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Inicialmente, o ambiente da sala de aula pode reservar alguns detalhes que precisam do acompanhamento do educador. Nesse sentido, saber quais são os principais problemas de comportamento no TEA (Transtorno do Espectro Autista) significa um importante passo no trabalho pedagógico a ser desenvolvido com a criança. Com isso, a identificação dos fatores que influenciam o aspecto comportamental do pequeno no contexto educacional é essencial para propor intervenções eficazes.

Para tanto, algumas informações devem ser sempre reforçadas com o objetivo de auxiliar os professores envolvidos na busca pela autonomia no processo de aprendizagem do aluno com TEA. Dessa forma, vejam os destaques que são imprescindíveis para o conhecimento de todos vocês.

A agressão pode ser um problemas de comportamento no TEA?

Em primeiro lugar, é preciso considerar que o TEA é responsável por características que tendem a ser observadas em grande parte dos casos. Dentre elas, situações de agressividade devem ser acompanhadas não somente pelos educadores, mas também por terapeutas devidamente capacitados para auxiliar esse trabalho interdisciplinar.

De acordo com estudiosos, a autoagressão em crianças com TEA corresponde à marca dos 50% dos casos. Além disso, 14,6% costumam realizar o modo mais grave da autoagressão, cujas providências imediatas são a hospitalização, o afastamento do ambiente escolar e a institucionalização. Quando isso acontece, o processo de aprendizagem do aluno com TEA pode piorar, em função de um prognóstico mais problemático.

Diante do fato, alguns procedimentos devem ser adotados para evitar a agressão do aluno com TEA. Vejam quais são:

– Controlar o excesso de estímulos sonoros, visuais, olfativos e sensoriais;

– Diminuir a quantidade de informações em sala de aula;

– Tentar controlar os ruídos (cadeiras e mesas arrastando; pessoas falando alto);

– Não gritar com a criança, sobretudo quando ela manifestar alguma crise.

Existe a possibilidade de observar sintomas de Hiperatividade, Impulsividade e Déficit de Atenção?

Sim. Isso é mais comum do que as pessoas podem imaginar. Para se ter uma ideia, os casos de crianças com TEA – e que manifestam a hiperatividade, a impulsividade e o déficit de atenção – pode ter uma variação que fica entre 28% a 74%. Em outras palavras, as pesquisas evidenciam que essas comorbidades tendem a abranger a maioria dos diagnósticos de autismo.

Nesse sentido, o acompanhamento da criança por uma equipe multidisciplinar pode contribuir consideravelmente para o seu desenvolvimento no espaço pedagógico. Afinal, a coexistência do TEA com o TDAH pode exigir um preparo aprofundado para que os educadores se mobilizem ao processo de aprendizagem da criança. Então, pensar em estratégias que valorizem a experiência do pequeno é fundamental. Alguns deles são os seguintes:

– Trabalhe com o que atrai a criança;

– Priorize o que ela quer fazer (dentro da proposta pedagógica);

– Crie um ambiente que permita o seu aprendizado;

– Crie formas para ela se organizar;

– Utilize uma comunicação direta e simples (que facilite a compreensão do aluno);

– Aplique atividades que valorizem a participação do pequeno (e que ele se veja como parte da brincadeira).

Distúrbios do sono têm relação com problemas de comportamento no TEA?

Antecipadamente, a resposta é sim. Dessa forma, a insônia e as interrupções do sono são bastante comuns nos casos de crianças com autismo. Um estudo contou com a amostra de 59 crianças com TEA – entre 4 e 10 anos de idade. Como resultado, os pesquisadores encontraram a prevalência de 66% para distúrbios moderados de sono em pacientes com autismo.

Como a comunicação pode influenciar nos problemas de comportamento no TEA?

A princípio, crianças que vivem com TEA costumam ter dificuldades consideráveis para se comunicar. Com isso, pesquisas já mostraram que elas manifestam expressões de frustrações e raiva. Afinal, o comportamento-problema carrega em si uma função comunicativa.

Inclusive, uma vez que o pequeno não consegue se comunicar da forma como gostaria, ele utiliza esse tipo de comportamento disruptivo como uma maneira de realizar a sua comunicação. Aliás, o que para muitos significa ação de agressividade pode ser apenas uma forma da criança comunicar qualquer coisa que não seja agredir alguém de fato.

Que prática pode ser útil nesses casos?

Dentre as intervenções conhecidas pelos profissionais para problemas de comportamento no TEA, uma que se destaca é a Avaliação Funcional. Primeiramente, é importante ressaltar que ela é totalmente baseada em evidência científica e busca diminuir esses problemas de comportamento. Além disso, a Avaliação Funcional é utilizada desde a intervenção precoce até a fase adulta.

Portanto, a Avaliação Funcional é indicada para auxiliar a equipe multidisciplinar a desenvolver uma hipótese sobre o que está por trás do comportamento-problema. Logo depois, o próximo passo é selecionar e desenvolver planos focados em lidar com aqueles comportamentos desafiadores, por exemplo.

 Por último, mas não menos importante; o profissional que trabalha ou deseja conhecer melhor o aspecto comportamental do aluno com TEA precisa focar em uma pergunta-chave. Ela é a seguinte: que função tem o comportamento?

Querem aprofundar o seu conhecimento?

Como vocês viram acima, os problemas de comportamento no TEA exige muita preparação. Com isso, a melhor forma de conhecer todos os pontos é por meio do estudo e da prática. No curso de Pós-Graduação em ABA, do Grupo Rhema Educação, os alunos têm o diferencial de contar com aulas dinâmicas, material atualizado e professores renomados na área educacional e clínica. Fale com um consultor.

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