Olá professor!

Você sabe como trabalhar a integração sensorial do aluno TEA?

Com o enorme número de casos de autismo diagnosticados a cada dia que se passa (1 a cada 68 crianças), cresce a preocupação em entender melhor esse quadro e encontrar novas formas de auxiliar os alunos TEA em sala de aula

Crianças TEA sempre exibem sintomas de disfunção sensorial, tornando difícil para elas processar as informações trazidas pelos seus 5 sentidos. E é neste processo que a integração social deve ser trabalhada.

Pensando na importância deste assunto, hoje em nosso Blog o contéudo traz informações, abordagens e estratégias para desenvolver e receber muito bem os pequenos no ambiente escolar.

Vamos ler?

INTEGRAÇÃO SENSORIAL: UMA ABORDAGEM PARA CRIANÇAS TEA

Com o enorme número de casos de autismo diagnosticados a cada dia que se passa (1 a cada 68 crianças), cresce a preocupação em entender melhor esse quadro e encontrar novas formas de auxiliar as pessoas que estão no espectro do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Desde o início de suas pesquisas sobre integração sensorial foi evidente que a integração sensorial poderia ser uma boa ferramenta no tratamento das crianças com autismo, já que a grande maioria deles apresenta distúrbios no processamento sensorial.
A integração sensorial é o processo do cérebro para organizar e interpretar os estímulos externos como o movimento, o toque, o cheiro, o olhar e o som. Crianças autistas sempre exibem sintomas de disfunção sensorial, tornando difícil para elas processar as informações trazidas pelos seus 5 sentidos.

As crianças TEA podem ter um comprometimento sensorial leve, moderado ou intenso, manifestando-se tanto pela hipersensibilidade ou pela hiposensibilidade ao toque, som, etc. Por exemplo, a criança hipersensível pode evitar ser tocada enquanto uma hiposensível vai procurar pelo estímulo de sentir os objetos e pode gostar de ficar em lugares apertados, restritos ou quentes (camas com muitas cobertas ou armários por ex.).

Muitos comportamentos comumente vistos como “comportamentos autísticos” tipo: andar na ponta dos pés, balançar as mãos e ficar rodopiando, podem ser na verdade sintomas de disfunção da integração sensorial.

Sabemos que isto também inclui: distúrbios da audição (crianças que não suportam determinados sons), tátil ( Não permitir toque ou abraço, ou não suportar roupas ou sapatos), visual (visão focal ou má coordenação visuomotora), de “paladar” (distúrbios de alimentação) ou contato oral, de cheiros (Hiper ou Hipo sensibilidade a certos cheiros), e em suma, a tudo relacionado com os sentidos.

Obviamente, nem todas as crianças apresentam os sintomas com a mesma intensidade, mas deve-se ficar atento aos pequenos e grandes sinais de disfunção. Esta condição está presente entre 45 e 96% das crianças com Autismo.

Por isso, é importante os cuidados com o sistema sensorial estarem devidamente integrados nos cuidados e planos de intervenção precoce, como em combinação com outras terapias.

Atualmente sabemos que, além dos problemas de modulação, que foram o maior foco até recentemente, a dificuldade nas praxias também impacta o desenvolvimento da pessoa com TEA. Muitas vezes a mesmice nas brincadeiras é causada por uma dificuldade de saber o que fazer com as coisas, o que chamamos de falta de ideação.

A criança aprende que uma brincadeira funciona e repete sempre a mesma, não aceitando variações. Ou não consegue planejar como jogar uma bola ou como antecipar para pegá-la e se desinteressa da brincadeira.

A dispraxia é um fator muito limitante ao aumento de repertório de brincadeiras. Muitas vezes a criança com dispraxia parece ter uma integração sensorial adequada porém, o mau processamento do sistema vestibular, tátil e proprioceptivo, fazem com que a praxia seja pobre, inclusive precisamos saber mais sobre dispraxia.

Agora que já sabem o que é Integração sensorial, como também que a maioria das crianças autistas apresentam um perfil de TPS. Parem um pouco e reflitam: como deve ser para essa criança frequentar a escola? Pois a escola é rica em estímulos sensoriais são eles auditivos, visuais, táteis, olfatórios.

Desse modo, os professores necessitam elaborar mecanismos para adequar o ambiente escolar de acordo com o perfil sensorial de cada aluno.

A seguir, seguem algumas dicas de como transformar esse ambiente em algo acolhedor.

 

Organização do espaço físico

Ao planejar uma atividade selecione previamente os materiais necessários e busque eliminar todos os estímulos que podem atrapalhar sua execução.

Outro ponto importante é manter as crianças distantes de janelas e portas, pois apresentam uma grande circulação de pessoas e podem atrapalhar no desenvolvimento das atividades pedagógicas, principalmente aquelas que exigem maior atenção e concentração.

Organização sensorial do ambiente

Assim como a organização do espaço físico também é importante a adequação sensorial do ambiente externo. Assim, pode-se utilizar mecanismos como: avisar quando uma atividade inicia, seu período de desenvolvimento e a finalização por intermédio de recursos sonoros (como músicas) ou movimentos.

Além disso, buscar minimizar a presença dos ruídos de fundo (externos e internos) durante as atividades, como também utilizar um tom de voz baixo para chamar a atenção da turma.

A criação de um quadro de rotina facilita muito a participação do aluno na classe. É interessante criar algo que a criança possa tocar, cheirar, colar, de modo que o professor considere o perfil sensorial que proporcione uma melhor compreensão do contexto e organização do aluno.

Materiais e brincadeiras

Alguns materiais são utilizados nesse processo de descoberta sensorial da criança. É necessário permitir o manuseio de diferentes texturas como: ásperas, lisas, com formas e pesos distintos, peças tridimensionais. Como também, lápis de cor, giz de cera, massa de modelar, argila, entre outros. Outra dica é o uso de engrossadores para lápis, pois permitem o refinamento da escrita.

Os distúrbios sensoriais afetam negativamente a qualidade de vida das pessoas e reduzem o impacto dessa doença, e até mesmo melhoram o trabalho de outros terapeutas que trabalham com a criança; sem falar na qualidade de vida dos pais, é claro!

O ser humano é um ser sensível, ignorar este princípio e não tratar adequadamente os sentidos sensoriais é ignorar as ferramentas que nos ajudam no básico e fundamental.

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