metodologias ativas de aprendizagem

Olá, professores!

Inicialmente, quem acompanha nossos artigos sabe que sempre enfatizamos o quão desafiador o ensino pode ser, independente da etapa e faixa etária dos alunos. No entanto, em se tratando de crianças, o aspecto desafiador tende a contar com elementos ainda mais determinantes.

Em outras palavras, o processo de aprendizagem funciona como um verdadeiro conjunto de descobertas pelo qual o aluno vai lidar durante sua jornada. Desse modo, educadores e instituições têm pensado em meios alternativos para tornar essa experiência mais atrativa aos pequenos. Nesse sentido, as metodologias ativas entram em ação para oferecer condições aos professores.

O que são metodologias ativas de aprendizagem?

Segundo estudos, as metodologias ativas de aprendizagem podem ser definidas como um conjunto de técnicas que está ligado a formas colaborativas de participação das crianças na dinâmica do ensino. Dessa forma, os professores devem propiciar situações em que os alunos podem e precisam atuar com protagonismo.

Por meio das metodologias ativas de aprendizagem, os pequenos são estimulados em aspectos imprescindíveis como a autoaprendizagem e as competências necessárias. Com efeito, os alunos são cada vez mais encorajados a realizarem pesquisas e a fazerem parte deste processo.

Quais os tipos de metodologias ativas de aprendizagem?

– PBL (Aprendizado Baseados em Problemas): o PBL é um método cujo trabalho elaborado pelos professores é todo focado nos alunos. Nesse sentido, o PBL parte de um problema como elemento motivador do estudo e integrador do aluno (OLIVEIRA, 2015).

Dentre as características, é possível pontuar que o PBL é embasado em aulas expositivas, enfoca na reprodução do conhecimento e o professor tem mais autonomia. Além disso, vale ressaltar que o aprendizado, quando desenvolvido de maneira independente, é estimulado e até recompensado (OLIVEIRA, 2015).

Gamificação: essa metodologia tem por objetivo promover a realização de atividades baseadas em games como maneira de estimular o engajamento dos alunos, principalmente em tarefas consideradas monótonas e que causem fácil dispersão das crianças. Dessa forma, as atividades podem desenvolver outras habilidades, como a cooperação, a comunicação e a autonomia.

Para tanto, os professores devem estar por dentro de algumas estratégias. Em outras palavras, os educadores precisam se apropriar da linguagem existente nos games e aplicá-la no contexto da vida real, ou seja, no ensino. (MOLINARI, 2019)

– Ensino híbrido: este tipo de metodologia tem sido utilizado com frequência na reabertura gradual de escolas em tempos de pandemia. No entanto, ele não é algo novo e consiste em um tipo de ensino baseado nos modelos tradicional e ativo, como parte do conteúdo de forma presencial e parte virtual.

Ensino tradicional ou metodologias ativas?

O ensino tradicional é pautado na transmissão de conteúdos por parte dos professores. Com isso, os alunos recebem o conteúdo e, por mais que eles tenham uma participação no processo, a metodologia tradicional impõe certos limites. Portanto, não são poucos os casos de crianças que não conseguem ficar atentas durante as aulas, tendo em vista que esse antigo modo de lecionar já não consegue dar conta da demanda dos alunos de hoje em dia, cuja interatividade e dinamicidade determinam o processo educativo.

Diante desse aspecto, é correto afirmar que as crianças, no contexto escolar, estão conectadas a uma quantidade imensa de informações significativas para suas experiências. Inclusive, a dinâmica adotada hoje em dia faz com que muitos professores optem por recursos tecnológicos. Entretanto, como esses equipamentos sozinhos não contribuem para aprendizagem, é inegável que a atuação dos professores e a participação maciça dos alunos tornam este processo mais vivo.

As metodologias ativas de aprendizagem são técnicas novas?

Embora muitos pensem que elas sejam descobertas recentes, essas metodologias podem ter se originado em uma obra publicada em tempos remotos. Na verdade, “o primeiro indício dos métodos ativos encontra-se na obra ‘Emílio’, de Jean Jacques Rosseau (1712-1778), tido como o primeiro tratado sobre filosofia e educação do mundo ocidental e na qual a experiência assume destaque em detrimento da teoria.” (ABREU, 2009 citado por DIESEL, BALDEZ e MARTINS, 2017).

Referências

DIESEL, Aline; BALDEZ, Alda L. S; MARTINS, Silvana N. Os princípios das metodologias ativas de ensino: uma abordagem teórica. Revista Thema, v. 14, n. 1, 2017.

MOLINARI, Davi. Gamificação na sala de aula: jogar para aprender. Revista Educação, 2019.

OLIVEIRA, Moisés Alves de. O que é o PBL. UEL: Londrina, 2015.

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