Contar Histórias

Nos últimos anos, a prática de contar histórias foi resgatadas pela pedagogia como recurso didático, especialmente na Educação Infantil e Fundamental. Se durante séculos elas foram a única maneira de transmitir conhecimento de geração em geração, hoje se sabe que o hábito de fazer uma roda e contar um conto traz muitos benefícios para o desenvolvimento infantil.

E, com a rotina corrida dos pais, o professor ganha papel central no uso dessa ferramenta. Ou seja, contar histórias deve ser mais do que uma atividade lúdica, um momento de descanso: deve entrar na sala de aula como metodologia de aprendizado.

Veja a seguir seis motivos para trazer esta prática para o dia a dia

Contar histórias é a melhor tática para ensinar a gostar de ler

Ao ser introduzida a narrativas adequadas para a idade, a criança desperta sua curiosidade e interesse pelo mundo dos livros, se emociona e cria uma relação afetiva com ele. Assim, o contato com histórias é um dos principais meios de formar leitores desde cedo, sem que, mais para frente, ler se torne um prazer, e não só uma “tarefa” do cotidiano.

Colabora para o desenvolvimento da linguagem

Ouvir alguém contar histórias também contribui para a capacidade de expressão da criança, tanto no que diz respeito à linguagem, ao expandir seu vocabulário e compreender melhor as unidades de som referentes a cada palavra, quanto à construção do próprio discurso, ao ouvir e interpretar a narrativa do outro. Diversos estudos com crianças no ambiente escolar comprovam este benefício.

É uma maneira de estimular a convivência em grupo

A contação de histórias é considerada pelos especialistas como instrumento de socialização. Ora, para que uma turma preste atenção na história é preciso que estejam organizados, atentos para ouvir e prontos para interagir em grupo. Em especial para as crianças de 2 a 7 anos, período descrito por Jean Piaget como pré-operatório, quando a criança é mais individualista e tem dificuldade em se colocar no lugar do outro, as histórias podem ajudar a trazer noções de empatia, solidariedade e a valorizar a diversidade.

A leitura estimula o cérebro de diferentes maneiras

Já está bem estabelecido hoje em dia o conceito de que o faz de conta é fundamental para que a criança se desenvolva em sua plenitude. E a leitura de histórias tem papel fundamental nisso. Segundo Jouve (2002), ler é um processo que envolve cinco dimensões mentais: neurofisiológica, cognitiva, argumentativa, simbólica e afetiva.

Assim, na medida em que expandem os horizontes da criança para além de sua realidade, as narrativas incentivam o pensamento crítico, promovem o movimento global e fino, o raciocínio e ativando as regiões responsáveis pela memória do cérebro.

Contação de histórias têm poder curativo

Para as crianças, uma estratégia importante para compreender e processar emocionalmente a realidade é justamente por meio do simbolismo. Como ela ainda está formando seus recursos para lidar com a própria vida, este é um poder importante. Seja por meio de modelos que ela pode seguir, que passem valores morais e noções de ética, que podem ajudar até a corrigir comportamentos, seja por meio da projeção de situações que aconteceram com ela mesma, que pode ajudar a lidar com emoções e acontecimentos negativos.

 Elas ajudam a implementar a BNCC

A nova Base Nacional Curricular Comum (BNCC) do Ministério da Educação, que deve ser aplicada em escolas públicas e particulares a partir de 2019, coloca o desenvolvimento de competências socioemocionais na grade curricular. E contar histórias, como vimos acima, é uma excelente estratégia para formar cidadãos mais preparados emocionalmente.

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Leia também sobre os benefícios da musicalização na sala de aula!

 

Referências

JOUVE, Vincent. A leitura. Trad. Brigitte Hervor. São Paulo: Editora Unesp, 2002.

MATEUS, Ana do N. B. et al. A importância da contação de história como prática educativa na educação infantil. Disponível em: http://periodicos.-pucminas.br/index.php/pedagogiacao/article/viewFile/8477/7227

PERROW, Susan. Histórias curativas para comportamentos desafiadores. Tradução de Joana Maura Falavina. Antroposófica: Federação da Escolas Waldorf no Brasil. 2010.

REGO, L.B. 1994. Descobrindo a língua escrita antes de aprender a ler: algumas implicações pedagógicas. In: M.A. KATO, A concepção da escrita pela criança. 2ª ed., Campinas, Pontes, p. 105-133

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