Olá Professores,

Vocês já ouviram falar sobre comportamento motor e as funções sensoriais (exterocepção, interocepção e propriocepção) no TEA?

No conteúdo de hoje trataremos sobre este assunto e começaremos discorrendo sobre o que são essas funções sensoriais.

Sabemos que percepção é o ato, efeito ou faculdade de perceber e adquirir conhecimentos através dos sentidos e nós seres humanos conseguimos relacionar três níveis de percepção: exterocepção, interocepção e propriocepção.

A exterocepção é onde os estímulos são recebidos pelos receptores externos do indivíduo, ou seja, os órgãos dos sentidos. São sensações em nível tátil, auditivo, gustativo, olfativo ou visual. O segundo é a Interocepção, que vai responder aos estímulos em níveis viscerais, sendo manifestadas sensações de dor ou prazer pelo organismo e o último é a Propriocepção, e diz respeito à percepção dos estímulos em nível de músculos, ligamentos e tendões.

E aí você se questiona: Qual seria a ligação destas funções sensoriais sobre o comportamento motor em indivíduos com TEA?

Pois bem, as alterações sensoriais são características muito frequentes e geralmente imperceptíveis devido às dificuldades de comunicação dos indivíduos com TEA, as dificuldades no processamento sensorial nesses indivíduos comprometem, em graus variados, o desenvolvimento e a aprendizagem. Tais dificuldades geram padrões de respostas sensoriais que incidem negativamente na comunicação e na interação social destes, em múltiplos contextos.

Desta forma, as disfunções sensoriais prejudicam o modo como essas pessoas interpretam o mundo físico ao seu redor e podem alterar o curso de uma vida toda dependendo de como forem às experiências com o mundo.

Os déficits relacionados ao comportamento motor e as funções sensoriais são notáveis e persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos, onde percebemos nos indivíduos, uma hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou interesse incomum por aspectos sensoriais do ambiente, por exemplo, indiferença aparente a dor/temperatura, reação contrária a sons ou texturas específicas, cheirar ou tocar objetos de forma excessiva, fascinação visual por luzes ou movimento.

A hipótese mais bem aceita entre os pesquisadores sobre este assunto que estamos abordando é a de que haja uma origem orgânica, relacionada com alterações no desenvolvimento do sistema nervoso, onde denotam prejuízos em regiões cerebrais que se identificam com as bases neurais do transtorno.

Ainda, estudos mostram que intervenções sensoriais desenvolvidas por terapeutas ocupacionais em crianças no TEA trazem um ganho significativo de socialização e melhoria dos cuidados pessoais, pois como já sabemos as alterações sensoriais das crianças com TEA afetam seu comportamento em atividades diárias familiares, como comer, dormir entre outras rotinas; e fora de casa essas alterações podem criar problemas, por exemplo, ao viajar e participar de eventos na comunidade.

Desta forma, entender essas condições de saúde que afetam os indivíduos do espectro do Autismo é muito importante para a qualidade de vida não só delas, mas também de seus familiares e da sociedade como um todo.

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