Olá professor, tudo bem?

Você se considera capaz em lidar com alunos com deficiência intelectual em sala de aula? E quais estratégias utiliza para desenvolver estes alunos?

É importante ressaltar que a construção de uma autonomia moral e intelectual só ocorre em ambientes nos quais as crianças tem oportunidades de fazer opções e vivenciar as conseqüências de suas escolhas.

Tal prática favorece a criança opções de escolha sobre o que quer aprender, possibilita maior envolvimento, bem como a vivencia de poder atuar intelectualmente diante de uma tarefa, tornando as atividades mais significativas.

Que tal se aprofundar um pouco mais neste assunto, e se capacitar para esta situação em sala de aula? O seu pequeno merece o melhor ensino e as melhores estratégias!

Vamos ler?

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: INTERVENÇÃO E ESTRATÉGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO DOS ALUNOS

Sabemos que ao tratarmos de inclusão da pessoa com deficiência intelectual na escola regular, nos deparamos com indagações dentre os quais podemos destacar se a educação inclusiva é uma prática ou um grande discurso?

Tendo em vista que mesmo havendo modificações significativas, um grande número de professores alega não estar capacitado para trabalhar com pessoas com deficiências, consideramos que tantas dúvidas e impasses que cercam a educação inclusiva atualmente, podem afetar ou desencadear inseguranças, tantos para educadores quantos para educandos, o que na atuação do professor pode ficar explícito, também no que se refere a aceitação do educando que foi inserido em uma escola regular.

É necessária a tentativa de compreender quais os benefícios que a relação do educador com o educando, em especial o que apresenta deficiência intelectual, pode contribuir para o processo de aprendizagem.

Por muito tempo, preconizou a ideia que para atender a diferença na sala de aula eram necessárias atividades diferenciadas aos alunos com deficiência, realizando adaptações curriculares, não considerando o conteúdo trabalhado.

As adaptações seriam atividades facilitadas, simplificadas ou mesmo em atividades geralmente de ordem prática (atividades manuais, de percepção, memorização, etc) que definiam, a priori, o que o aluno seria capaz de fazer, limitando ainda sua possibilidade de lidar com atividades de caráter conceitual.

A DINÂMICA PARA ESTE ALUNO AEE

É importante ressaltar que a construção de uma autonomia moral e intelectual só ocorre em ambientes nos quais as crianças tem oportunidades de fazer opções e vivenciar as consequências de suas escolhas. Tal prática favorece a criança opções de escolha sobre o que quer aprender, possibilita maior envolvimento, bem como a vivência de poder atuar intelectualmente diante de uma tarefa, tornando as atividades mais significativas.

Assim, ao disponibilizar ao aluno a possibilidade de escolher as atividades que deseja realizar, permite ao mesmo sair de uma posição passiva diante da aprendizagem, sendo construtor de o próprio saber. Desta forma, o professor deve disponibilizar diversas atividades dentro do mesmo contexto trabalhado, a fim de que o aluno possa optar qual deseja realizar.

Estilos de Aprendizagem

Quanto mais diversificados e adequados às diferenças de ritmo e estilos de aprendizagem dos alunos forem os métodos de ensino, menores serão as barreiras para sua a aprendizagem.

  • Aprendizagem Significativa: Entende-se que nesta forma de aprendizagem, o aluno com deficiência intelectual aprende significativamente quando estabelece conexões do novo conteúdo com conceitos já conhecidos. Nesse processo de construção, não ocorre uma simples associação, mas uma interação entre os conceitos pré existentes e a nova informação, os quais servem de ancoradouro para que o novo possa adquirir significado para o sujeito.
  • Aprendizagem Mecânica: Ocorre quando os novos conhecimentos são armazenados sem relação com os já existentes na estrutura cognitiva. Para constituir aprendizagem alguma associação deve ocorrer, porém não no sentido de interação e, portanto, pouco ou nada contribui para a construção ou transformação do conhecimento.

Assim sendo, as novas informações são incorporadas e assimiladas, porém essa relação acaba por modificar esses esquemas prévios, ocasionando uma transformação do conhecimento, sendo assim as aprendizagens significativas consideram, então, as experiências anteriores e conhecimentos previamente elaborados pelo aluno.

ESTRATÉGIAS PARA SALA DE AULA

Cabe ressaltar, que não existe um método ideal para o direcionamento das atividades para os alunos com deficiência intelectual, de forma alguma se propõe que deva ser utilizada uma gama de métodos indiscriminadamente. Mas sim, refletir constantemente sobre o processo de ensino e aprendizagem, ou seja, sobre a própria prática e sobre as oportunidades de interação do aluno com o objetivo de conhecimento, a fim de avaliar a eficácia das estratégias, bem como propor adaptações e/ou alteração de procedimentos.

Enfim, quanto mais diversificados e adequados às diferenças de ritmo e estilos de aprendizagem dos alunos forem os métodos de ensino, menores serão as barreiras de aprendizagem. O planejamento é o fio condutor do processo ensino-aprendizagem. É nele que os objetivos são articulados às estratégias, ou seja, é por meio dele que as práticas educacionais tornam-se adequadas às reais necessidades dos alunos.

Isso não significa dizer que o planejamento é algo estanque, fechado e completo, pelo contrário, o importante é manter o planejamento como uma prática permanente de crítica e reflexão. Portanto, o planejamento é entendido como um processo, ou seja, ele deve ser flexível e passível de alterações sempre que necessário.

O professor deverá examinar sua prática em sala de aula constantemente, verificando as modificações necessárias no planejamento, buscando reajustá-lo de forma a atender às necessidades educacionais dos alunos, para essa tomada de consciência é necessário questionar-se:

  • Por que será que o aluno não construiu o conhecimento quando eu utilizei este método específico?
  •  Quais foram os processos mentais que ele utilizou para chegar a determinada resposta?
  • O que ele já sabe a respeito desse conhecimento?
  • O que ele ainda não sabe, mas está em vias de aprender?
  •  Que outras estratégias educacionais eu posso utilizar para mediar à construção desse conhecimento?

Assim sendo, o professor deverá explorar todos os canais de conhecimento da criança, sua experiência com o mundo, suas formas de interação e suas maneiras particulares de aprender, sendo um observador, apoiado pela equipe pedagógica da escola que deve possibilitar recursos para melhor organização das condições em que se ensina.

O PAPEL DA ESCOLA

A escola assume, assim, papel primordial nesse processo, extrapolando o compromisso com a aprendizagem dos estudantes, devendo assumir também responsabilidade na promoção do desenvolvimento de sua capacidade intelectual. Principalmente no que se refere aos alunos com deficiência – particularmente intelectual –, considerando que o foco, na escola, é a aprendizagem.

Assim, agrupar alunos com deficiência intelectual com outros de idade cronológica inferior ou com o “mesmo nível de desenvolvimento”, ou relegá-los a atividades paralelas “mais simples”, ou, ainda, reduzir o tempo de permanência em sala de aula, sob a alegação de que não são capazes de acompanhar o restante do grupo, é exatamente o oposto do que deveria ser feito.

A infantilização e a subestimação da pessoa com deficiência intelectual podem ser as principais barreiras a sua inclusão.

Ao fazê-lo, não só lhes negamos um direito que é legítimo e assegurado – o acesso à educação –, como também a oportunidade de transformar e expandir seus horizontes e possibilidades através do desenvolvimento de sua capacidade intelectual.

Sem se dar conta cada professor e aluno lidam na sala com sentimentos de admiração, de respeito, que são transferidos para o professor, assim sendo importante perceber que uma boa relação consiste em uma relação de compreensão, de mediação, para que os vínculos sejam desenvolvidos de forma positiva, isto acontece de forma natural na relação educador- educando, assim como nas outras relações humanas.

Considerando muitas vezes a complexidade das relações humanas, o estudo de vínculos se faz necessário, pois a partir dele os sujeitos se constituem, para assim percebermos a relevância das relações vinculares para o processo de aprendizagens.

O Trabalho com o aluno em Sala de aula

É fundamental para o desenvolvimento do trabalho em sala de aula, que o aluno sinta-se aceito, fazendo parte do contexto, participando de todos os momentos oferecidos nas aulas. Ex: Quanto aos materiais didáticos oferecidos em sala de aula, como os livros didáticos, por exemplo, é necessário que o aluno com deficiência também receba e tenha os seus, mesmo que este não saiba ou consiga realizar leitura e ou escrita de forma convencional.

O aluno pode estar acompanhando as leituras e explicações junto de outro aluno ou até mesmo com a professora. Estando com o livro, seu interesse, atenção e participação podem ser melhores. Antes de iniciar a atividade de leitura, o professor deve estar orientando para que o aluno esteja atento, preste atenção durante esta atividade, e procurar dar auxilio e atendimento para que o mesmo também participe dos questionamentos e explicações quanto à interpretação.

É indispensável que haja um trabalho em conjunto com a sala e demais alunos, estimulando o bom relacionamento e cooperação entre todos. Proporcionando desta forma companheirismo, aceitação e amizade entre todos na sala de aula, favorecendo o desenvolvimento da auto-estima e o potencial de cada aluno, no respeito as suas diferenças.

Considerando estes aspectos nos do Grupo Rhema Educação lançamos uma capacitação on-line sobre Educação Especial com ênfase nas Tecnologias assistivas e comunicação alternativa, com conteúdo estratégicos voltados para a diversidade do aluno e que contemple suas reais necessidades e potencialidades de aprendizagem, para que assim todos possam aprender e consequentemente se desenvolver. Conheça agora mesmo clicando aqui.

 

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