estudo mostra 5 testes clínicos para o estudo do autismo, com resultados positivos e negativos do tratamento de célula-tronco no autismo. Nestes testes foram diagnosticados melhorias significativas nos comportamentos estereotipados, melhorias na habilidade cognitiva, socialização, comportamentos, nas funções imunes e comportamento adaptativo.

COMO PESQUISAR OS TESTES CLÍNICOS PARA O ANDAMENTO DO AUTISMO?

Clinicaltrials.gov é uma ótima referência de pesquisa, onde pode-se encontrar os testes em andamento. Ainda é muito arriscado colocar as crianças em risco antes da comprovação científica, pois pode obter resultados negativos.

Enfim, as pesquisas nesta área ainda estão em fase de desenvolvimento, análise, o que cabe a nós pais, professores e profissionais da área  o acompanhamento das pesquisas é a esperança de que muita evolução virá nesta , com resultados positivos. Surgindo aí novos tratamentos para o TEA.

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