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Existem detalhes dentro da sala de aula que reforçam o aspecto desafiador do ato de lecionar, principalmente quando essas particularidades vêm e são demonstradas pelos educandos. Para citar dois exemplos, temos o TEA (Transtorno do Espectro Autista) e o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) como situações em que as crianças demandam metodologias que atendam às suas necessidades.

No entanto, não são apenas as formas de ensino que precisam ser reformuladas para favorecer a aprendizagem. Junto delas, podemos salientar também os manejos, as modificações e as adaptações pedagógicas para TEA e TDAH, mas como providenciá-los? Esse questionamento deve ser feito tendo em vista a importância de propiciar um cenário bem-sucedido na construção do conhecimento.

Qual o primeiro passo deve ser dado?

A princípio, é preciso que os professores e a coordenação pedagógica saibam que em determinada turma há alunos que convivem com uma dessas condições (ou até mesmo ambas). A partir dessa constatação, todos os atores envolvidos na instituição escolar devem pensar em maneiras de otimizar a experiência dos pequenos.

Além disso, a participação dos pais nessa jornada também simboliza algo importante, pois eles podem estender alguns procedimentos ao ambiente doméstico, como na hora de resolver um dever, por exemplo. Porém, vamos mostrar que estratégias são as mais interessantes.

Quais são os manejos, as modificações e as adaptações no TEA e TDAH?

Antes de mais nada, vamos elencá-los como uma forma de detalhar cada uma das dicas a serem utilizadas em sala de aula. Duas delas têm a ver com o primeiro passo citado acima. Portanto, confiram todas elas abaixo:

  1. Conferir a existência de comorbidades: a primeira diz respeito à identificação de alguma condição associada ao TEA e TDAH. Dessa forma, os professores podem entender o que a criança traz e como as estratégias podem ser trabalhadas;
  2. Avaliações e tarefas de casa: aqui, o educador precisa interceder nas atividades, no sentido de providenciar meios de facilitar a produção desses deveres no contexto familiar e contribuir com o processo de aprendizagem;
  • Aplicação de exames/provas: o detalhe que não deve ser deixado de lado é a frequência em relação à frequência. O aconselhável é espaçar essas aplicações como forma de estabelecer formas previsíveis ao controle do tempo;
  • Apostar no processo de criação: os professores também podem reduzir a ocorrência de avaliações formais e priorizar tanto ambientes como situações em que a criatividade do aluno é valorizada. Inclusive, tal aspecto pode ser usado como critério para avaliar a criança;
  • Avaliações orais: a dica de agora é voltada a todos aqueles cuja comorbidade do TEA e TDAH é a disgrafia. Nesse caso, os educadores podem usar a técnica da prova oral, como maneira de facilitar o entendimento;
  • Dever de casa estrategicamente fragmentado: isso contribui para que o aluno assimile os conteúdos, respeitando o seu próprio tempo de aprendizado.

3 – Entenda e escute a criança: esta dica é para que os professores conheçam o pequeno e, com isso, contribua para o seu bem-estar. Nesse sentido, é muito bom motivá-la e mostrar a ela que o seu processo de aprendizagem pode ser protagonizado por ela mesma. Portanto, o profissional também pode perguntar ao próprio aluno se ele precisa de algum auxílio ou material para facilitar o seu entendimento;

4 – Proporcionar ambientes estruturados: este item é fundamental para a definição dos limites para crianças com TEA\TDAH:

  • Planejar o tempo delas de forma precisa, anotar, fazer listas, calendários e definição de horário;
  • Instrumentação das ações para que os alunos executem.

5 – Dividir as tarefas: é importante estabelecer esses passos sequenciados, pois dessa maneira o aluno com TDAH consegue assimilar melhor as informações. Segundo os estudiosos, essa é uma das técnicas mais efetivas;

6 – Apostar no lúdico: utilizar o brincar como chance de gerar oportunidades à criança com TDAH participar, envolver-se, despertar para atividades divertidas, criativas, originais e não rotineiras. Aliás, promover possibilidades para que os engajamentos com relação às tarefas aconteçam;

7 – Utilização de instrumentos: é preciso proporcionar ferramentas de estudo para o aluno a fim de esquematizar os conteúdos. Contudo, são diversos elementos que devem ser orientados e estruturados para execução das propostas trabalhadas.

  • As tarefas precisam estar com instruções claras e objetivas.

A presença de terapeutas ajuda nessas intervenções educacionais no TEA e TDAH?

Muitas instituições escolares contam com psicopedagogos e psicólogos em seus quadros de funcionários. Entretanto, é sabido que nem todo mundo tem acesso aos mesmos serviços, seja pela estrutura da escola ou até mesmo a localidade.

Assim sendo, é importante que os pais das crianças com TEA e TDAH consigam tratamento para seus filhos. A partir desse contato, os professores podem aproveitar a oportunidade e estabelecer uma ligação com os profissionais responsáveis pelas intervenções.

Para isso, a indicação é que os pais sirvam de ponte entre a clínica e a sala de aula; no sentido de possibilitar esse intercâmbio de informações. Consequentemente, os professores e os terapeutas encontram possibilidades de desenvolverem um trabalho em conjunto e que vai fortalecer os manejos, as modificações e as adaptações necessárias.

Por que é importante se especializar?

Muito mais que alavancar a carreira, a especialização permite o aprofundamento dos estudos. Dessa forma, tornar-se um especialista nas abordagens trabalhadas aqui é uma chance de mergulhar em um universo de bastantes aprendizados e práticas.

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