Olá, professores!

Primeiramente, quando estamos em uma sala de aula, exercendo a nossa profissão, muitas coisas precisam ser esclarecidas de forma que facilite o processo educacional. Além disso, quanto mais informados, maiores são as chances de proporcionar às crianças as diretrizes e os conteúdos necessários à sua demanda educacional.

Nesse sentido, falar sobre condições que interferem no aspecto pedagógico é fundamental. Diante de tal importância, o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e a Dislexia devem ser explicados e colocados em evidência, sobretudo suas principais diferenças sintomáticas. Assim sendo, ambos serão evidenciados neste artigo a fim de que vocês, educadores, estejam a par dos pontos que distanciam um transtorno do outro.

Quais as principais diferenças entre o TDAH e a Dislexia?

De maneira frequente, ambos costumam ser confundidos em função de uma relativa proximidade que compartilham, sobretudo no período de alfabetização escolar. Inclusive, seus sintomas mais perceptíveis costumam ser notados em casa, mas é no contexto da sala de aula que esses sinais ficam mais evidentes, por conta da expertise dos educadores.

No entanto, sempre é bom lembrar que esclarecer tais aspectos sintomáticos é fundamental. Em outras palavras, estabelecer as diferenças existentes entre eles contribui de forma essencial no direcionamento das estratégias pedagógicas, psicopedagógicas e até clínicas (se houver comorbidades). Assim sendo, qual a diferença entre eles?

TDAH –

No TDAH, o eixo sintomático está dividido em três subgrupos. Nesse sentido, a criança pode manifestar o TDAH desatento, hiperativo e impulsivo. Portanto, vejam alguns detalhes de cada um:

Desatento:o aluno tende a evitar qualquer atividade que exija concentração ou esforço mental; não consegue organizar e planejar tarefas; pode ser constantemente influenciado por fatores externos, prejudicando sua atenção durante as aulas e demais obrigações escolares; dificuldade para seguir instruções, entre outras.

Hiperativo: a criança não consegue ficar muito tempo parada em sua carteira; movimenta os pés e as mãos com intensidade; não se concentra em atividades que exijam silêncio, entre outras.

Impulsividade:o pequeno costuma responder antes que a pergunta seja completamente concluída; ele tende a não esperar pela sua vez; interrompe o raciocínio de seus interlocutores.

Dislexia –

Na Dislexia, o aluno apresenta sintomas voltados para a questão da decodificação. Com efeito, as principais características observadas são as seguintes:

– Dificuldade na ortografia: a criança pode omitir, adicionar, substituir vogais e consoantes;

– Déficit na leitura: o ato de ler geralmente se mostra lento e com uma perceptível imprecisão. Além disso, o pequeno demonstra dificuldade para soletrar palavras.

– Problemas para interpretação: neste caso, o aluno pode encontrar dificuldades para entender o sentido daquilo que ele lê.

– Dificuldade para expressão escrita: caracterizado por erros de gramática e pontuação em frases. Aliás, a criança tende a escrever sem muita clareza.

Como definir o TDAH?

Inicialmente, o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é caracterizado pela frequência de sintomas aos quais estão ligados a três eixos: a desatenção, a hiperatividade e a impulsividade. Ademais, é importante ressaltar que esses aspectos sintomáticos costumam se manifestar em níveis disfuncionais e interferem no desempenho acadêmico.

Qual a definição para a Dislexia?

Assim como o TDAH, a dislexia deve ser classificada como um transtorno. No entanto, ela é específica da aprendizagem. Com isso, pode-se dizer que uma de suas principais características é a existência de uma dificuldade constante e persistente na prática de leitura. Dessa forma, vale ressaltar que isso é resultado de um déficit na decodificação.

Curiosamente, a capacidade de compreensão da linguagem oral encontra-se preservada, diferente do que é observado nas situações em que são reveladas as dificuldades primárias.

Qual o papel da escola?

Em ambos os casos, a instituição deve, por meio de seus educadores e psicopedagogos, pautar-se em orientações dos terapeutas das crianças. No entanto, é preciso estabelecer contatos com os pais do aluno a fim de que sejam providenciadas as intervenções necessárias. Por fim, é importante ressaltar que com essas medidas (e o devido tratamento) o pequeno pode apresentar progressos consideráveis no decorrer de sua vida acadêmica.

Referência:

MARTINS, Priscila S. Déficit de atenção e dislexia na escola. ABDA: Associação Brasileira de Déficit de Atenção, 2016.

RODRIGUES, Sônia das Dores; CIASCA, Sônia Maria. Dislexia na escola: identificação e possibilidades na escola. Revista Psicopedagogia, São Paulo, v. 33, n. 100, 2016.  

ROHDE, Luis Augusto et al. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade. Revista Brasileira de Psiquiatria, São Paulo, v. 22, n. 2, 2000.

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