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Quando o assunto é acesso à educação, as pessoas costumam pensar em muitas estratégias psicopedagógicas como solução. Isso não está errado, tendo em vista a quantidade de abordagens, métodos e estratégias descobertas ao longo dos anos. Com efeito, muitas técnicas ganharam fôlego e possibilitaram a inserção de crianças, jovens e adultos no ambiente escolar.

Dessa forma, os alunos conseguem absorver conteúdos a partir de modalidades que priorizem o tempo de cada um, a maneira como eles lidam com o conhecimento e o perfil manifestado. O Atendimento Educacional Especializado (AEE) se mostra como uma das principais alternativas nesse contexto.

O que é o AEE?

Primeiramente, é importante relembrar o que o AEE representa na caminhada pedagógica. Esse serviço é voltado para o desenvolvimento da educação inclusiva. Há que se ressaltar uma informação indispensável: todas as crianças incluídas no AEE participam de turmas regulares. As atividades do AEE ocorrem apenas no contraturno.

Com isso, os pequenos têm a oportunidade da vivência em um ambiente plural, cuja presença de outros colegas tende a enriquecer a experiência. Assim, as tarefas ficam bem delineadas e garantem o estímulo pedagógico desejado.

Quem é atendido pelo AEE?

O público-alvo contemplado pelo AEE é amplo. Porém, existem três grupos estabelecidos para segmentar a população que tem direito a esse tipo de ensino. Veja abaixo:

Alunos com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo prazo, de natureza física, intelectual, mental ou sensorial. O MEC enfatiza que essas crianças também são aquelas cuja interação se apresenta em diversas barreiras. Interessante notar que isso pode obstruir a participação plena e efetiva do pequeno na sociedade em igualdade de condições com as pessoas ao redor;

Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: estão incluídos aqueles que apresentam um quadro de alteração no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras.  Alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos sem outra especificação são pessoas frequentes neste grupo;

– Alunos com altas habilidades\superdotação: aqui estão aqueles que apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotora, artes e criatividade. (Ministério da Educação, 2009)

Onde acontecem as atividades previstas no AEE?

As crianças incluídas na modalidade AEE desenvolvem suas tarefas nas chamadas Salas de Recursos Multifuncionais (SRM). Em outras palavras, esses espaços são direcionados para tal finalidade, ou seja, uma extensão do espaço da sala de aula regular.

As SRM são ideais para que os educadores utilizem as estratégias pedagógicas direcionadas às demandas das crianças. No ambiente do AEE, o processo de aprendizagem é potencializado por meio das técnicas utilizadas e dos recursos disponíveis.

Assim, os pequenos são estimulados em um caminho de descobertas e que contribuem bastante para a construção de novos conhecimentos. Tudo isso abre portas para que eles possam vivenciar suas experiências no contexto escolar e social.

O que deve conter no projeto político-pedagógico de uma instituição?

De acordo com o art. 10 da Resolução n. 4/2009 do CNE/CEB, o AEE deve estar previsto no projeto político-pedagógico da instituição que oferece o serviço. Desse modo, as informações contidas no documento estabelecem a organização da modalidade de ensino em questão. Veja abaixo:

I – Salas de recursos multifuncionais (tratadas no tópico acima): espaço físico, mobiliário, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade; e equipamentos específicos;

II – Matrícula no AEE de alunos matriculados no ensino regular da própria escola ou de outra instituição;

III – Cronograma de atendimento dos alunos;

IV – Plano do AEE: identificação das necessidades educacionais específicas das crianças; definição dos recursos necessários e das atividades a serem desenvolvidas;

V – Professores para o exercício da docência do AEE;

VI – Profissionais da educação: tradutores e intérpretes da Língua Brasileira de Sinais, guia intérprete e outros que atuem no apoio, principalmente às atividades de alimentação, higiene e locomoção;

VII – Redes de apoio no âmbito da atuação profissional, da formação, do desenvolvimento da pesquisa, do acesso e recursos, serviços e equipamentos, entre outros que maximizem o AEE.

Por que nem todos os professores estão aptos para atuarem no AEE?

O motivo pelo qual nem todos os educadores podem desempenhar suas funções no AEE não é tão complexo. Afinal, os profissionais da educação responsáveis por desenvolverem as atividades previstas precisam conhecer os tópicos de importância e como lidar com cada um deles.

Isso significa que os professores do AEE devem estar preparados para programarem, acompanharem e avaliarem a funcionalidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade. Inclusive, os educadores também preparam e organizam materiais didáticos de acordo com as necessidades educacionais dos alunos.

Como se especializar?

Para quem deseja se tornar um especialista na área, a primeira coisa a ser feita é buscar por uma especialização que ofereça todas as diretrizes que a função exige. Além disso, o aprofundamento no tema é um critério de total importância que deve ser suprido pela formação.

Assim sendo, a PósGraduação em Educação Especial na Perspectiva de uma Educação Inclusiva no AEE, do Grupo Rhema Educação, é um curso indispensável para os profissionais que querem se tornar especialistas. As aulas são dinâmicas (online ao vivo), os professores experientes e os materiais são atualizados.

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Referência

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação, Resolução Nº 4, de 2 de out. de 2009, Brasília.

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