Olá professor, tudo bem?

Alfabetização científica, você já ouviu falar?

O termo tem cada vez mais alcançando grande repercussão nos ambientes escolares, que vão desde a formação do professor até sua atuação em sala de aula.

As crianças estão envolvidas em um universo tecnológico e cientifico cada vez mais cedo, são curiosas e antes mesmo de entrar em uma escola querem saber de tudo que acontecem ao seu redor, e a alfabetização científica vem com o conceito que utiliza essa curiosidade e a ciência na construção da aprendizagem.

Desta forma, preparamos este artigo para que você possa aprofundar ainda mais seu conhecimento neste assunto, e entenda a importância da alfabetização cientifica em sala de aula.

Quer se profundar mais neste assunto? Confira na íntegra 😉

As crianças estão envolvidas em um universo tecnológico e cientifico cada vez mais cedo, são curiosas e antes mesmo de entrar em uma escola querem saber de tudo que acontecem ao seu redor e quando são inseridas no ambiente escolar não é diferente querem conhecer ao novo e o ensino de ciências possibilita que a criança use sua imaginação para fazer essa leitura de mundo mesmo ainda não sabendo dominar o código escrito.

A Alfabetização Científica se construída como um processo pelo qual se capacita um indivíduo a ler, compreender e expressar opinião sobre assuntos que envolvam a Ciência o capacita, para que se encontrem nesse percurso, organização de seus pensamentos de maneira mais lógica, e tal prática auxilia também, significativamente, na construção de uma consciência crítica em relação ao mundo que o cerca.

Assim, para que a Alfabetização Científica, nessa perspectiva ganhe evidência, emerge a necessidade de ensinar Ciência, de forma que os seus aprendizes possam se defrontar com problemas e sejam capazes de resolvê-los

Neste artigo, iremos falar sobre a importância da alfabetização científica, também conhecida como letramento científico, para o desenvolvimento de uma criança e na formação de cidadãos conscientes.

A alfabetização é um termo muito conhecido para quem não é da área da educação: todos sabem instintivamente que, quando falamos sobre alguém ser alfabetizado, quer dizer que essa pessoa aprendeu a ler e a escrever. No entanto, o termo alfabetização científica não é tão familiar, inclusive entre as pessoas que trabalham com educação.

Em meio a tantas definições confusas e até a um uso excessivo do termo em contextos não tão apropriados, a alfabetização científica continua sendo um tema muito falado, mas pouco cultivado.

Do mesmo modo que uma pessoa é alfabetizada para ter a competência de ler e interpretar o mundo que a cerca, a alfabetização científica deve munir conhecimentos científicos satisfatórios para que esta pessoa saiba decodificar fenômenos e deliberar problemas em sua realidade.

Quando falamos de alfabetização científica, a maior parte das pessoas pensa automaticamente apenas nas ciências da natureza, por isso é importante ressaltar que as ciências humanas também devem ser contempladas nesse conceito.

Utilizamos a expressão “Alfabetização Científica” alicerçadas na ideia de alfabetização concebida por Paulo Freire:

“…a alfabetização é mais que o simples domínio psicológico e mecânico de técnicas de escrever e de ler. É o domínio destas técnicas em termos conscientes. (…) Implica numa autoformação de que possa resultar uma postura interferente do homem sobre seu contexto.”

Paulo Freire ainda concebe a alfabetização como um processo que permite o estabelecimento de conexões entre o mundo em que a pessoa vive e a palavra escrita; e de tais conexões nascem os significados e as construções de saberes:

“De alguma maneira, porém, podemos ir mais longe e dizer que a leitura da palavra não é apenas precedida pela leitura do mundo, mas por uma certa forma de “escrevê-lo” ou de “reescrevê-lo”, quer dizer, de transformá-lo através de nossa prática consciente. Este movimento dinâmico é um dos aspectos centrais, para mim, do processo de alfabetização.”

Por que a alfabetização científica é importante?

As pessoas alfabetizadas cientificamente estudam como se deve questionar e o aprendizado se dá, sobretudo por meio do questionamento e da investigação. Desta forma, se tornam pessoas críticas, com pensamento lógico e que desenvolvem a destreza de argumentar.

A alfabetização científica é uma grande aliada da formação cidadã dos estudantes, já que tem como objetivo a apropriação dos conhecimentos científicos por parte dos alunos. Ela visa promover mudanças a fim de proporcionar benefícios para as pessoas, para a sociedade e para o meio ambiente.

Mas para que serve a Alfabetização Científica?

De modo prático, a alfabetização científica visa dar ao estudante condições de entender o processo pelo qual os conhecimentos científicos são formulados e validados.

Para tal, é necessário desenvolver no aluno habilidades, verificadas por indicadores tais como: raciocínio lógico, raciocínio proporcional, levantamento de hipóteses, teste de hipóteses, justificativa, previsão, explicação e argumentação.

Como trabalhar com a alfabetização científica nas escolas?

Na educação básica, é importante que o ensino parta de atividades problematizadas e que os alunos consigam relacionar os temas com a realidade deles. É fundamental que o ensino mostre a ciência como um elemento presente no dia-a-dia e que os conhecimentos adquiridos em sala de aula possam ser relacionados com a tecnologia, a sociedade e o meio ambiente.

Além disso, é de extrema importância que os estudantes compreendam o ser humano como parte do meio ambiente e que possam influenciá-lo de maneira positiva e/ou negativa e, assim, que também sejam influenciados por esse meio.

Desta maneira, estaremos não somente ensinando disciplinas nas escolas e sim formando cidadãos que terão capacidade de promover mudanças significativas em suas realidades.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Freire, P. (2005). A importância do ato de ler – em três artigos que se completam, São Paulo: Cortez.

_________. (1980). Educação como prática da liberdade, São Paulo: Paz e Terra.

CHASSOT, Attico.  Alfabetização Científica: questões e desafios para a educação. Ijuí: editora Unijuí, 2000.

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