dificuldades-de-aprendizagem

Olá, professores!

Inicialmente, falar sobre educação é algo que merece toda a atenção, pois a dinâmica exigida deve contar com o conhecimento de técnicas e a experiência de todos vocês. Em função disso, existem tópicos nos quais educadores e todos aqueles que atuam em ambiente escolar precisam esclarecer a fim de que soluções sejam apresentadas para o aproveitamento das crianças.

Assim sendo, especificar detalhes referentes ao processo pedagógico é essencial. Com isso, dentro desta concepção, falaremos hoje sobre as dificuldades de aprendizagem e os transtornos de aprendizagem. Antecipadamente, é inegável que discernir um do outro apresenta um caráter crucial para a proposição de intervenções eficazes.

O que é dificuldade de aprendizagem?

A princípio, pode-se afirmar que a dificuldade de aprendizagem é definida como uma desordem cujas causas podem ser bastante variadas. Em outras palavras, o aluno que demonstra estar nesta situação tende a vivenciar alguma condição externa pela qual o aprendizado vai ser impactado.

Para se ter uma ideia, casos em que a criança vivencia processo de separação dos pais, perda de algum ente querido ou animal de estimação, bullying e inadequação com a turma podem funcionar como gatilhos para que o pequeno tenha esse bloqueio diante dos conteúdos dados em sala de aula. No entanto, vale ressaltar que outras circunstâncias também podem contribuir para isso.

Entretanto, alguns estudos ressaltam que a dificuldade de aprendizagem está ligada a problemas de ordens mais abrangentes. Nesse sentido, Lima e Pessoa (2007) salientam que essa dificuldade é um déficit que pode se manifestar, inclusive, na leitura e na escrita.

Além disso, as pesquisadoras enfatizam que, por conta desse aspecto, chegar ao diagnóstico representa uma dificuldade considerável. Aliás, Lima e Pessoa (2007) sinalizam que a escolha por uma intervenção adequada também pode gerar outra dúvida, uma vez que não existe um consenso definido entre estudiosos sobre qual a melhor abordagem.

No entanto, o acompanhamento feito por psicopedagogos se mostra como muito eficiente para contribuir com o desenvolvimento do aluno. Alves (2015) explica que o trabalho da psicopedagogia vem ao encontro da criação de competências e habilidades para a solução de problemas.

O que é transtorno de aprendizagem?

Por outro lado, o processo educacional pode evidenciar os transtornos de aprendizagem. Com isso, a definição é de que eles impactam os aspectos voltados para o neurodesenvolvimento. Assim sendo, a capacidade do cérebro para percepção e processamento de informação verbal ou não verbal sofre tais influências. (CRENITTE, 2019).

Além disso, ressalta-se que esse quadro de transtorno de aprendizagem tem o caráter de persistência; portanto, não é transitório. Inclusive, pesquisas da área revelam que o desempenho de um aluno diagnosticado tende a ser abaixo da média esperada. Aliás, para Crenitte (2019), a prevalência gira em torno de 5% a 15% das crianças em idade escolar.

Por falar em diagnóstico, para que o especialista detecte o transtorno de aprendizagem, ele deve realizar uma avaliação clínica e abrangente. Afinal, não há testes que possam ser feitos por meio de neuroimagem ou exames genéticos cuja resposta para a ocorrência do transtorno seja elucidada.

A propósito, alunos com os transtornos de aprendizagem podem apresentar dificuldade de leitura, escrita e matemática. Ou seja, a criança tende a manifestar tanto a dislexia, a disgrafia e a discalculia.

Quais são as principais diferenças entre as dificuldades e os transtornos de aprendizagem?

Enquanto as dificuldades de aprendizagem têm o caráter mais geral, os transtornos são os mais específicos. Vejam outros:

– A dificuldade faz com que o aluno tenha mais problemas para assimilar e acompanhar os conteúdos dados em sala de aula. Por outro lado, o transtorno tem implicações na função neurológica de assimilação para competências de matemática, escrita e leitura.

– A dificuldade tem influência externa, já o transtorno é influenciado por fatores biológicos na maior parte dos casos.

Em ambos os casos, o acompanhamento feito por especialistas é o melhor caminho para se buscar soluções e melhorar o desenvolvimento do aluno.

Referências

ALVES, Antônia Regina dos Santos Abreu. Um olhar psicopedagógico para as dificuldades de aprendizagem. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 12., 2015, Curitiba, PR. Anais […]. Teresina: UFPI, 2014.

CRENITTE, Patrícia Abreu Pinheiro. Dificuldade e transtorno de aprendizagem. São Paulo: USP, 2019.

LIMA, Tereza Cristina Ferraz de; PESSOA, Ana Cláudia Rodrigues Gonçalves. Dificuldade de aprendizagem: principais abordagens terapêuticas discutidas em artigos publicados nas principais revistas indexadas no LILACS de fonoaudiologia no período de 2001 a 2005. Revista CEFAC, São Paulo, v. 9, n. 4, 2007.

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