Olá, professores!

Em primeiro lugar, quais são as dificuldades enfrentadas por vocês na nobre missão de lecionar? Certamente, os aspectos comportamentais e ambientais podem liderar a lista, correto? No entanto, existe outro fator que também pode impactar o andamento da função de educar: os distúrbios de aprendizagem.

É importante discernir as dificuldades dos distúrbios de aprendizagem, pois eles têm causas e intervenções distintas. Portanto, ambos não são a mesma coisa e precisam de direcionamentos diferentes. Dessa forma, a abordagem adequada tende a contribuir para o desenvolvimento de estratégias e técnicas que visem ao progresso do aluno.

Dentro do contexto escolar, fala-se muito sobre a dislexia. A propósito, sua ocorrência não é mais uma novidade entre os profissionais da educação, mas ainda requer muitos esclarecimentos para que haja o devido olhar sobre as necessidades pedagógicas da criança.

Assim sendo, conceituar a dislexia e explicar os tipos existentes deste distúrbio é essencial. Nesse sentido, a partir do momento em que professores e outras pessoas – que lidam diretamente com a formação das crianças – passam a conhecer as tipologias da dislexia, há chances de propiciar a solução adequada para os pequenos.

No entanto, é importante saber discernir essas variações e como agir com proposições em sala de aula. Afinal, estabelecer os caminhos corretos para lidar com a dislexia é essencial.

Quais são os tipos de dislexia?

Existem tipos de dislexia, sendo que os três mais comuns são os seguintes:

– Dislexia auditiva: neste caso, há uma baixa percepção dos sons. Isso influencia na fala da criança, uma vez que ela pode encontrar dificuldade para se expressar oralmente;

– Dislexia visual: o pequeno pode encontrar dificuldades para discernir os lados direito e esquerdo, por exemplo. Além disso, o aluno pode cometer erros de leitura por conta da má visualização das palavras quando lê;

– Dislexia mista: aqui ocorre a junção de dois ou mais tipos de dislexia associados. Com isso, a criança tende a apresentar as características próprias de todas as tipologias presentes: dificuldades auditivas e visuais simultaneamente.

Quais são os principais sintomas?

Antes de tudo, é necessário salientar que assim como as crianças, os adultos também costumam apresentar os sintomas da dislexia. No entanto, como os sinais aparecem na fase de desenvolvimento da leitura, da escrita e da alfabetização; as crianças tendem a manifestar esses sintomas com mais precisão em relação aos adultos.

Dessa forma, os sinais que caracterizam a dislexia são percebidos na primeira infância da seguinte maneira:

– Falta de atenção;

– Dificuldade para aprender canções e rimas;

– Coordenação motora com atraso;

– Pouco interesse por livros e materiais que contenham letras/palavras;

– Dispersão;

– Outros.

Já na fase escolar, em especial a alfabetização, o aluno demonstra sintomas que vão impactar diretamente no processo de leitura e escrita, a saber:

– Dificuldade para copiar conteúdos que sejam colocados na lousa ou em livros;

– Dificuldade para ler em voz alta (e que compreender aquilo que acabara de ser lido);

– Problemas de organização geral (para usar corretamente livros, dicionários, mapas, manuais, etc.);

– Problemas para aquisição das habilidades de leitura e escrita de forma automatizada;

– Dispersão;

– Baixa autoestima;

– Desatenção. 

O que está por trás da dislexia?

Primeiramente, as causas da dislexia são multifatoriais. Isso significa que pode haver alguns fatores envolvidos, sendo os mais comuns:

– O aspecto neurobiológico;

– Perturbações ocorridas no parto ou no começo da vida;

– Alterações cerebrais (como problemas no desenvolvimento do sistema nervoso central, falha de comunicação entre os neurônios, mau funcionamento do cérebro, entre outros).

Como o diagnóstico é feito?

Uma vez que a dislexia é um distúrbio de aprendizagem que impacta a leitura e a escrita, o diagnóstico deve ser feito por meio de uma equipe multidisciplinar. Assim sendo, este grupo é formado por especialistas de áreas distintas, tal como fonoaudiólogos, psicopedagogos, neurologistas e neuropsicólogos.

Em outras palavras, a dislexia é algo que só pode diagnosticada por meio de uma análise aprofundada. Por isso, torna-se importante sempre encaminhar a criança a profissionais das áreas mencionadas a fim de que a abordagem proposta seja ideal para o seu desenvolvimento.

Quais são os tratamentos mais utilizados?

Antecipadamente, é necessário afirmar que a dislexia não tem cura. No entanto, as intervenções procuram amenizar consideravelmente os sintomas. Assim sendo, os tratamentos são direcionados à superação das dificuldades que são apresentadas.

Com isso, o tratamento de dislexia tem o objetivo de trabalhar habilidades básicas, que se pautam em programas de reabilitação. O objetivo deles é promover uma orientação adequada aos métodos pedagógicos, de forma a auxiliar tanto a família quanto a escola – sobretudo na condução de projetos.

Para reforçar os tratamentos utilizados na alfabetização – priorizando o diagnóstico de dislexia – especialistas trabalham com dois métodos para auxiliar as crianças. São eles:

– Método multissensorial: usado principalmente para crianças com faixa etária mais evoluída, mas que apresentam histórico de notas baixas e fracasso escolar;

– Método fônico: usado para alunos mais novos e que ainda vão iniciar o processo de alfabetização.

Referência

DISLEXIA: sintomas, tratamentos e causas. Minha Vida.

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