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As intervenções voltadas para o tratamento do TEA (Transtorno do Espectro Autista), e que são reconhecidas pela ciência, podem ser bem variadas. Dentre elas, a ABA (Análise do Comportamento Aplicada) merece visibilidade, diante da importância que ela representa nos aspectos comportamentais das crianças com autismo.  

Em outras palavras, a ABA atua diretamente no estímulo dos chamados reforçamentos positivos. No entanto, isso exige muito conhecimento dos profissionais que a utilizarão nos consultórios. Assim, é possível adiantar que os terapeutas\professores responsáveis por esse trabalho de modelagem precisam dominar as diretrizes que regem a abordagem da ABA. Vamos conferir?

O que é trabalho de modelagem?

A princípio, o famoso trabalho de modelagem no comportamento está relacionado ao ato de fortalecer as aproximações sucessivas, ou seja, aquelas ações comportamentais operantes e funcionais. Teóricos do behaviorismo, tendo em Skinner o seu expoente, defendem que essa tarefa contribui para o surgimento de novas respostas por meio de um processo de aprendizagem gradativo, influenciado pelo reforçamento positivo.

Além disso, destaca-se que a modelagem também recebe o nome de ‘método das aproximações sucessivas’. Outro fator que deve ser ressaltado é a utilização que se pode ter não só nos ambientes clínicos, mas também nos contextos pedagógico e doméstico (que você verá mais adiante).

Aliás, é interessante salientar que há na modelagem três níveis de comportamentos, são eles: o inicial e o intermediário, que são modelados pelo reforçamento positivo. Já o terceiro é o comportamento terminal, estabelecido pelo experimentador (terapeuta\professor).

Quais são os objetivos da modelagem?

Inicialmente, é válido relembrar que essa técnica está contida de maneira especial na perspectiva da ABA. Dessa forma, durante o processo aparecem diferentes respostas (comportamentos), o que pede ao terapeuta o reforçamento daquelas (respostas) cujos comportamentos se mostram mais adequados. Portanto, veja quais são os objetivos do trabalho de modelagem abaixo:

– Instalar novas respostas ainda existentes no repertório comportamental de um organismo e facilitar a aprendizagem.

Quais são as suas etapas?

O passo a passo para a execução do trabalho de modelagem na ABA se divide em quatro, como se vê abaixo:

  1. 1 – Na escolha da resposta terminal;
  2. 2 – Na escolha de um reforçador potencial e que pode ser usado ao longo do procedimento pelo terapeuta;
  3. 3 – Na escolha da resposta inicial;
  4. 4 – No reforço de uma resposta inicial que esteja condicionada e cuja ocorrência se dê por uma frequência regular. Em seguida, há uma resposta intermediária que mais se aproxime do comportamento terminal. Com isso, esses aspectos comportamentais são escolhidos e reforçados.

Que situações a modelagem pode contribuir no contexto doméstico?

Quando falamos do ambiente de casa, um exemplo bem interessante é a comunicação verbal. Imagine a seguinte situação: uma mãe repara que seu filho, ao pedir um copo de água, emite o som “aa”. Ela entende o que a criança se refere e dá o que se pede como um reforçador.

Nas próximas vezes, a mãe solicita ao filho que vá melhorando a sua pronúncia. Com isso, o pequeno evolui de “aua” para “aga” até que se chegue ao jeito correto de falar: água. Isso foi consequência de reforçamento de respostas durante o processo.

Como o método da modelagem influencia no desenvolvimento pedagógico?

No contexto da sala de aula, o trabalho da modelagem pode ser notado ao longo de todo o processo de ensino e aprendizagem. Por exemplo, durante a aquisição da habilidade de leitura, os professores encontram nessas aproximações sucessivas algumas estratégias que possibilitam reforços educacionais. Em outras palavras, os educadores atuam com base em respostas adequadas e que levam a um objetivo comportamental.

Dessa forma, temos o seguinte cenário, onde o aluno com TEA está na fase da alfabetização: o ato de ler exige tempo e prática de todas as crianças. Assim sendo, no caso do autismo e da modelagem, os professores podem utilizar a descoberta da prática da leitura por meio de etapas.

Primeiramente, aprende-se as letras, depois as sílabas; em seguida as palavras e por último as frases. Tudo isso por meio de reforçamentos diversos que vêm de formas variadas como elogios, estímulos em cada acerto, notas etc. Nota-se uma sequência de ações que culminam na resposta desejada, caracterizada pelo domínio em ler os textos com fluidez.

Como dominar a modelagem no comportamento e a ABA?

Você viu o quanto o trabalho de modelagem e a ABA são fundamentais como intervenções voltadas para o TEA. Nesse sentido, os professores também podem descobrir mais técnicas por meio da especialização. Afinal, a junção de teoria e prática contribuem bastante para a formação continuada do educador.

O curso de Pós-Graduação em Análise do Comportamento Aplicada (ABA) na Educação de Pessoas com TEA, do Grupo Rhema Educação, oferece aulas dinâmicas (online e ao vivo), professores experientes e materiais atualizados. Esses são apenas alguns pontos diferenciais de quem tem tradição no ensino.

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