Olá, professores!
Primeiramente, é importante reiterar que um dos componentes indispensáveis na educação é o aspecto psicomotor. Afinal, esse método de aprendizagem está ligado a importantes processos que vão culminar no desenvolvimento da criança no contexto escolar e social.
Nesse sentido, pode-se afirmar que a psicomotricidade é um dos elementos em que os educadores devem promover atividades que visem ao estímulo desse valioso conjunto de interações entre as competências cognitivas, psíquicas e sensoriais. Para tanto, criar formas de desenvolvê-la é um dos principais desafios, sobretudo dentro da sala de aula.
Por que a psicomotricidade é algo desafiador?
A princípio, todos devem ter em mente que a psicomotricidade está relacionada a diferentes atividades motoras do indivíduo. Com isso, o aconselhável é que desde a infância ele venha recebendo os devidos incentivos para o seu desenvolvimento. Como resultado, a pessoa consegue obter a evolução necessária dos aspectos que estão associados ao progresso psicomotor.
Entretanto, o período escolar é aquele ao qual o pequeno pode ser exposto a uma série de estímulos cujos resultados são presenciados já em sala de aula. Além disso, a psicomotricidade é fundamental para a formação da criança. Inclusive, o esquema corporal é outro ponto diretamente trabalhado pelas atividades que tendem a induzir a configuração psicomotora do aluno.
Qual o principal desafio da psicomotricidade na escola?
Diante da importância do aspecto psicomotor, é possível afirmar que o desafio da psicomotricidade na escola para os professores, e também para as próprias crianças, é o fato de o desenvolvimento da psicomotricidade estar ligado ao desempenho do pequeno no percurso psicopedagógico e pessoal. Em outras palavras, quando o aluno apresenta uma capacidade psicomotora defasada, ele tende a manifestar esse déficit em leitura e escrita, por exemplo. Além dessa importante habilidade, outros pontos também tendem a ficar comprometidos, como o pensamento lógico e a distinção de letras. (CAMARGOS, MACIEL 2016)
Ademais, pode-se dizer que a psicomotricidade, uma vez voltada para o desenvolvimento motor associado ao equilíbrio, tem também entre seus maiores desafios o trabalho coordenado entre os professores da escola em que a criança estuda. Ou seja, reunir todas as atividades necessárias ao desenvolvimento do pequeno de maneira que ele consiga alcançar a evolução necessária. Nesse sentido, vale reiterar que a psicomotricidade tem entre suas responsabilidades a coordenação motora global e fina, a respiração e as noções que as crianças têm em relação ao espaço e ao tempo (ALVES, 2012 citado por SOUZA & SCHMIDT, 2017).
Por que existem crianças com desenvolvimento motor diferente de outras?
De acordo com estudos, as causas que impactam no desenvolvimento motor de uma criança podem ser completamente variadas. Segundo Gallahue e Ozmun (2005 citado por SOUZA & SCHMIDT, 2017), os fatores relacionados são biológicos (sujeito), ambientais (experiência) e da tarefa em si (físico/mecânico).
Além disso, vale ressaltar que diante da possibilidade de uma criança ter o desenvolvimento motor em déficit, a escola deve observar e notificar os pais do aluno. Dessa forma, o pequeno receberá a devida atenção para que ele receba as intervenções necessárias para o seu progresso, inclusive em fases posteriores, como a vida adulta.
Dentre outras causas estudadas, pesquisadores concluem que tais prejuízos podem ter origem também em ordens psicológica e social, tais como a baixa autoestima, o isolamento e a hiperatividade (SOUZA & SCHMIDT, 2017). Inclusive, estes fatores tendem a impactar no desempenho escolar.
Que atividades ajudam a desenvolver a psicomotricidade?
Há inúmeras brincadeiras ou exercícios que estimulam o aspecto psicomotor das crianças, principalmente no ambiente escolar. Dessa forma, o pequeno pode se desenvolver de maneira leve e lúdica. Vejam quais são: amarelinha, pular corda, corrida de sacos; tarefas que auxiliam a coordenação global. Há também as atividades que desempenham a coordenação motora fina, como tarefas com esponjas, dobraduras, recortes, entre outras.
Referências:
CAMARGOS, Ellen Kassia de; MACIEL, Rosana Mendes. A importância da psicomotricidade na educação infantil. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, vol. 9, ano 1, p. 254- 275, out./nov. 2016.
SOUZA, Juliana Porto de; SCHMIDT, Magda. A importância da psicomotricidade para a aprendizagem. Revista da Mostra de Trabalhos de Conclusão de Curso, Bagé, v. 1, n. 1, 2017.
