Olá Professor,
 
Você já ouviu falar em DISPRAXIA ou “Síndrome do Desastrado”? Esse Transtorno nada mais é que a falta de coordenação motora, verbal ou escrita!
 
Se você já conheceu algum aluno que tropeça em coisas, tem dificuldade em amarrar os sapatos, dificuldade na escrita e seu equilíbrio é comprometido, possivelmente ele tem o diagnóstico de Dispraxia.
 
E aí vem a pergunta: como identificar? Quais os sinais entre dispraxia ou uma simples capacidade motora tardia? Será que esse aluno que esta tendo dificuldades até nas brincadeiras com os amigos, não tem esse Dispraxia?
 
E o que fazer? Quais tratamentos e o papel do professor?
Saiba mais aqui nesta matéria, que compartilhamos com você!
 
Ótima leitura de férias 😉
 
 
ENTENDA A DISPRAXIA OU “SÍNDROME DO DESASTRADO”!
 
Popularmente conhecida como “síndrome do desastrado” a dispraxia é uma disfunção motora neurológica que impede o cérebro de desempenhar os movimentos corretamente.
 
 É também conhecida por outros nomes como: disfunção motora, distúrbio do desenvolvimento da coordenação motora ou como dificuldade de percepção. 
 
Trata-se de uma condição que normalmente se apresenta na infância e quando diagnosticada precisa da ajuda dos pais, familiares, professores e profissionais de saúde para que possa ser tratada de forma adequada. 

A criança “dispráxica” apresenta dificuldade e lentidão na execução de habilidades motoras que podem ser: 
 
 
Habilidades motoras grossas – Dificuldade de realizar movimentos que envolvem os grandes músculos do corpo ou grupos de músculos que permitem andar, pular, correr, pular em uma perna só, ou jogar um objeto. 

Habilidades motoras finas – Dificuldade na execução de tarefas que são realizadas pelos pequenos músculos do corpo, como os músculos das mãos, pés, cabeça ou do rosto (incluindo a língua e os lábios). São movimentos mais difíceis e delicados, como, escrever, desenhar, pintar, montar um quebra-cabeça, amarrar um sapato ou pentear os cabelos. 

A criança com dispraxia tem dificuldades também para organizar seus pensamento (planejar o que, e como fazer). 

 
 
As áreas que sofrem mais alterações são as do esquema corporal e a orientação têmpora espacial. Em alguns casos a linguagem não é afetada, a criança com dispraxia apresenta fracasso escolar, pois a escrita é a área mais comprometida, porém, estudos comprovam que a criança dispráxica pode aprender a digitar com rapidez, assim, com o uso do computador, o fracasso escolar pode ser superado, considerando que a parte cognitiva não é afetada.
 
 
Alguns tipos de dispraxia são: 

Dispraxia motora – Incluem dificuldades ao nível do esquema corporal e atraso na organização motora (vestir, comer, etc.). Pode, igualmente, estar associada à lentidão, imprecisão e dificuldades de planificação de movimentos simples: quando se chama vulgarmente uma criança de desajeitada ou atrapalhada; 

Dispraxia espacial – Caracterizada por uma desorganização do gesto, do esquema corporal e das relações com o espaço. Podem surgir, dificuldades de seriação e classificação, bem como de utilização de conceitos (ex: alto, baixo, etc.); 

Dispraxia postural – Dificuldades na postura, que se refletem num movimento realizado sem ritmo e com pouco controle; 

Dispraxia Verbal: perturbação do desenvolvimento da linguagem que se caracteriza por um déficit da fala: fonológico, fonético e na implementação do programa motor da fala. 

Diversos sinais permitem reconhecer uma dispraxia:
 
 
 – A má coordenação dos movimentos voluntários
 
– Falta de jeito
 
– Dificuldade na orientação espacial
 
 – Dificuldade em desenhar e escrever
 
 – Dificuldade em utilizar alguns objetos (tesouras, régua, compasso …)
 
 – Dificuldades em montar quebra-cabeças e jogos de construção
 
 – Cansaço ao aprender novos gestos.
 
Estes sintomas resultam numa falta de autonomia da criança. Na verdade, é difícil para ela executar tarefas simples como vestir-se, amarrar os sapatos ou cortar a carne.Ela também pode afastar-se de seus colegas por sua incapacidade em participar de certas brincadeiras. Não participar de certas atividades pode causar frustração na criança, é necessário aplicar técnicas para melhorar a auto-estima e ensiná-las a gerenciar.
 
Dispraxia: Diagnóstico e tratamento
 
Dispraxia geralmente é detectada na pré-escola e o diagnóstico feito dentro do campo neurológico e motor.
Quando identificado cedo, o problema é possível minimizar os sintomas.
Um psiquiatra pode prescrever medicamentos antidepressivos ou ansiolíticos e neurologista ou pediatra pode solicitar exames de TC ou outros.
Tratamentos para dispraxia visam melhorar as limitações da criança, a fim de integrá-las em atividades de grupo. Esta tarefa requer a ajuda de pais, professores, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, pediatras, etc.

Possíveis Complicações

Dispraxia, por vezes, pode ser conjugada com dislexia (distúrbio de aprendizagem) ou dislalia (problema de fala).
O problema é agravado quando os pais, familiares e professores privar as crianças de estímulos que poderiam ajudá-las a melhorar. É por isso que essas pessoas devem adquirir as habilidades necessárias para compreender e ajudar a criança, incentivá-la e ensinar habilidades.
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