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Como já sabemos o TEA é como um distúrbio do desenvolvimento neurológico que deve estar presente desde a infância apresentando déficit nas dimensões sócio comunicativa e comportamental (DSM – V, 2013).

Mas como identificar e qual programa de atendimento adequado para nosso pequeno TEA?

DIAGNÓSTICO E PROGRAMAS DE ATENDIMENTO PARA O TEA
por Maria Eduvirges Guerreiro Leme

O TEA como um distúrbio do desenvolvimento neurológico que deve estar presente desde a infância apresentando déficit nas dimensões sócio comunicativa e comportamental (DSM – V, 2013).

Critérios Diagnósticos de acordo com o DSM-V

Déficits persistentes em comunicação social e interação social em múltiplos contextos, manifestados como se segue, atualmente ou por histórico:

  • Déficits na reciprocidade social-emocional, variando, por exemplo, desde uma abordagem social anormal e falha no diálogo normal até um compartilhamento reduzido de interesses, emoção ou afeto, até uma falha em iniciar ou responder à interação social.
  • Déficits em comportamentos comunicativos não verbais usados para interação social, variando, por exemplo, desde comunicações verbais e não verbais pobremente integradas a anormalidades no contato visual e linguagem corporal ou déficits em compreender e usar gestos, até a ausência total de expressões faciais e comunicação não verbal.
  • Déficits no desenvolvimento, manutenção e compreensão dos relacionamentos, variando, por exemplos, desde dificuldades em ajustar o comportamento aos diferentes contextos sociais a dificuldades em compartilhar jogos imaginativos, até a ausência de interesse nos semelhantes.

Padrões de comportamentos, interesses ou atividades restritos e repetitivos, como manifestado por pelo menos dois dos seguintes, atualmente ou por histórico:

  • Movimentos motores, uso de objetos ou fala estereotipada ou repetitivos (ex: estereotipia motora simples, alinhar brinquedos ou virar objetos, ecolalia, frases idiossincráticas).
  • Insistência na monotonia, adesão inflexível à rotina ou padrão ritualizado de comportamentos verbais ou não verbais (ex: estresse extremos à pouca mudança, dificuldade com transições, padrões de pensamento rígidos, rituais de cumprimento, necessidade de pegar o mesmo caminho ou comer a mesma comida todo dia).
  • Interesses fixos e altamente restritos que são anormais em intensidade e foco (ex: forte apego ou preocupação com objetos não usuais, interesses excessivamente restritos ou perseverantes).
  • Hiper ou hiper-reatividade a estímulos sensoriais ou interesse não usual em aspectos sensoriais do ambiente (ex: aparente indiferença à dor ou à temperatura, resposta adversa a sons e texturas específicos, excessivo tocar ou cheirar objetos, fascinação visual em relação à luz ou movimento.

Existem vários sistemas de diagnósticos para a classificação do autismo. Os mais comuns são: a Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde, ou o CID-10, e o Manual de Diagnóstico e Estatística de Doenças Mentais da Academia Americana de Psiquiatria, ou DSM-V.

No Reino Unido, também é bastante utilizado o CHAT (Checklist de Autismo em Bebês, desenvolvido por Baron-Cohen, Allen e Gilberg), que é uma escala de investigação de autismo aos 18 meses de idade.

Uma vez diagnosticado o autismo em crianças, estas devem ser submetidas a uma intervenção educacional rapidamente. Os tipos mais usuais de intervenção são:

 TEACCH – Tratamento e educação para crianças autistas e com distúrbios correlatos da comunicação.

O TEACCH foi desenvolvido nos anos 60 no Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade da Carolina do Norte, Estados Unidos, e atualmente é muito utilizado em várias partes do mundo. O TEACCH foi idealizado e desenvolvido pelo Dr. Eric Schoppler, e atualmente tem como responsável o Dr. Gary Mesibov.

O método TEACCH utiliza uma avaliação chamada PEP-R (Perfil Psicoeducacional Revisado) para avaliar a criança levando em conta os seus pontos fortes e suas maiores dificuldades, tornando possível um programa individualizado. O TEACCH se baseia na organização do ambiente físico através de rotinas – organizadas em quadros, painéis ou agendas – e sistemas de trabalho, de forma a adaptar o ambiente para tornar mais fácil para a criança compreende-lo, assim como compreender o que se espera dela.

Através da organização do ambiente e das tarefas da criança, o TEACCH visa desenvolver a independência da criança de modo que ela necessite do professor para o aprendizado, mas que possa também passar grande parte de seu tempo ocupando-se de forma independente. Uma crítica ao TEACCH é que ele supostamente “robotizaria” as crianças.

ABA – Análise aplicada do comportamento. O tratamento comportamental analítico do autismo visa ensinar à criança habilidades que ela não possui, através da introdução destas habilidades por etapas.

Cada habilidade é ensinada, em geral, em esquema individual, inicialmente apresentando-a associada a uma indicação ou instrução. Quando necessário, é oferecido algum apoio que deverá ser retirado tão logo seja possível, para não tornar a criança dependente dele.

O primeiro ponto importante é tornar o aprendizado agradável para a criança. O segundo ponto é ensinar a criança a identificar os diferentes estímulos.

A principal crítica ao ABA é também, como no TEACCH, a de supostamente robotizar as crianças. Outra crítica a este método é que ele é caro.

PECS – Sistema de comunicação através da troca de figuras. O PECS foi desenvolvido para ajudar crianças e adultos autistas e com outros distúrbios de desenvolvimento a adquirir habilidades de comunicação.

O sistema é utilizado primeiramente com indivíduos que não se comunicam ou que possuem comunicação, mas a utilizam com baixa eficiência.

O PECS visa ajudar a criança a perceber que através da comunicação ela pode conseguir muito mais rapidamente as coisas que deseja, estimulando-se assim a comunicar-se.

Existem outras formas de tratamento como tratamentos psicoterapêuticos, fonoaudiólogos, equoterapia, musicoterapia e outros, que não tem uma linha formal que os caracterize no tratamento do autismo, e que por outro lado dependem diretamente da visão, dos objetivos e do bom senso de cada profissional que os aplica.

Considerando a necessidade das crianças TEA observamos que apresentam grande dificuldade de comunicação social, no desenvolvimento de habilidades: como atenção compartilhada (prestar atenção a mesma atividade ou observação de outra pessoa); e o compartilhar experiências emocionais com outros. Diante dessa questão, os princípios da abordagem interacionista, responsiva, motivacional e lúdica, tem sido facilitadora para melhoria do desenvolvimento da pessoa TEA¸ que são estratégias de envolvimento, acolhimento para atendimento da necessidade do TEA.

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Grupo Rhema Educação

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