Se você tem dúvidas sobre a Disgrafia, você precisa ler este conteúdo!

Olá professor, tudo bem?

Muitos são os desafios em sala de aula, e a disgrafia, um transtorno psicomotor que interfere na escrita, com certeza é um deles. E a questão é:

Professor, você sabe quais os tipos de disgrafia? Se ela está ligada ou não a comorbidades?

Antes de intervir, é necessário saber se este aluno tem mesmo disgrafia ou se apenas a escrita é defeituosa, se a disgrafia está ligada à surdez e aos transtornos de lateralidade ou em comorbidade com transtornos como o TDAH.

Diante destes e outros questionamentos, hoje em nosso Blog, você vai conferir um conteúdo que trará um pouco de clareza sobre este assunto, e também terá a oportunidade de saber mais sobre nossa capacitação on-line, com estratégias práticas e totalmente voltada para os transtornos que mais afligem os professores, pais e alunos dentro do ambiente escolar.

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DISGRAFIA ALIADA A COMORBIDADES: O QUE VOCÊ PRECISA SABER!

Será disgráfica toda criança cuja escrita seja defeituosa, quando não tem algum déficit neurológico ou intelectual importante que os justifique. Crianças intelectualmente “normais” escrevem devagar e de forma ilegível, fato que atrasa seu progresso escolar.

A palavra “disgrafia”, de origem grega, vem dos termos “graph”, que se refere à função da mão em escrever e às letras formadas pela mão, o prefixo “dys”, que indica a existência de um prejuízo, e o sufixo “ia” que faz referência à ter uma condição.

Assim, disgrafia seria uma condição de prejuízo em formar letras pela mão, ou seja, indica deficiência em caligrafia e às vezes também em ortografia.

O prejuízo na caligrafia pode interferir na aprendizagem ortográfica e para soletrar letras no processo de escrita. Apesar de raro, em alguns casos a criança apresenta dificuldades na ortografia, mas não na caligrafia e leitura.

Crianças com disgrafia não apresentam uma desordem primaria de desenvolvimento motor (que é outro fator causador de uma pobre caligrafia), mas elas podem ter dificuldades planejando movimentos sequenciais com os dedos como, por exemplo, tocar cada dedo da mão com o dedão (da mesma mão).

É um transtorno psicomotor que costuma surgir como parte da síndrome dispráxica ou dentro do quadro da debilidade motora. Surgem também disgrafias ligadas à surdez e aos transtornos de lateralidade ou em comorbidade com transtornos como o TDAH.

Crianças com este tipo de disgrafia associada ao TDAH podem responder bem a instruções caligráficas explícitas associadas à medicação estimulante, porém é essencial que o diagnóstico seja feito por um profissional capacitado, e que ambas (medicação e instruções) sejam acompanhadas.

A disgrafia pode ocorrer sozinha, associada à dislexia (prejuízo na habilidade de leitura), ou ainda associada a dificuldades de aprendizagem de linguagem oral e escrita.

Existem diferentes tipos de disgrafia.

Disgrafias posturais: referem-se à distintas dificuldades na escrita que se originam de uma má postura ao escrever.
– Apoiar-se sobre a mesa
– Agarrar-se à cadeira
– Folha centrada
– Zoom ocular: precisa aproximar muito a folha dos olhos
– Folha virada para a direita
– Escoramento cefálico: a criança sustenta a cabeça com a mão que não escreve ou apoia a cabeça sobre o braço, ficando apoiada sobre a mesa.
– Braço em forma de gancho: mão colocada acima da linha da escrita, o que a obriga a girá-la em demasia.
– Folha virada para esquerda

Disgrafias de preensão:
– Palmar: a criança pega o lápis com o polegar e os três ou quatro últimos dedos. O polegar está em cima do indicador.
– Preensão sobre a ponta do lápis
– Tetradigital: segura o lápis com a ponta dos dedos
– Falanges hiperarticuladas
– Lápis seguro entre o dedo indicador e o médio
– Bidigital: segurar o lápis com dois dedos
– Tridigital: com a polpa do dedo médio

Disgrafias posicionais:
– Verticalidade caída para trás
– Letras em espelho
– Confusão de letras simétricas como por exemplo, b e d.

Disgrafias relacionadas com o tamanho:
– Macrografias
– Micrografias

Disgrafias espaciais:
– Interalinhado regular
– Texto margeado à esquerda

O QUE FAZER?

Acomodar: Reduza o impacto que a escrita tem na aprendizagem ou expressão de conhecimento, sem alterar substancialmente o processo ou o produto;

Modificar: Mude as atribuições ou expectativas para satisfazer necessidades individuais do aluno para a aprendizagem;

Remediar: Providencie instruções e oportunidades para aperfeiçoar a caligrafia.

Ao considerar-se acomodando ou modificando as expectativas ao lidar com a grafia, considerar as alterações em:

Taxa de produção de obras, escrita

Volume do trabalho a ser produzido;

 Complexidade da tarefa escrita;

Ferramentas utilizadas para produzir o produto escrito;

Formato do produto.

Atividades de Aperfeiçoamento

Transtornos da inclinação
Desenhar linhas paralelas.
Desenhar ondas e linhas retas paralelas.
Recortar tiras de papel paralelas.
Numa folha de papel desenhar pontos em ambos os extremos que a criança deve unir. Realizar também atividades de escrita procurando terminar em locais adequados.

É importante que uma avaliação completa da caligrafia e de habilidades de áreas relacionadas seja efetuada para que se construa um plano de instrução especifico em todas as habilidades deficientes que podem estar interferindo na aprendizagem da linguagem escrita.

Apesar da intervenção precoce ser desejada, nunca é tarde para intervir e aperfeiçoar as habilidades deficientes em um estudante e providenciar acomodações apropriadas.

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