Olá professor…

Saiba que o entendimento sobre o funcionamento do cérebro facilita o seu trabalho e pode revolucionar a sua sala de aula. Nessa matéria que vamos compartilhar hoje, você vai entender mais sobre esse assunto que é a nossa atualidade. Boa leitura!

NEUROCIÊNCIA VIRA FERRAMENTA PARA MELHORAR APRENDIZAGEM NAS ESCOLAS
 
Professores da educação básica de algumas escolas brasileiras têm experimentado estudar algo, aparentemente, muito distante da realidade da própria formação: a neurociência. Projetos ainda pouco comuns – mas inovadores e com bons resultados onde já foram testados – têm mostrado que os conhecimentos sobre o funcionamento do cérebro pode ser um grande aliado dos educadores.
Durante a graduação, os educadores se concentram nos estudos dos estímulos que provocam aprendizagem. O problema é que ela depende fundamentalmente da biologia, da organização e da estrutura do sistema nervoso para acontecer. Conhecendo essas caraterísticas, o professor consegue entender porque algumas estratégias que utiliza funcionam e outras não, ressalta Leonor Bezerra Guerra, professora do Departamento de Morfologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Pioneira em divulgar a neurociência no mundo educacional, Leonor diz que os avanços da tecnologia digital permitiram compreender sinapses e processos cerebrais essenciais para o funcionamento do cérebro. Com isso, a ciência que estuda o sistema nervoso tem colaborado para a compreensão de outras áreas de conhecimento, como a psicologia e a educação.
Os professores começam a perceber, agora, que o processo biológico da aprendizagem não diminui a importância da educação. É o estímulo que a criança recebe do meio externo que fará com que ela adquira atitudes, hábitos, valores, destaca a professora, que coordena o projeto NeuroEduca da UFMG, que divulga e orienta educadores sobre o tema. Sem a resistência, os professores podem enxergar nesse conhecimento um potencial transformador.
Leonor lembra que, sem a devida atenção para o conteúdo repassado pelo professor, o aluno não conseguirá ativar o centro de memória do cérebro. O sistema nervoso precisa estar direcionado à experiência. Se o professor não consegue chamar a atenção do aluno para que as redes neurais sejam ativadas, ele não vai memorizar e armazenar informações, explica.
Novas estratégiasO educador que estuda a neurociência é convidado a entender que todos podem aprender desde que as estratégias sejam adequadas. Não basta dar acesso à escola, é preciso garantir que as crianças aprendam, afirma Regina Migliori, que acaba de publicar o livro Neurociências e Educação, que traz pesquisas e modelos de aplicação prática desses conhecimentos em sala.
Isso cria um novo patamar de responsabilidade dos educadores no desenvolvimento das crianças. A quantidade de diagnósticos de crianças com déficit de atenção é uma piração. Infelizmente, vemos muitas abordagens que têm um ponto de partida equivocado na identificação do problema, reforça Regina.
Taís Ciboto, professora no curso de pós-graduação em Neurociência aplicada à Educação das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), acredita que os conhecimentos da neurociência podem ser instrumentos para que professores lidem com situações para as quais não foram preparados. Mas não é uma receita de bolo. É importante lembrar que o ser humano completo vai para a sala de aula. Não é só a inteligência, mas também as emoções, o que ele vive fora da escola, diz. O curso de pós-graduação em neurociência da FMU existe desde 2012 e já formou 50 alunos.
Primeiras experiênciasIdealizado no ano 2000, o NeuroEduca tinha a pretensão de ampliar as palestras esporádicas, feitas pela professora Leonor desde 1994, para explicar em inúmeras escolas o que era a neurociência e como ela poderia auxiliar o processo educacional. O projeto passou a atender solicitações de escolas públicas e particulares, fazendo capacitações ou palestras de sensibilização ao tema.
Isso não significa que o professor vai usar novas estratégias em sala de aula. Às vezes, ele não reflete sobre mudanças e mudar é difícil para qualquer um, comenta. Quase 14 anos e 25 mil educadores formados ou sensibilizados depois do início, Leonor se contenta em saber que o interesse pelo tema é crescente. Ela, que também é autora do livro Neurociência e educação: como o cérebro aprende, conta que muitos estudos e grupos surgiram nos últimos anos.
Agora, ela gostaria de ver as graduações em pedagogia inserindo o tema em seus currículos. Pretendo ainda sensibilizar os cursos para incluir o conhecimento sobre as bases neurológicas da aprendizagem das diretrizes curriculares nacionais, afirma.
Meditação e concentração
Regina Migliori é doutora em Filosofia da Ciência e pós-graduada em Neuropsicologia e conduz o programa Meditação, Neurociência e Educação. O projeto está em fase de testes em uma escola do Sesi de Alagoas para ser ampliado para toda a rede depois. Lá, tem feito sucesso.
O primeiro passo é a formação dos professores. Depois de um curso de oito semanas, eles testam as práticas que farão com os próprios alunos. Usam exercícios de meditação para treinar o foco e a atenção dos alunos e os ensinarem a lidar com as emoções durante o processo de ensino e aprendizagem.
Dilson Costa Neves, diretor geral da Escola Sesi Industrial Abelardo Lopes em Alagoas, conta que o colégio já desenvolvia um trabalho de tentar concentrar os alunos antes das aulas. Pelo sistema de som da escola, eles faziam todos pararem atividades, refletirem, treinarem a respiração e se concentrarem antes das aulas. O projeto está dentro do que a gente acredita. É uma maneira de repensarmos a aprendizagem e as nossas práticas pedagógicas, pondera.
Segundo ele, os professores estão encantados com o que aprenderam. Eles agora repensam suas práticas para não dar aulas repetitivas, encontrar novas formas de chamar a atenção dos estudantes, estimulá-los a aprender e passaram a trocar mais experiências com os colegas, conta Neves.
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