depressão infantil

Olá, professor.

Em nosso artigo de hoje, abordaremos um tema delicado e que requer um olhar atento e cuidadoso: a depressão infantil. Embora neste processo o papel principal seja o da família, o educador também pode se tornar um grande aliado no combate ao transtorno, tendo em vista que é ele quem passa boa parte do dia com o aluno. Observar mudanças de comportamento, desatenção constante e queda de rendimento na escola podem ser alguns indícios de depressão infantil e os pais devem ser alertados o quanto antes. Conheça a seguir um pouco mais sobre o problema e identifique onde pode ajudar, caso venha lidar (ou esteja lidando) com uma situação similar.

Boa leitura!

SINAIS QUE AJUDAM A IDENTIFICAR A DEPRESSÃO INFANTIL

Alguns sinais que podem indicar depressão durante a infância incluem falta de vontade para brincar, fazer xixi na cama, queixas frequentes de cansaço, dor de cabeça ou barriga e dificuldades no aprendizado.

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Estes sintomas podem passar despercebidos ou ser confundidos com birras ou timidez, porém se esses sintomas permanecerem por mais de 2 semanas é aconselhado ir ao pediatra para fazer uma avaliação do estado da saúde psicológica e verificar a necessidade de iniciar tratamento.

Na maioria dos casos, o tratamento inclui sessões de psicoterapia e uso de remédios antidepressivos, porém o apoio dos pais e professores é fundamental para ajudar a criança a sair da depressão, já que esse transtorno pode dificultar o desenvolvimento da criança.

Atenção aos sintomas

Os sintomas da depressão infantil variam com a idade da criança e o seu diagnostico nunca é fácil, sendo necessária uma avaliação detalhada por um pedopsiquiatra. No entanto, alguns sinais que podem servir de alerta para os pais incluem:

  • Rosto triste, apresentando olhos sem brilho e não sorrindo e um corpo caído e frágil, como se estivesse sempre cansado e olhando o vazio;
  • Falta de vontade para brincar nem sozinha nem com outras crianças;
  • Muita sonolência, cansaço constante e sem energia para nada;
  • Birras e irritabilidade sem razão aparente, parecendo uma criança pirraça, com mau humor e má postura;
  • Choro fácil e exagerado, devido a sensibilidade exagerada;
  • Falta de apetite que pode levar a perda de peso, porém em alguns casos também pode surgir enorme desejo por doces;
  • Dificuldade para dormir e muitos pesadelos;
  • Medo e dificuldade em se separar da mãe ou do pai;
  • Sentimento de inferioridade especialmente em relação aos amigos da creche ou escola;
  • Fraco rendimento na escola, podendo ter notas vermelhas e falta de atenção;
  • Incontinência urinária e fecal, depois de já ter adquirido a capacidade de não usar fralda.

Embora estes sinais de depressão sejam comuns nas crianças, eles podem ser mais específicos para cada idade da criança.

6 meses a 2 anos

Os principais sintomas de depressão na primeira infância, que ocorre até aos 2 anos, são recusa alimentar, pouco peso, estatura pequena e atraso da linguagem e distúrbios do sono.

2 a 6 anos

Na idade pré-escolar, que acontece entre os 2 e os 6 anos, as crianças na maioria dos casos apresentam birras constantes, muito cansaço, pouca vontade para brincar, falta de energia, fazer xixi na cama e eliminação de fezes involuntariamente.

Além disso, também podem ter muita dificuldade em separar-se da mãe ou do pai, evitando falar ou conviver com outras crianças e mantendo-se muito isolada. Também podem ocorrer crises intensas de choro e ter pesadelos e muita dificuldade em adormecer.

6 a 12 anos

Já na idade escolar, que ocorre entre os 6 e 12 anos, a depressão manifesta-se através dos mesmos sintomas anteriormente referidos, além de poder apresentar dificuldade para aprender, pouca concentração, notas vermelhas, isolamento, sensibilidade exagerada e irritabilidade, apatia, falta de paciência, dor de cabeça e de estômago e alterações no peso.

Além disso, é frequente sentimento de inferioridade, que é pior do que as outras crianças e diz constantemente frase do tipo “ninguém gosta de mim” ou “não sei fazer nada”.

Na adolescência, os sinais podem ser diferentes, por isso se seu filho tem mais de 12 anos, leia quais são os sintomas da depressão na adolescência.

Como diagnosticar a depressão infantil?

O diagnóstico normalmente é feito através de testes realizados pelo médico e análise de desenhos, pois a criança na maioria dos casos não consegue referir que está triste e deprimida e, por isso, os pais devem estar muito atentos a todos os sintomas e dizer ao médico para facilitar o diagnóstico.

No entanto, o diagnóstico desta doença não é fácil, especialmente porque pode ser confundido com alterações da personalidade como timidez, irritabilidade, mau humor ou agressividade. Em alguns casos os pais podem até considerar os comportamentos normais para a idade.

Desta forma, se for identificada uma mudança significativa no comportamento da criança, como chorar constantemente, ficar muito irritada ou perder peso sem razão aparente, deve-se ir no pediatra para que seja avaliada a hipótese de estar passando por uma alteração psicológica.


Como é feito o tratamento?

Para curar a depressão na infância é necessário ter acompanhamento do pediatra, psicólogo, psiquiatra, familiares e professores e o tratamento deve durar pelo menos 6 meses para evitar recaídas.

Normalmente, até os 9 anos o tratamento é feito apenas com sessões de psicoterapia com um psicólogo infantil. No entanto, depois dessa idade ou quando não se consegue curar a doença apenas com psicoterapia, é necessário a toma de antidepressivos, como fluoxetina, sertralina ou paroxetina, por exemplo. Além disso, o médico pode recomendar outros remédios como estabilizadores de humor, antipsicóticos ou estimulantes.

Normalmente, o uso do antidepressivos só começa fazendo efeito após 20 dias da toma e mesmo que a criança já não apresente sintomas deve manter o uso dos remédios para evitar uma depressão crônica.

Para ajudar na recuperação, os pais e professores devem colaborar no tratamento, estimulando a criança a brincar com outras crianças, fazer esportes, participar em atividades ao ar livre e elogiar a criança constantemente.


Como lidar com a criança deprimida?

Conviver com uma criança com depressão não é fácil, porém os pais, familiares e professores devem ajudar a criança a ultrapassar a doença para que esta se sinta apoiada e que não está sozinha. Assim, deve-se:

  • Respeitar os sentimentos da criança, mostrando que os compreendem;
  • Incentivar a criança a desenvolver atividades que gosta sem causar pressão;
  • Elogiar a criança constantemente de todos os pequenos atos e não corrigir a criança perante outras crianças;
  • Dar muita atenção à criança, afirmando que a estão ali para a ajudar;
  • Levar a criança para brincar com outras crianças para aumentar a interação;
  • Não deixar a criança brincar sozinha, nem ficar no quarto sozinha vendo televisão ou jogando videojogos;
  • Incentivar a comer de 3 em 3 horas para se manter nutrida;
  • Manter o quarto confortável para ajudar a criança a adormecer e dormir bem.

Estas estratégias vão ajudar a criança a ganhar confiança, evitando o isolamento e melhorando a sua autoestima, contribuindo para que a criança consiga curar a depressão.


O que pode causar a depressão infantil?

Na maioria dos casos a depressão na infância ocorre devido a situações traumáticas como discussões constantes entre familiares, divórcio dos pais, mudança de escola, falta de contato da criança com os pais ou sua morte.

Além disso, maus tratos, como violações ou convívio diário com pais alcoólicos ou dependes de drogas também pode contribuir para desenvolver depressão.


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Fonte na íntegra: https://www.tuasaude.com/sintomas-de-depressao-nas-criancas.

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